tag:blogger.com,1999:blog-75571441015734738102024-03-18T04:45:56.395-03:00POETIZANDO A VIDAPoetizar a vida é olhar com olhos de poeta que vê com o coração!Unknownnoreply@blogger.comBlogger1527125tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-65621229820479869522018-09-20T15:15:00.000-03:002018-09-20T15:15:17.404-03:00<iframe src="https://www.peticaopublica.com.br/widgets/pwidget.aspx?pi=cartapastoral2018&t=1" frameborder="0" scrolling="no" seamless marginheight="0" marginwidth="0" width="300" height="250" style="border:1px solid #bd3;"></iframe>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-83509718938612439832017-07-26T17:29:00.002-03:002017-07-26T17:31:34.930-03:00<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2l8FmgNVrQx8efkaxCrP_-Y4-t2F1fVT0ojjuZfoiW9ZPV4WXNGwdCnNbo37NnG2S7NxkMD2DaItW6ctPVdaxWYrj9FZDCkuG8pUm2QMijku9cUzWwSdUAWMstunCK0xiOpXgMSvpP-78/s1600/IMG_2890.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2l8FmgNVrQx8efkaxCrP_-Y4-t2F1fVT0ojjuZfoiW9ZPV4WXNGwdCnNbo37NnG2S7NxkMD2DaItW6ctPVdaxWYrj9FZDCkuG8pUm2QMijku9cUzWwSdUAWMstunCK0xiOpXgMSvpP-78/s320/IMG_2890.JPG" width="240" height="320" data-original-width="1200" data-original-height="1600" /></a></div><br />
Quarta feira pela manhã, dia de treinamento no campo de golfe, esporte que está me encantando pela elegância, benefícios para a saúde como um todo (física e mental) e, principalmente pelo prazer de desfrutar da natureza exuberante e do clima ameno deste inverno brasileiro! <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu78aPh8wVNA8jCLjB3vNbh712W1sXb-UmA6CUIajOeuBcgX1PuHk-5MbtdsZo75mFLxKof4uEscDiQxXS1E5hPvtDwc0bGOZgAOo0u_8424VMnmGWG4VL2KIv9hJebb2_N1hd2Yibrb_K/s1600/IMG_1230.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu78aPh8wVNA8jCLjB3vNbh712W1sXb-UmA6CUIajOeuBcgX1PuHk-5MbtdsZo75mFLxKof4uEscDiQxXS1E5hPvtDwc0bGOZgAOo0u_8424VMnmGWG4VL2KIv9hJebb2_N1hd2Yibrb_K/s320/IMG_1230.JPG" width="320" height="240" data-original-width="1600" data-original-height="1200" /></a></div>Debaixo de um céu azul de brigadeiro e convivendo em perfeita harmonia com pássaros de variadas espécies como bem-te-vis, quero-quero, pica-paus de colarinhos vermelhos ou amarelos, patos, marrecos, gansos e gaivotas, cada movimento ondulante do corpo nas tacadas é um encontro de espécies diferentes, mas que comungam do mesmo amor pela vida! <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7objL9wmWvGOhPswssCZYjrKj789l6F_8ey0gC-UskmZ8wjyUgHJEwsmd1FYA-NG0pcwzA92L2S_G_Y4rrVnvnsE5cbpc-kINuUArkK_6AVJ4XbR5S62q3zFBin17iTsp4cfguTivYP8X/s1600/IMG_3024.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-tO-
DYGYOQLo/WXj6JE3mL6I/AAAAAAAAvqE/C85fFi4yez0dE2_KKxfULBxU1UaniA0rACKgBGAs/s320/IMG_3024.JPG" width="240" height="320" data-original-width="960" data-original-height="1280" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ9NvC3HaLDTqq2AbvxtlPVQ45o36n2aj0_gC5eVLXL61nF-x6pQ56wT4Vxm1g2t662IJmU8suliIuj9ZtQJDaYEGylnm99rOfVEmchA_Aw7sOnj7FwYpcD4TbfZUHi91IghwxYhw9wAHk/s1600/IMG_3029.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0"
src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ9NvC3HaLDTqq2AbvxtlPVQ45o36n2aj0_gC5eVLXL61nF-x6pQ56wT4Vxm1g2t662IJmU8suliIuj9ZtQJDaYEGylnm99rOfVEmchA_Aw7sOnj7FwYpcD4TbfZUHi91IghwxYhw9wAHk/s320/IMG_3029.JPG" width="240" height="320" data-original-width="960" data-original-height="1280" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNnJ_irCm6c5bmD37y-jMZYM5gPVKFzk3yett_SSTeRWRTNLgDiW2kusxG6l00Nekl7S26tgO0hRz5sPxKBkElDPXuVKFSxeG1EowKi8ZDYsKWsDfmbYAHxDusI81TLZJWrE4tolzgguU0/s1600/IMG_3030.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNnJ_irCm6c5bmD37y-jMZYM5gPVKFzk3yett_SSTeRWRTNLgDiW2kusxG6l00Nekl7S26tgO0hRz5sPxKBkElDPXuVKFSxeG1EowKi8ZDYsKWsDfmbYAHxDusI81TLZJWrE4tolzgguU0/s320/IMG_3030.JPG" width="240" height="320" data-original-width="960" data-original-height="1280" /></a></div>E como a maçã dificilmente cai longe do pé, Tom me acompanha nas tacadas, demonstrando gosto pelo esporte também. Delícias de ser avó...<br />
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-78376519791269822942017-01-05T18:42:00.001-02:002017-01-05T18:42:08.109-02:00CAIM E O HOMEM CORDIAL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMayy806Dy79mkN0zx4I3y6sBkg9LqHwbsRJnTEYwUQk7Z2ibAyXhoA7L_D7bQay4JcM7Ii-T2LKAmFMcpOWBbPvR0jPlupfD8fny1W_7MaNIN5TnuRC9ReCbbIMFNYJAU47OGtKk3pgmP/s1600/-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMayy806Dy79mkN0zx4I3y6sBkg9LqHwbsRJnTEYwUQk7Z2ibAyXhoA7L_D7bQay4JcM7Ii-T2LKAmFMcpOWBbPvR0jPlupfD8fny1W_7MaNIN5TnuRC9ReCbbIMFNYJAU47OGtKk3pgmP/s320/-1.jpg" width="320" height="233" /></a></div><br />
Por Alexandre Coslei em 26/12/2016 na edição 929<br />
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Atravessei a infância e a adolescência à sombra do Ato Institucional nº 5, o hiato da ditadura que alienou uma geração de jovens de todos os ideais políticos, das liberdades e do direito à expressão. Por uma dessas ironias da vida, cresci em frente a uma grande fábrica na Tijuca (a Brahma), que ficava ao lado do 1º Batalhão da Polícia do Exército, o temível DOI-Codi. Às sete horas da manhã, o apito da chaminé da fábrica me acordava, hora de ir para o colégio. No caminho, eu esbarrava com filas de operários iniciando a jornada de trabalho. Ao mesmo tempo, caminhava debaixo dos olhos soturnos de soldados em vigília. Formei minha consciência entre o proletariado e a repressão.<br />
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Da janela da sala de aula, me perdia em devaneios observando caixas de cerveja subirem e descerem pelas esteiras, acompanhadas pelo movimento frenético dos trabalhadores. Em breves intervalos, eu alternava os olhos para observar a calmaria bucólica do quartel, onde nada parecia acontecer e onde todo o mal acontecia nos subterrâneos que minha visão ainda inocente não alcançava.<br />
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Ao retornar da escola, percorria o mesmo caminho repleto de macacões brancos dos descontraídos operários que descansavam do almoço cochilando sob as amendoeiras; acima da minha cabeça, as sisudas fardas verdes do exército continuavam a vigiar a paisagem. A mesma rotina vivida por anos, num universo que me parecia simples, seguro e previsível. Em casa ou no colégio, neste período, não ocorriam conversas sobre política. Política e eleições são palavras que só ouvi como adulto. Na rua em que eu morava residiam também muitos militares de alta patente. Pouco os via e eles pouco interagiam com o dia-a-dia da comunidade.<br />
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Catecismo, Moral e Cívica e OSPB soavam como elementos obrigatórios na educação de uma criança da classe média tijucana. Cumpri todo o processo que visava a domar e programar as mentes que sustentariam o país do futuro. A existência refletia uma bolha de amenidades. Porém, alguns sinais já revelavam a alma da terra em que eu habitava.<br />
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Em 1977, durante uma aula de ciências, o professor flagrou um aluno negro conversando e rindo, perguntou qual assunto o distraía e o menino respondeu que comentava sobre o seriado do Batman. Então, o mesmo professor exigiu que o menino negro subisse ao tablado, cortou uma pequena máscara num papel cor de rosa e fez com que o garoto a colocasse e sorrisse. Terminou a tortura gritando que ali estava o Batman depois de queimado. As gargalhadas soaram alto na turma e eu só consegui sentir repúdio e horror daquela execração. A incubadora de serpentes já estava ligada muito antes que chegasse a abertura democrática e as discussões sobre a nossa real natureza.<br />
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Abertura<br />
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Os anos 80 trouxeram a lendária campanha das Diretas Já. O clima de euforia e debates sobre a realidade nacional explodiram como uma criatura que rompe, num salto abrupto, a casca do ovo. Finalmente, as cortinas começaram a se abrir para que enxergássemos o verdadeiro Brasil e o mundo. Veio o Brizola. Ouvir o Brizola foi receber uma machadada que me abriu a cabeça. Impossível qualquer indiferença diante daquele gaúcho destemido, voltando do exílio para nos ensinar sobre inclusão, sobre o valor da educação, sobre o respeito pelos pobres, enfrentando a Rede Globo de peito aberto, sabendo que desmascarava um grupo que apoiou duas décadas de uma ditatura covarde. Leonel Brizola foi o profeta que despertou muitos de nós. Talvez tenha sido ele que me fez consolidar definitivamente a crença na igualdade, fraternidade e liberdade.<br />
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Amigos entusiasmados vinham me contar sobre as maravilhas do socialismo. Hoje, muitos desses amigos são capitalistas e liberais desde criancinha. O dinheiro é um túmulo ideológico.<br />
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Collor, Itamar, FHC, Lula, Dilma e agora o governo usurpador e cínico do Temer. Os nossos passos foram evoluindo até este ponto em que gangues de políticos, armados pela ilegitimidade consentida, reiniciaram o desmonte e o retrocesso que devolve o controle dos cofres públicos aos tutores do poder. Não nos tolhem mais a liberdade, não precisam. Basta anunciarem que as instituições estão funcionando, é a senha para toda e qualquer barbárie que queiram impor. Ouvem as vozes das ruas, aquelas que atendem aos seus interesses. Para que OSPB e Moral e Cívica? A Globo, com o apoio dos movimentos de extrema-direita, molda as mentes que batem panelas e fazem o barulho incômodo. Para que um golpe militar quando temos Bispos e Bolsonaros à espreita? As sementes dos tempos de exceção não param de germinar.<br />
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O homem cordial<br />
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Um francês me disse que o Brasil é um país de xenófobos enrustidos. Como? Que absurdo! Não acreditei até testemunhar o episódio dos médicos cubanos, quase linchados ao desembarcarem aqui para nos ajudar a promover a saúde nas nossas cidades mais remotas. Não, não foi só uma reação corporativa de médicos egoístas. Foi xenofobia.<br />
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Não somos racistas? Somos piores, não aceitamos sequer oferecer a oportunidade das cotas, que não nos redimem do crime escravagista que perpetuamos enquanto foi possível. Somos homofóbicos. Somos misóginos. Somos violentos. Somos delatores. Cultivamos um forte preconceito de classe. Não aceitamos nenhum tipo de Bolsa Família que suavize a miséria. Preferimos doar migalhas por caridade a compartilhar riquezas. É o imenso abismo social que alimenta o contraditório delírio das nossas elites, que pensam pertencer ao primeiro mundo e creem ocupar o pódio pelo resultado justo da meritocracia. Somos Caim.<br />
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E onde está o homem cordial de Raízes do Brasil? Onde está a virtude que seria a nossa melhor herança para a humanidade? Para onde foi o nosso instinto de viver nos outros? Há quem afirme que ele foi torturado e morto em algum porão obscuro da história.<br />
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O homem cordial não poderia sobreviver numa nação que escolheu ser prostituta de cafetões rentistas. A prostituta que se apaixona, que ama os homens, não é útil aos ganhos do bordel. Da mesma forma, o Estado moderno não deve mais servir ao cidadão, mas ao mercado. As necessidades do Estado mínimo exigem, novamente, o descarte de qualquer relação sentimental e humana que o desvie do seu propósito maior: o lucro privado e restrito a poucos.<br />
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Alexandre Coslei é jornalista<br />
Publicado originalmente no Observatório Imprensa<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-42989145059021188322017-01-02T15:37:00.000-02:002017-01-02T15:37:03.566-02:00RECADO DE ANO NOVO AOS MINIONS PROVIDOS DE DOIS NEURÔNIOS E RACIOCÍNIO BINÁRIO-PROGRAMÁVEL<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjShehR5OhsRlFq4gcPbyl9UgGZlOk5JFdd0reSo7llUBzuY3Pel_ARMOc7mb3_-Pm4fbk8KwHFISEGaUvrw_4BbHLr6SbkyaxmhaleIeq74Y-A6SevuxBlQNJcs0ayT6PrkibEs7m4rW7U/s1600/brasil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjShehR5OhsRlFq4gcPbyl9UgGZlOk5JFdd0reSo7llUBzuY3Pel_ARMOc7mb3_-Pm4fbk8KwHFISEGaUvrw_4BbHLr6SbkyaxmhaleIeq74Y-A6SevuxBlQNJcs0ayT6PrkibEs7m4rW7U/s320/brasil.jpg" width="320" height="212" /></a></div>por Eugênio José Guilherme de Aragão<br />
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“Man kann den Hintern schminken wie man will, es wird kein ordentliches Gesicht daraus.“<br />
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"A melhor maquiagem não faz da bunda um rosto apresentável."<br />
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(Kurt Tucholsky)<br />
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Inauguramos um novo ano, sem novidade nenhuma. De nada adiantarão os tais votos de São Silvestre, com augúrios de felicidade e de um tempo melhor para nossos entes queridos, se não tivermos capacidade de mudar. Está em nossas mãos o destino deste país e do futuro de nossos filhos e netos, mas precisamos começar a pensar com nossa própria cabeça e abandonar a crença ingênua em noticiários, sejam de que cor forem.<br />
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Notícias em mídia são como jabutis no alto de uma árvore. Como lá não chegam sozinhos, alguém os colocou lá. Para entender o significado do noticiado, precisamos conhecer a história por trás dele. Por que foi tornado público? Com que intenção? Por que escolheram fulano para escrever a matéria? Por que hoje? Por que na primeira, segunda ou terceira página do jornal? Por que essa manchete? Por que esse lead? Se não tentar responder a essas perguntas, se tomar o conteúdo da notícia pelo seu valor de face, o leitor estará sendo engambelado!<br />
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A maioria de vocês, minions, age assim. Vocês lêem um engodo e logo se revoltam. São irritadiços e extremamente impulsivos, o tipo de massa de manobra, "useful idiots", inocentes úteis manobrados por atores inescrupulosos, que usam o que é manifesto para alavancar o que é latente. É claro que a corrupção – o alcance do que é nosso por políticos e empresários de ética deformada – é um fato repulsivo, assim como o tráfico negreiro o era no século XIX. Só que quem monta o circo da comoção pública não está nem aí para o desvalor dessas condutas. Na verdade, sob outras circunstâncias, os manipuladores até as apoiariam com argumentos que vocês, almas binárias, engoliriam com o mesmo histrionismo demonstrado na reação a elas.<br />
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Os ingleses enriqueceram com mão-de-obra escrava em suas colônias. Conseguiram com o ciclo do algodão compensar razoavelmente a crise da lã que quase pôs abaixo a sua indústria têxtil no séc. XVIII. Mas quando em 1774 a King's Bench declarou o trabalho escravo incompatível com o Common Law, a diplomacia britânica esmerou-se na imposição da proibição internacional do comércio escravo. Afinal de contas, sem mão-de-obra escrava nas plantações de algodão, os ingleses perdiam feio em competitividade para os franceses, os espanhóis e os portugueses.<br />
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Tudo não passou de "business as usual". Assim, quando interceptavam navios negreiros em alto-mar, na maioria das vezes os ingleses não se davam ao trabalho de rebocá-los de volta à costa d'África. Afundavam os barcos com sua carga humana. Prevalecia a lei do menor custo. Em 1826, impuseram ao Brasil um tratado em que se acordou a proscrição do trabalho escravo. Este fazia parte de um pacote de medidas humilhantes vinculadas ao reconhecimento da independência do País pela coroa britânica. Em 1827, depois de indignados protestos do legislativo imperial, D. Pedro I foi obrigado a ratificar o tratado a bordo de um vaso de guerra inglês. E como o Brasil insistiu em descumprir o tratado, os ingleses anunciaram em 1845, por ato do parlamento (Bill Aberdeen), que perseguiriam embarcações irregulares até em águas territoriais brasileiras e submeteriam sua tripulação a cortes marciais britânicas. Na implementação dessa medida, chegaram a interceptar inúmeras embarcações absolutamente regulares e confiscaram sua preciosa carga. Houve troca de tiros entre navios da armada britânica e navios de guerra brasileiros, com óbitos só de nosso lado. Houve uma tentativa de invasão da Baía da Guanabara, rechaçada pela guarda costeira pátria. E sem a sanção da Lei Eusébio de Queiroz, em 1850, proscrevendo o comércio de escravos, a guerra contra a Inglaterra teria sido inevitável.<br />
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Importante é lembrar que, por mais desprezível e desumano que seja a redução de semelhantes à condição de escravos, o discurso manifesto era só uma cortina de fumaça que escondia a intenção latente dos ingleses de submeter o Brasil a seus interesses econômicos e políticos. Ninguém vai por isso ser tolerante ou até bater palmas para o regime escravocrata que permeia nossa cultura de desigualdade até hoje, mas é preciso ser esperto e não deixar que outros nos ditem suas agendas para inviabilizar nosso país. Somos nós que temos que dar o rumo ao nosso desenvolvimento, em vez de moldá-lo aos desígnios estratégicos alheios, até porque quem nos quer impor a pecha de imorais não tem moral nenhuma para fazê-lo.<br />
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A cruzada atual contra a corrupção assume essa mesma feição de ditado externo. A pauta de proibição de peita a funcionários estrangeiros, objeto de convenção da OCDE de que o Brasil é parte signatária, para dar maior pujança a seu comércio exterior, atende sobretudo às economias centrais, já que a prática da peita afeta majoritariamente governos periféricos. Não que não haja corrupção nas economias centrais. Ela existe fartamente, tanto no setor público, quanto no privado. O governo americano não teve problemas em depositar recursos classificados como de "cooperação técnica policial" em contas pessoais de autoridades do ramo no Brasil. As empresas norte-americanas corriqueiramente fazem lobby nada kosher com atores políticos do mundo inteiro. Mas ficam à margem da ação de sua Justiça. Afinal de contas, isso é um problema, nesse caso, de restrições legais à territorialidade. Mas quando se trata de nossas empresas estratégicas, os EUA estendem, com subserviente ajuda das nossas autoridades persecutórias, sua jurisdição ao infinito, punindo-as por atos estranhos ao território americano. Como disse o vice-diretor do FBI, as práticas dessas empresas afetam a segurança nacional americana e repercutem no mercado internacional, no qual as empresas americanas também atuam.<br />
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E nossas instituições bobinhas, com complexo de vira-latas, fazem de tudo para agradar ao governo americano, orgulhando-se de prêmios recebidos de instituições e revistas da metrópole. Fazem, com isso, o papel que se espera delas: sufocar a ousadia brasileira de ter um projeto nacional.<br />
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Isso, claro está, não serve de perdão a nossos malfeitores corruptos, agora muito mais presentes no governo que se estabeleceu depois do golpe parlamentar turbinado pela meganhagem antinacional do complexo judiciário-policial e pela grande mídia comercial. Mas a resposta a nossas corrupções de cada dia deve ser dada no estrito atendimento aos interesses nacionais. Não pode destruir setores de nossa economia e tornar-nos um pária da globalização. Não pode inviabilizar a governação e anular todo o recente esforço de inclusão social. E nem pode transformar nosso sistema de Justiça num teatro de desmoralização de investigados. Temos de reagir de forma dura, mas preservando nossos ativos estratégicos – exatamente como eles, nossos autoproclamados parceiros, também fazem.<br />
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Quem tiver culpa, que responda, mas com a dignidade que nossa constituição garante a todas e todos. Nenhum método de investigação torto justifica-se em função de pretenso "bem maior", pois não há bem maior que a dignidade da cidadania e o legítimo interesse estratégico nacional. É preferível um culpado ser inocentado porque não se logrou provar sua culpa dentro da lei, a culpar um inocente com métodos a seu arrepio.<br />
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E, queridos minions, não entrem nessa onda populista de quem quer usá-los para reforçar seus privilégios no serviço público, sugerindo-lhes que são um povo cheio de dignidade lutando contra um bando de canalhas, porque, quando tudo acabar, só sobrará tapera e vocês não serão mais "um povo" orgulhoso do seu verde-amarelo, mas serviçais mal-pagos e desmoralizados do Grande Irmão do Norte.<br />
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Oxalá que para nós todos, brasileiros e terráqueos de todas as colorações, a esperança vença em 2017 a injustiça, a traição e a prepotência!<br />
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Publicado originalmente no jornalggn.com.br/blog/eugenio-aragão<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-29147961991866854602016-12-13T10:59:00.001-02:002016-12-13T10:59:20.218-02:00<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio4DKpO4rhahIPwrAcVkGrRVLwGJMNUkAgWAsBJbj4Y2N4PTqcem6kutisSH_wbaUW3xOsL8mQWby3tMttiMaQ8CTuJqEFWV-LkYaIpbEwGLymcYdNbYFV4EGoosRBgbsm84syZx00dMFV/s1600/image0022.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio4DKpO4rhahIPwrAcVkGrRVLwGJMNUkAgWAsBJbj4Y2N4PTqcem6kutisSH_wbaUW3xOsL8mQWby3tMttiMaQ8CTuJqEFWV-LkYaIpbEwGLymcYdNbYFV4EGoosRBgbsm84syZx00dMFV/s320/image0022.jpg" width="320" height="212" /></a></div><br />
Luiz Fernando Praga<br />
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Tenho uma filha pequena que, justo agora, infortúnio, perguntou-me o que é a “justiça”.<br />
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Fiquei constrangido, mas arrisquei.<br />
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“A “justiça”, filha é um produto que se compra aos pouquinhos e jamais se consegue inteira. Você precisa ter muito dinheiro, ser uma bilionária mesmo para atingir os meandros mais ocultos da “justiça”, porque até os milionários têm menos acesso à “justiça” que os bilionários. Nós, os pobres, só podemos ter uns pedacinhos dela, ficamos com as migalhas dos direitos que não servem para os ricos.<br />
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Vou dar exemplos:<br />
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A “justiça” é aquela instituição que nos obriga a votar, depois anula nosso voto, diz que era mentirinha e coloca cargo quem ela gosta mais.<br />
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A “justiça”, filha, é o poder que promove a superlotação de presídios com seres humanos, em regra pretos e pobres, pessoas como nós, filha, nem um pouco diferentes, só que em situação desumana.<br />
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A “justiça” é aquela instituição que premia, com os maiores privilégios, aqueles que já nascem com muitos privilégios.<br />
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A “justiça” é aquela instituição que permite a um juiz dar voz de prisão aos atendentes da companhia aérea porque ele chegou atrasado para o embarque, permite ao juiz passear com carro esportivo confiscado do réu e prender agente de trânsito que ousa dizer que juiz não é deus.<br />
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A “justiça” é a instituição cujos representantes são os abnegados mantenedores das leis, que ganham os maiores salários da república e servem pra prender quem não tem dinheiro pra pagar advogados e, por outro lado, garantir a Inocência dos mais ricos.<br />
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A “justiça” é aquela instituição idônea do Gilmar Mendes, do Levandowski, do Moro, que persegue e difama por “convicção”, faz vistas grossas quando tem provas e toma decisões sempre imparciais e apartidárias segundo a globo.<br />
<br />
Ela, porém, não é privilégio do Brasil, filha. Nossa “justiça” copia modelos clássicos, como aquele que crucificou Jesus Cristo, os que encarceraram Pepe Mujica e Nelson Mandela, como o sistema que mata 1 inocente a cada 25 condenados à morte, porque, claro, a vida é um detalhe desprezível para a “justiça”: ela não gosta de vida, gosta de poder e dinheiro.<br />
<br />
A “justiça” é essa produção hollywoodiana que custa bilhões aos bolsos do contribuinte, amparada pela mídia e cheia de holofotes que nos vicia a acreditar em qualquer ficção como sendo a verdade.<br />
<br />
Ela é esse poder que nos tem a todos em suas mãos, apenas para garantir que nenhum de nós, criminosos até que se prove o contrário, possa dar um rumo diferente aos planos da “justiça”.”<br />
<br />
Então, como não quero que minha filha amada (como devem ser amados todos os filhos que não são meus) cresça com este triste conceito assombrando seu futuro, achei importante ampliar a explicação.<br />
<br />
“Já a JUSTIÇA, minha filha, ela só se manifesta quando se ouve a voz do oprimido, pois ela tem sempre a dizer as verdades que a voz do opressor não quer que ninguém saiba.<br />
<br />
A JUSTIÇA está nas mãos que acolhem os pobres, as minorias, os mais velhos, os doentes e as crianças, jamais nas mãos hipócritas que condenam por interesse e vaidade. Juízes não são deuses, filha, mas não espalha… ou melhor, pode espalhar!<br />
<br />
A JUSTIÇA não está nas instituições nem nos templos, a JUSTIÇA está incubada na consciência de cada ser humano, mas a justiça hipócrita da sociedade proíbe que ativemos a JUSTIÇA natural que há em nós.<br />
<br />
ELA não depende dos homens da “justiça”. Depende de crianças pensantes que aprendam a responsabilidade sobre seus atos. Depende de pais que eduquem para o amor e de escolas que formem cidadãos. Mesmo se algum pai transmitir a seu filho um conceito muito distorcido de JUSTIÇA, no mundo JUSTO, ninguém terá o poder de institucionalizar essa “justiça” tosca e errada como está institucionalizada hoje.<br />
<br />
A JUSTIÇA, filha, não está em mudar de mãos este poder que nos oprime, a JUSTIÇA está em abrir mão desse poder canceroso.<br />
<br />
A JUSTIÇA depende da insubordinação de cada ser humano a esta outra “justiça” de laboratório, fria, corrupta, podre, tendenciosa, gananciosa, criada e desenvolvida com os piores interesses, para manter livre e poderosa toda a injustiça vigente.<br />
<br />
A “justiça” enxerga muito bem, cegos estamos nós, mas só por mais algum tempo, filha.<br />
<br />
A “justiça” cega, a LIBERDADE muda!”<br />
<br />
Do blog Coluna Flexível<br />
Por Luiz Fernando Praga<br />
<br />
<br />
<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-52411852912073196672016-11-15T20:46:00.004-02:002016-11-15T20:46:59.331-02:00PARA TODAS AS MULHERES <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicaa_TAjGMueRj058qGRD21HHN9Z5hNwP2k7qqqOqgT_qp6j2FnCRpOgs9sipMcVUZc8eij_LMasZ6DO5x21vQF3XAQJFGM8q07YPVekkS1iQyl084ok43yq2kFsSsW5-4fMMQGvErL0VP/s1600/flor.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicaa_TAjGMueRj058qGRD21HHN9Z5hNwP2k7qqqOqgT_qp6j2FnCRpOgs9sipMcVUZc8eij_LMasZ6DO5x21vQF3XAQJFGM8q07YPVekkS1iQyl084ok43yq2kFsSsW5-4fMMQGvErL0VP/s320/flor.bmp" width="188" height="320" /></a></div><br />
Luan Jessan...<br />
<br />
"Por fora tenho tantos anos que vc nem acredita. <br />
Por dentro, doze ou menos, e me acho mais bonita.<br />
Por fora, óculos; algumas rugas, gordurinhas, prata nos tintos cabelos.<br />
Por dentro sou dourada, alma imaculada, corpo de modelo.<br />
Por fora, em aluviões, batem paixões contra o peito.<br />
Paixões por versos, pinturas, filosofia e amigos sem despeito.<br />
Por dentro, sei me cuidar, vivo a brincar, meio sem jeito.<br />
Não me derrota a tristeza; não me oprime a saudade; <br />
Não me demoro padecente.<br />
E é por viver contente q concluo sem demora: é a menina que vive por dentro, que alegra a mulher de fora! "<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-45689793565646706902016-11-15T16:45:00.000-02:002016-11-15T16:45:03.713-02:00NÃO VERÁS PAÍS NENHUM<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjShehR5OhsRlFq4gcPbyl9UgGZlOk5JFdd0reSo7llUBzuY3Pel_ARMOc7mb3_-Pm4fbk8KwHFISEGaUvrw_4BbHLr6SbkyaxmhaleIeq74Y-A6SevuxBlQNJcs0ayT6PrkibEs7m4rW7U/s1600/brasil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjShehR5OhsRlFq4gcPbyl9UgGZlOk5JFdd0reSo7llUBzuY3Pel_ARMOc7mb3_-Pm4fbk8KwHFISEGaUvrw_4BbHLr6SbkyaxmhaleIeq74Y-A6SevuxBlQNJcs0ayT6PrkibEs7m4rW7U/s320/brasil.jpg" width="320" height="212" /></a></div><br />
Não verás país nenhum<br />
POR FERNANDO BRITO · 11/11/2016<br />
<br />
<br />
Às vezes me sinto como se outro país tivesse invadido o Brasil.<br />
<br />
Restauramos a moralidade, embora locupletem-se todos.<br />
<br />
Nunca se concentrou tanto a riqueza – porque tirar dos pobres o serviço público não é outra coisa – e nunca se a transferiu tanto para fora, ou ao menos não com tamanha desfaçatez, desde que Shigeaki Ueki, o japonês que Ernesto Geisel colocou no Ministério das Minas e Energia e comprou a Light – toda endividada – poucos anos antes de sua concessão expirar e todo o sistema elétrico do Rio e de São Paulo reverter ao Estado brasileiro, sem as dívidas.<br />
<br />
Mas é agora que estamos no caminho “certo”.<br />
<br />
De repente, eu que cresci com Mário Andreazza dando as cartas (e as obras públicas) no país, que estudei com Jarbas Passarinho como ministro da Educação, que me tornei adulto em meio aos casos Capemi, Delfim, Brasilinvest, Lume, Coroa-Brastel e outros tantos do Governo Figueiredo, que virei pai no Governo Sarney, fazendo mamadeiras de leite de soja – pois o de vaca sumira – no Governo Sarney e seu Cruzado, que voltei a votar para presidente na eleição que Collor ganhou e maduro em meio à privataria de Fernando Henrique Cardoso, tenho uma súbita revelação.<br />
<br />
Meu país era de governos honestos, honrados, incorruptíveis!<br />
<br />
O mal foi o PT, foi o Bolsa Família, foi este desastroso aumento do salário mínimo, esta porcaria do petróleo do pré-sal, foi a Copa, foi a distribuição de renda!<br />
<br />
Ainda bem que nos vieram estes rapazes imberbes e cristãos, sofridos nas duras necessidades de quem tem de viver com a mixórdia de R$ 25 ou 30 mil por mês, que recebem auxílio para morar nas casas que são suas e que são pilares de Justiça e da Fé para nos redimir destes “monstros”.<br />
<br />
Agora, sim, temos um país a caminho da felicidade, comandado por uma nulidade que, entretanto, é capaz de dizer obviedades com pompa e, num gesto de mão, espantar os críticos como quem espana moscas.<br />
<br />
Temos uma crise, mas é certo que sairemos dela, certo que com a educação destruída, os hospitais abandonados, o Estado retalhado e vendido e os homens e mulheres – sabemos todos que a tecnologia nos tornou menos produtivos que nossos avós – tendo de trabalhar quase até o último suspiro de suas existências.<br />
<br />
Trabalhar, sim, porque isto faz bem às costas doloridas, às pernas manquitolas e à alma exausta, desde que por mais horas por semana e menos salário no mês.<br />
<br />
Eu, sim, é que sou um estrangeiro, porque tenho esta deformação ideológica – comunista, por certo – de pretender que este seja um país autônomo, que as pessoas sejam essencialmente iguais em direitos e que a finalidade do conhecimento, do progresso econômico e da civilização seja a de nos livrar do sofrimento, da necessidade, da barbárie, da selva e da exibição de presas, como fazem os cães.<br />
<br />
E o país dos homens honrados – honradíssimos e de pança cheia – já vai cuidando de reduzir-me a essa condição de pária que sou, imbecil que não repara como tudo mudou e melhorou desde que o golpe restaurou a democracia.<br />
<br />
Agora, a epifania revelou-me tudo. Não é o Brasil que não pertence aos brasileiros.<br />
<br />
Somos os brasileiros que não pertencemos mais a este Brasil.<br />
<br />
Embora teimemos em nos sentir parte dele, mais que tudo: mais do que tribo, mais do que gênero, mais que do que etnia, mais do que religião, mais do que indivíduo.<br />
<br />
Esta “coisa” arcaica, demodê, reducionista, que teima em ser falada, ao longo da história, pelos tais populistas, a quem torcem o nariz : o povo brasileiro.<br />
<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-29405037568395746482016-11-10T10:45:00.001-02:002016-11-10T10:45:35.650-02:00Bob Fernandes/No Brasil, o Papa Francisco seria "bolivariano", "esquerda...<iframe width="480" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/UW16uE_vi7k" frameborder="0" allowFullScreen=""></iframe>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-39003422194405515562016-11-10T10:34:00.000-02:002016-11-10T10:34:21.572-02:00INSTRUÇÕES PARA ESQUIVAR O MAU TEMPO<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjShehR5OhsRlFq4gcPbyl9UgGZlOk5JFdd0reSo7llUBzuY3Pel_ARMOc7mb3_-Pm4fbk8KwHFISEGaUvrw_4BbHLr6SbkyaxmhaleIeq74Y-A6SevuxBlQNJcs0ayT6PrkibEs7m4rW7U/s1600/brasil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjShehR5OhsRlFq4gcPbyl9UgGZlOk5JFdd0reSo7llUBzuY3Pel_ARMOc7mb3_-Pm4fbk8KwHFISEGaUvrw_4BbHLr6SbkyaxmhaleIeq74Y-A6SevuxBlQNJcs0ayT6PrkibEs7m4rW7U/s320/brasil.jpg" width="320" height="212" /></a></div><br />
Em primeiro lugar, não se desespere e em caso de agitação não siga as regras que o furacão quererá lhe impor. <br />
Refugie-se em casa e feche as trancas quando todos os seus estiverem a salvo. <br />
Compartilhe o mate e a conversa com os companheiros, os beijos furtivos e as noites clandestinas com quem lhe assegure ternura. <br />
Não deixe que a estupidez se imponha. <br />
Defenda-se. <br />
Contra a estética, ética. <br />
Esteja sempre atento. <br />
Não lhes bastará empobrecê-lo, e quererão subjugá-lo com sua própria tristeza. <br />
Ria ostensivamente. <br />
Tire sarro: a direita é mal comida. <br />
Será imprescindível jantar juntos a cada dia até que a tormenta passe. <br />
São coisas simples, mas nem por isso menos eficazes. <br />
Diga para o lado bom dia, por favor e obrigado. <br />
E tomar no cu quando o solicitem de cima. <br />
Dê tudo o que tiver, mas nunca sozinho. <br />
Eles sabem como emboscá-lo na solidão desprevenida de uma tarde. <br />
Lembre que os artistas serão sempre nossos. <br />
E o esquecimento será feroz com o bando de impostores que os acompanha. <br />
Tudo vai ficar bem se você me ouvir. <br />
Sobreviveremos novamente, estamos maduros. <br />
Cuidemos dos garotos, que eles quererão podar. <br />
Só é preciso se munir bem e não amesquinhar amabilidades. <br />
Devemos ter à mão os poemas indispensáveis, o vinho tinto e o violão. <br />
Sorrir aos nossos pais como vacina contra a angústia diária. <br />
Ser piedosos com os amigos. <br />
Não confundir os ingênuos com os traidores. <br />
E, mesmo com estes, ter o perdão fácil quando voltarem com as ilusões acabadas. <br />
Aqui ninguém sobra. <br />
E, isto sim, ser perseverantes e tenazes, escrever religiosamente todos os dias, todas as tardes, todas as noites. <br />
Ainda sustentados em teimosias se a fé desmoronar. <br />
Nisso, não haverá trégua para ninguém. <br />
A poesia dói nesses filhos da puta.<br />
<br />
— Paco Urondo (1930-1976). Escritor, jornalista, poeta, militante político e guerrilheiro argentino.<br />
<br />
<br />
<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-38293521966103139122016-11-05T18:13:00.001-02:002016-11-06T11:11:42.486-02:00Bob Fernandes/Odebrecht delata "todos". Capital especula. Hora das "esco...<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/UaUomBhwRnk" width="480"></iframe>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-14393356711762296782016-10-28T19:33:00.002-02:002016-10-28T19:33:49.124-02:00FIM DA OBRIGATORIEDADE DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA GERA ENSINO MUTILADO<div style="font-family: 'Open Sans', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.359999656677246px; line-height: 1.7em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPyFNv-VdtKyspyGKSi6LHNjI3XQGEX1Qecn4A-fJDJYe_rNkBIY2DLClo4W4ZVo4ZDdlfDrRptrfUgcyf3rXdRYp-SIw8FQyKYM1F7KQ9FBwIybysbTzzc7KsrHh_eyx7c1cabIEYmDDW/s1600/image001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPyFNv-VdtKyspyGKSi6LHNjI3XQGEX1Qecn4A-fJDJYe_rNkBIY2DLClo4W4ZVo4ZDdlfDrRptrfUgcyf3rXdRYp-SIw8FQyKYM1F7KQ9FBwIybysbTzzc7KsrHh_eyx7c1cabIEYmDDW/s320/image001.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="font-family: 'Open Sans', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.359999656677246px; line-height: 1.7em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: 'Open Sans', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.359999656677246px; line-height: 1.7em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
O <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Conversa Afiada</strong> reproduz <a class="external-link" href="http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vladimirsafatle/2016/10/1826919-fim-da-obrigatoriedade-de-filosofia-e-sociologia-gera-ensino-mutilado.shtml" style="border-bottom-style: none; color: black; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_self" title="">artigo</a> de Vladimir Safatle na <abbr class="glossarizer_replaced" style="border-bottom-color: rgb(51, 51, 51); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; cursor: help; display: inline; margin: 0px; padding: 0px;" title="Folha provinciana de SP. Por causa do mau hálito provocado por uma bílis apodrecida">Fel-lha</abbr>:</div>
<div class="texto-externo" style="background-color: white; border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; border-top-color: rgb(204, 204, 204); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; font-family: 'PT Serif', serif; font-size: 16.639999389648438px; line-height: 1.9em; margin: 30px 0px; padding: 30px 20px;">
<div style="font-size: 19.967998504638672px; line-height: 1.7em; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Fim da obrigatoriedade de filosofia e sociologia gera ensino mutilado</strong></div>
<div style="font-size: 19.967998504638672px; line-height: 1.7em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
Na semana passada, o relator da medida provisória sobre as modificações do ensino médio, editada por aquilo que alguns chamam de "governo", fez algumas considerações a respeito de suas preferências. Dentre elas, ele sugere que as disciplinas de filosofia e sociologia deixem de ser disciplinas de fato e se transformem em "conteúdos transversais" lecionados em aulas de história. Ou seja, mesmo que seus filhos escolham seguir uma concentração em ciências humanas, tais conteúdos não seriam mais oferecidos como disciplinas autônomas, o que vai contra todo o discurso a respeito de oferecer mais condições para os alunos aprofundarem seus interesses efetivos.</div>
<div style="font-size: 19.967998504638672px; line-height: 1.7em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
Essa consideração do senhor relator nos leva, no entanto, a colocar questões a respeito da importância do ensino de filosofia e sociologia para adolescentes. Afinal, devem nossos adolescentes aprender filosofia e sociologia? Pois é claro que a proposta de reduzi-las a "conteúdos transversais" é apenas uma maneira um pouco mais cínica de retirá-las. Um professor de história, embora possa e deva conhecer questões de filosofia e sociologia que são pertinentes a seu objeto de estudo, não teria condições de tratar de tais conteúdos com a profundidade devida à docência.</div>
<div style="font-size: 19.967998504638672px; line-height: 1.7em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
Na verdade, o que procura se colocar é que filosofia e sociologia não são tão relevantes assim e poderiam muito bem ser eliminadas como disciplinas. Seus filhos poderiam muito bem viver sem elas. Mas coloquemos a questão implícita neste debate na sua forma correta, a saber: por que há setores da sociedade brasileira que se incomodam tanto com seus filhos aprendendo filosofia e sociologia?</div>
<div style="font-size: 19.967998504638672px; line-height: 1.7em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
Poderíamos contra-argumentar dizendo não se tratar de incômodo, mas de uma simples análise de prioridades. A prioridade na formação seria garantir a empregabilidade e a qualificação técnica. Nesse sentido, há de se cortar o que é supérfluo. Por outro lado, os estudantes brasileiros são sempre mal avaliados em disciplinas básicas, como línguas e matemática. Melhor então focar o essencial.</div>
<div style="font-size: 19.967998504638672px; line-height: 1.7em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
No entanto, tais argumentos não se sustentam. Limitar nossos alunos ao básico não é o melhor caminho para levá-los a lidar com realidades complexas e em mutação, como são nossas sociedades contemporâneas. Eles não conseguirão tomar melhores decisões com uma formação mais limitada. Por outro lado, se seus conhecimentos de línguas e matemática são deficitários, não é por alguma forma de "excesso" de disciplinas, mas pela péssima qualidade de nossas escolas, pela precarização de nossos professores (só o Estado de São Paulo perdeu 44.500 professores apenas nos últimos dois anos) e pela ausência de cultura literária de muitas famílias.</div>
<div style="font-size: 19.967998504638672px; line-height: 1.7em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
Nesse sentido, há de se lembrar o que significa aprender filosofia e sociologia. O ensino da filosofia, por exemplo, pressupõe o desenvolvimento de algumas habilidades fundamentais. Lembremos de ao menos três: a capacidade de constituir problemas a partir da crítica a pressupostos aparentemente naturalizados, a capacidade de articular problemas em campos aparentemente dispersos, desenvolvendo assim um forte pensamento de relações e quebrando a tendência atual em isolar o pensamento em especialidades incomunicáveis. Isto significa ser capaz, por exemplo, de compreender como questões éticas têm relações com questões de teoria do conhecimento, de estética, de política e de lógica, entre outras.</div>
<div style="font-size: 19.967998504638672px; line-height: 1.7em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
Por fim, e esta é sua característica mais impressionante, o aprendizado da filosofia pressupõe a capacidade de pensar como um outro. Lembro-me de um professor que, ao ver muita pressa em "refutar" Descartes, olhou para mim com sua sabedoria costumeira e disse: "Veja, não é possível ler um filósofo com luvas de boxe". Ou seja, é necessário saber, por um momento, pensar como um outro, até para poder se contrapor com mais propriedade.</div>
<div style="font-size: 19.967998504638672px; line-height: 1.7em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify;">
Bem, é isto que alguns querem que seus filhos não aprendam. Eles sabem muito bem por que querem isso. Temo que o verdadeiro objetivo não tenha relação alguma com o futuro profissional de seus filhos. Temo que, no fundo, queira-se calar, de uma vez por todas, o projeto de alguns de nossos maiores filósofos, como Condorcet, quem dizia: "A função da educação pública é tornar o povo indócil e difícil de governar".</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-53301596091524488252016-10-13T19:47:00.001-03:002016-10-13T19:48:55.745-03:00Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-35252744467287202142016-10-13T19:47:00.000-03:002016-10-13T19:48:48.069-03:00SOBRE A PETROBRÁS ...<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjShehR5OhsRlFq4gcPbyl9UgGZlOk5JFdd0reSo7llUBzuY3Pel_ARMOc7mb3_-Pm4fbk8KwHFISEGaUvrw_4BbHLr6SbkyaxmhaleIeq74Y-A6SevuxBlQNJcs0ayT6PrkibEs7m4rW7U/s1600/brasil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjShehR5OhsRlFq4gcPbyl9UgGZlOk5JFdd0reSo7llUBzuY3Pel_ARMOc7mb3_-Pm4fbk8KwHFISEGaUvrw_4BbHLr6SbkyaxmhaleIeq74Y-A6SevuxBlQNJcs0ayT6PrkibEs7m4rW7U/s320/brasil.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Um dia um dos maiores geólogos americanos afirmou em um estudo que não havia muito petróleo no Brasil. Nosso povo, teimosamente, não acreditou. Foi para as ruas, com a liderança de Getúlio Vargas, e criou a Petrobrás em 1953. O povo imaginou que esse estudo era mais uma mentira para nos fazer acreditar que não era possível nosso antigo sonho de acabar ou ao menos reduzir significativamente a pobreza. </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Sim, um dia os brasileiros sonharam. Um dia o Brasil sonhou junto o mesmo sonho. Nosso sonho mais ambicioso foi a Petrobrás. Naquela época, ninguém no Brasil entendia de petróleo, refinarias, maquinário pesado. Mas havia muita fé, coragem na população. Havia também um líder que conduziu esse objetivo até o martírio da sua própria vida.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">A Petrobrás foi a principal base para nossa industrialização pesada de navios, sondas, plataformas, refinarias. Foi a base do mais ambicioso projeto de combustíveis renováveis do planeta. Nosso povo, através da Petrobrás, achou e conseguiu explorar um mar de petróleo barato em uma profundidade que muitos achavam impossível alcançar. O pré-sal é provavelmente a maior reserva de petróleo do mundo. E isso explica muita coisa... </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Está em prática pela atual direção da Petrobrás um plano de privatização fatiada da empresa que visa a ir muito além de doar essa gigantesca reserva a estrangeiros a preço de fim de feira. </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">O plano vai além de doar o pré-sal às nações "amigas", como fez o Rei de Portugal quando aqui aportou fugido de Napoleão e sob a proteção da Inglaterra. Querem destruir a Petrobrás, como já destruíram a Eletrobrás, através da desintegração da empresa.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">A Petrobrás é uma potência, porque é uma empresa integrada de petróleo. Sua rede de poços, oleodutos, gasodutos, usinas elétricas, tanques, fábricas, postos, refinarias, portos, frotas de navios, trens e caminhões é interligada em todo território nacional. Ela funciona como um sistema circulatório que leva energia para toda economia nacional e para todas as famílias. E, como se diz tecnicamente, é uma empresa integrada do poço ao posto. </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Esse papel social e econômico da Petrobrás como empresa de infraestrutura integrada tem um valor para o povo brasileiro muito maior do que as maiores reservas de petróleo do mundo. Sem essa infraestrutura, nosso PIB, a economia brasileira não sobreviveria, nossas empresas não teriam competitividade, o povo não teria empregos e o governo não teria arrecadação para manter os serviços públicos essenciais para nossa sobrevivência e qualidade de vida.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">É essa infraestrutura integrada que agora os traidores querem desmontar, vender e sucatear. O objetivo disso vai muito além de dar aos vencedores o butim, o espólio, dessa guerra política semi-subterrânea que estamos vivenciando.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;" /></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">O objetivo é quebrar as pernas e colocar de joelhos o Brasil, o B dos Brics que tanto assustam os senhores do mundo. O objetivo é destruir a auto-imagem do nosso povo para que nunca mais tenhamos a ousadia de desobedecer e desafiar tecnologicamente, economicamente ou diplomaticamente, em nenhum campo, certas potências que manipulam aqui dentro, como se fôssem marionetes, a mídia e diversas correntes políticas. </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Desmontada a Petrobrás, demoraríamos décadas para voltarmos a ter a empresa poderosa que temos hoje e que causa admiração, respeito e temor em todo mundo. Demoraríamos muito tempo só para voltar a ter autoestima suficiente para enfrentar novamente esse desafio.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;" /></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Desde a sua criação, a história da Petrobrás foi marcada por duras provações, mas também por perseverança e sucesso. Ao iniciar suas atividades, a empresa dependia, quase que exclusivamente, da importação de materiais, equipamentos, serviços e recursos humanos especializados. Essas dificuldades estimularam o exercício de nossa determinação. </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">A Petrobrás acabou sendo o polo indutor da formação de mão de obra qualificada e de desenvolvimento de produtos e serviços no território nacional, tornando-se, dessa maneira, o grande epicentro de progresso tecnológico e produtivo no Brasil. A indústria petrolífera brasileira acabou sendo a impulsonadora de um projeto de desenvolvimento nacional que tinha como elemento central as políticas setoriais de substituição de importações e o enfrentamento à industrialização tardia do País.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;" /></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Até o governo FHC, a Petrobrás manteve-se como executora do monopólio estatal do petróleo. Porém, o fim do monopólio da Petrobrás não representou o fim a importância da empresa. O estabelecimento da concorrência a partir do regime de concessão não inibiu as atividades da integrada e competente estatal, construída ao longo do período do monopólio. A gestão competente da sua infraestrutura integrada manteve a Petrobrás como uma das mais lucrativas petrolíferas do mundo e uma concorrente imbatível no mercado brasileiro. </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">A excelente infraestrutura de processamento e distribuição de petróleo centralizadas no Rio e em São Paulo serviram de retaguarda financeira e, principalmente, operacional para a descoberta e a incrivelmente rápida colocação do pré-sal como maior ameaça e oportunidade para toda indústria petrolífera mundial. </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Graças a essa infraestrutura fabulosa, a Petrobrás transformou o pré-sal de descoberta teórica a produção efetiva em uma velocidade que muitos diziam ser impossível. E, contra todos os prognósticos, fizemos isso com equipamentos e tecnologias construídas no Brasil.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Essa realização foi uma ofensa considerada imperdoável para aqueles querem ver nossa Nação de joelhos. Um plano foi tramado para tirar das mãos dos brasileiros o controle e os frutos dessa imensa riqueza.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;" /></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Assim como 1953, o ano de 2016 pode ser considerado um novo marco histórico. Em setembro deste ano, foi apresentado pelo governo Temer o Plano de Negócios e Gestão – PNG 2017-2021. O primeiro plano sob a presidência do Sr. Pedro Parente. </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Esse "plano" é a justificativa teórica do maior assalto já tramado contra nossa Petrobrás. É nossa obrigação estudá-lo e desmascará-lo. O Plano se baseia em três falsas premissas:</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;" /></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">1) Se a relação dívida/geração de caixa (EBITDA) não mudar de 5,3 para 2,5 rapidamente, um "desastre" poderia acontecer</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">2) Essa relação dívida/geração de caixa não poderia se reduzir com os resultados da própria empresa e em um horizonte mais longo</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">3) O governo brasileiro não poderia fazer como o governo de outros grandes exportadores de petróleo, como Noruega, e assumir parte dos investimentos da empresa, deixando que a relação de endividamento da empresa melhore imediatamente.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;" /></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">As premissas são falsas porque o endividamento da Petrobrás está em um nível saudável, não sendo preciso à empresa vender seus bens mais precisos, para pagar a dívida.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">São falsas porque os resultados operacionais da empresa já são robustos o suficiente para melhorar essa relação naturalmente sem vender nada precioso. </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">São falsas também porque a Petrobrás não se endividou porque teve dificuldades financeiras, mas porque assumiu um plano de investimento muito grande e que em outros países seria assumido ao menos parcialmente pelo Estado Nacional, porque é o Estado Nacional o maior beneficiário e o mandatário real deste plano de investimento ambicioso. Não deve a responsabilidade, portanto, recair integralmente numa empresa regulada pelo direito privado e que tem que cumprir regras financeiras privadas e atender ansiedades típicas e investidores privados de curto prazo.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;" /></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">O grande crime que este plano – PNG 2017-2021 – comete contra a verdade, contra a boa fé das pessoas é dizer que a tal meta de redução do endividamento é sagrada, incontestável e só pode ser realizada de uma única forma: a forma que interessa àqueles que querem desintegrar a Petrobrás e privatizar ativos únicos e valiosíssimos a preço de banana. </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Aliás, essa mesma premissa falsa de que existe uma meta de endividamento sagrada e uma única solução sagrada para atingi-la também está sendo usada para justificar a PEC 241 que o governo Temer quer impor ao Congresso para congelar os gastos públicos e sociais por 20 anos.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;" /></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">O Plano do Sr. Parente e do Sr. Temer para a Petrobrás se baseia fundamentalmente na falsa necessidade de pagar R$ 238 bilhões em amortizações nos próximos anos. Ora, quem conhece o capitalismo sabe que a dívida de uma grande empresa existe para ser rolada e renovada indefinidamente, ao menos até que a geração de caixa seja tão robusta e as oportunidades de investimento tão pobres que não haja nada melhor a fazer com o dinheiro do que pagar amortizações.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Sabemos que esse não é o caso da Petrobrás. Seus ativos geram uma rentabilidade muitas vezes maior do que os 8% em média que ela paga em sua dívida. O pior investimento no mundo hoje é pagar dívida internacional em dólares no momento em que as taxas de juros em dólares são as menores da história e muito menores do que a inflação. Mas não para o plano "genial" dos Srs Parente e Temer.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;" /></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Elementar meu caro Watson, alguma justificativa precisa ser encontrada para entregar as maiores joias da Coroa da Petrobrás: a infraestrutura, os gasodutos, a BR Distribuidora, e o pré-sal no momento em que o petróleo está artificialmente no valor mais baixo em muitos anos, em razão de uma disputa geopolítica contra Rússia, Irã, Venezuela e, por que não, Brasil. </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Para isso, inventaram que é sagrado amortizar 238 bilhões de reais em dívida no momento em que elas estão com o custo mais baixo em toda história, desde os anos 30, e os credores internacionais imploram para que alguém pague uma taxa de juros que não seja negativa.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;" /></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">A privatização da BR Distribuidora e da Nova Transportadora do Sudeste – NTS, além da venda de Carcará, significa abrir mão de ativos rentáveis e estratégicos para a Petrobrás e para o País.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Não há necessidade de se vender esses e outros ativos. Em vez de se gerar meros de US$ 19 bilhões com a venda desses tesouros estratégicos, seria muito melhor rolar o mesmo valor em dívidas enquanto os imensos investimentos no Pré-Sal e nas refinarias feitos nos governos anteriores continuem a maturar de forma rentável como já tem acontecido. </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Basta que alguém veja no Balanço da empresa. É público! Os 8% de juros que paga essa dívida é muito menor que a rentabilidade de ativos estratégicos como a BR Distribuidora e a NTS. Ativos esses que tem um valor muito maior do que sua já alta rentabilidade de curto prazo.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;" /></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Não se tem notícia da venda de gasodutos e da perda do controle acionário de empresas distribuidoras de grandes grupos como a Shell, Total, BP e ExxonMobil. As distribuidoras são fundamentais para as petrolíferas mundiais tanto do ponto de vista financeiro quanto estratégico. É a partir das distribuidoras que as empresas mostram sua marca para o público. </span><span style="background-color: white;"><span style="color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 14px;">A desintegração pode ser o fim da empresa estatal que foi o principal projeto nacional e que custou a vida do então Presidente Getúlio Vargas. A existência da Petrobrás deve ter como base o interesse público, não interesses escusos. Se erros foram cometidos, eles devem ser corrigidos. Erros passados não devem servir de pretexto para a desintegração e a verdadeira destruição da Petrobras.</span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;" /></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">ROBERTO REQUIAO Via </span><a aria-controls="js_d" aria-describedby="js_e" aria-haspopup="true" class="profileLink" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=794784796" href="https://www.facebook.com/cristiano.reboli" id="js_f" role="null" style="color: #365899; cursor: pointer; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; text-decoration: none;">Cristiano Eduardo Moro Réboli</a><br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-81116089177162981072016-10-04T09:56:00.000-03:002016-10-04T09:56:18.326-03:00<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr3il6Ox6TpX6yAPKhTTaZyqWsM88qgnd_nZTAwlyW6fINzKmvt-xokZPaDEI8rN1QR7SdU7-7QKR5FVRI4AnD8dxM3OavouJEvJX88m4OuKbwuJMgKtOSkj9cgmHrfWPYuX379idX2j3N/s1600/IMG-20160807-WA0011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr3il6Ox6TpX6yAPKhTTaZyqWsM88qgnd_nZTAwlyW6fINzKmvt-xokZPaDEI8rN1QR7SdU7-7QKR5FVRI4AnD8dxM3OavouJEvJX88m4OuKbwuJMgKtOSkj9cgmHrfWPYuX379idX2j3N/s320/IMG-20160807-WA0011.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: helvetica, arial, sans-serif;">"Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.</span></div>
<div style="color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais.</span></div>
<div style="color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.</span></div>
<div style="color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da cor da pele, do gênero ou da religião.</span></div>
<div style="color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente.</span></div>
<div style="color: #1d2129; display: inline; font-size: 14px; margin-top: 6px;">
</div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo."</span><br />
<br /><br />
<div>
<div style="color: #1d2129; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-top: 6px;">
(Fernando Evangelista)</div>
</div>
<div>
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 14px;"><br /></span></span><br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-20854096732959529482016-10-01T13:25:00.000-03:002016-10-01T13:25:13.791-03:00CARTA DE MARCOS TUPÃ A PROPÓSITO DA PEC 215<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt-DmSp7dLLd8nQYF0CWfB1UaSSLEejE4z7NPqo3xR-n7PGCohZFwM1yWxHBefCDqwM1MjKxDPUStCnYPwHoKrDdZ1cEnwKqCbV_h__CkcRGC2JBOf44klLhVu-XW0xWlcrOL7kyhdZ4hD/s1600/brasil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt-DmSp7dLLd8nQYF0CWfB1UaSSLEejE4z7NPqo3xR-n7PGCohZFwM1yWxHBefCDqwM1MjKxDPUStCnYPwHoKrDdZ1cEnwKqCbV_h__CkcRGC2JBOf44klLhVu-XW0xWlcrOL7kyhdZ4hD/s320/brasil.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Nesta semana, a obra do escultor ítalo-brasileiro Victor Brecheret recebeu tintas vermelhas, em um protesto realizado por índios do estado contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que retira do governo federal a autonomia da demarcação de terras, transferindo para o Congresso Nacional. O monumento, inaugurado em 1953, presta uma homenagem aos bandeirantes, responsáveis pelo assassinato de índios, nos séculos 17 e 18. Leia abaixo a carta de Marcos Tupã:<br />
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Saindo da Av. Paulista, marchamos em direção a essa estátua de pedra, chamada de Monumento às Bandeiras, que homenageia aqueles que nos massacraram no passado. Lá subimos com nossas faixas, e hasteamos um pano vermelho que representa o sangue dos nossos antepassados, que foi derramado pelos bandeirantes, dos quais os brancos parecem ter tanto orgulho. Alguns apoiadores não-indígenas entenderam a força do nosso ato simbólico, e pintaram com tinta vermelha o monumento. Apesar da crítica de alguns, as imagens publicadas nos jornais falam por si só: com esse gesto, eles nos ajudaram a transformar o corpo dessa obra ao menos por um dia. Ela deixou de ser pedra e sangrou. Deixou de ser um monumento em homenagem aos genocidas que dizimaram nosso povo e transformou-se em um monumento à nossa resistência. Ocupado por nossos guerreiros xondaro, por nossas mulheres e crianças, esse novo monumento tornou viva a bonita e sofrida história de nosso povo, dando um grito a todos que queiram ouvir: que cesse de uma vez por todas o derramamento de sangue indígena no país! Foi apenas nesse momento que esta estátua tornou-se um verdadeiro patrimônio público, pois deixou de servir apenas ao simbolismo colonizador das elites para dar voz a nós indígenas, que somos a parcela originária da sociedade brasileira. Foi com a mesma intensão simbólica que travamos na semana passada a Rodovia dos Bandeirantes, que além de ter impactado nossa Terra Indígena no Jaraguá, ainda leva o nome dos assassinos.<br />
<br />
A tinta vermelha que para alguns de vocês é depredação já foi limpa e o monumento já voltou a pintar como heróis, os genocidas do nosso povo. Infelizmente, porém, sabemos que os massacres que ocorreram no passado contra nosso povo e que continuam a ocorrer no presente não terminaram com esse ato simbólico e não irão cessar tão logo. Nossos parentes continuam esquecidos na beira das estradas no Rio Grande do Sul. No Mato Grosso do Sul e no Oeste do Paraná continuam sendo cotidianamente ameaçados e assassinados a mando de políticos ruralistas que, com a conivência silenciosa do Estado, roubam as terras e a dignidade dos que sobreviveram aos ataques dos bandeirantes. Também em São Paulo esse massacre continua, e perto de vocês, vivemos confinados em terras minúsculas, sem condições mínimas de sobrevivência. Isso sim é vandalismo.<br />
<br />
Ficamos muito tristes com a reação de alguns que acham que a homenagem a esses genocidas é uma obra de arte, e que vale mais que as nossas vidas. Como pode essa estátua ser considerada patrimônio de todos, se homenageia o genocídio daqueles que fazem parte da sociedade brasileira e de sua vida pública? Que tipo de sociedade realiza tributos a genocidas diante de seus sobreviventes? Apenas aquelas que continuam a praticá-lo no presente. Esse monumento para nós representa a morte. E para nós, arte é a outra coisa. Ela não serve para contemplar pedras, mas para transformar corpos e espíritos. Para nós, arte é o corpo transformado em vida e liberdade e foi isso que se realizou nessa intervenção.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-13206843322961887862016-10-01T11:48:00.000-03:002016-10-01T11:48:45.964-03:00A POLÍCIA MATA, MAS É O JUIZ QUEM ENTERRA<div class="entry-authors" style="color: #58595b; display: inline-block; font-family: 'Merriweather Sans', sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 20px; position: relative; width: 620px;">
<a class="author-perfil" href="http://justificando.com/author/Marcelo%20Semer/" style="-webkit-transition: all 0.3s linear; color: #444444; display: inline-block; float: left; margin-right: 15px; padding: 5px 5px 5px 0px; position: relative; text-decoration: none; transition: all 0.3s linear; width: auto;"><span class="author-avatar" style="border-bottom-left-radius: 99px; border-bottom-right-radius: 99px; border-top-left-radius: 99px; border-top-right-radius: 99px; border: 1px solid rgb(143, 25, 23); display: inline-block; float: left; height: 34px; line-height: 13px; margin: 0px 5px 0px 0px; overflow: hidden; padding: 0px; width: 34px;"><img alt="Marcelo Semer" class="avatar avatar-34 wp-user-avatar wp-user-avatar-34 alignnone photo" height="34" src="https://s3.amazonaws.com/wp4-content/s3-justificando/images/autores/Marcelo-Semer-300x300.jpg" style="border: 0px;" width="34" /></span><span class="author-info" style="display: inline-block; float: left; line-height: 13px; margin: 0px; padding: 0px;"><span class="author-name" style="color: #8f1917; display: inline-block; font-size: 12px; font-style: italic; font-weight: bold; line-height: 12px; margin-top: 4px; width: auto;">Marcelo Semer</span><br /><span class="author-office" style="color: #aaaaaa; display: inline-block; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 12px; margin-top: 4px; width: auto;">Juiz de Direito em SP</span></span></a></div>
<span style="background-color: white; color: #58595b; font-family: 'Merriweather Sans', sans-serif; font-size: 13px;"></span><span class="entry-tdate" style="color: #8f1917; display: inline-block; font-family: 'Merriweather Sans', sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 20px; width: 620px;">Sábado, 1 de outubro de 2016</span><br />
<div class="entry-content" style="color: #58595b; font-family: Merriweather, sans; font-size: 16px; line-height: 27.200000762939453px; margin: 20px 0px 10px; word-wrap: break-word;">
<div class="sharify-container" style="overflow: hidden; padding: 20px 0px; position: relative; width: 620px;">
<ul style="list-style: circle inside; margin: 0px; padding: 0px;">
<li class="sharify-btn-facebook" style="float: left; font-family: 'Segoe UI', Frutiger, 'Frutiger Linotype', 'Dejavu Sans', 'Helvetica Neue', Arial, sans-serif; height: 35px; line-height: 2em; list-style: none; margin: 0px 0px 5px !important; min-width: 20%; padding-left: 2.5px;"><a href="http://www.facebook.com/sharer.php?u=http%3A%2F%2Fjustificando.com%2F2016%2F10%2F01%2Fpolicia-mata-mas-e-o-juiz-quem-enterra%2F" style="-webkit-transition: all 0.2s ease-in-out; background-color: #3b5998; border-bottom-left-radius: 1px; border-bottom-right-radius: 1px; border-top-left-radius: 1px; border-top-right-radius: 1px; border: 0px; color: white; display: block; font-size: 15px; height: 35px; line-height: 37px; position: relative; text-align: center; text-decoration: none; text-transform: uppercase; transition: all 0.2s ease-in-out; width: 124px;" title="Share on Facebook"><span class="sharify-icon" style="float: left; font-size: 13px; line-height: 35px; padding-left: 10px;"><i class="sharify sharify-facebook"></i></span><span class="sharify-title">SHARE</span><span class="sharify-count" style="display: block; float: right; padding-right: 10px;">37</span></a></li>
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<li class="sharify-btn-pocket" style="float: left; font-family: 'Segoe UI', Frutiger, 'Frutiger Linotype', 'Dejavu Sans', 'Helvetica Neue', Arial, sans-serif; height: 35px; line-height: 2em; list-style: none; margin: 0px 0px 5px !important; min-width: 10%; padding-left: 2.5px;"><a href="https://getpocket.com/save?url=http%3A%2F%2Fjustificando.com%2F2016%2F10%2F01%2Fpolicia-mata-mas-e-o-juiz-quem-enterra%2F" style="-webkit-transition: all 0.2s ease-in-out; background-color: #d3505a; border-bottom-left-radius: 1px; border-bottom-right-radius: 1px; border-top-left-radius: 1px; border-top-right-radius: 1px; border: 0px; color: white; display: block; font-size: 15px; height: 35px; line-height: 37px; position: relative; text-align: center; text-decoration: none; text-transform: uppercase; transition: all 0.2s ease-in-out; width: 62px;" title="Save to read later on Pocket"><span class="sharify-icon" style="float: none; font-size: 13px; line-height: 35px; padding-left: 0px;"><i class="sharify sharify-pocket"></i></span></a></li>
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</ul>
</div>
<div style="line-height: 27.200000762939453px; margin-bottom: 10px; word-wrap: break-word;">
<span style="color: black;">A frase que dá título a este artigo é do delegado Orlando Zaccone e serve como uma conclusão informal de sua tese de doutorado, que culminou no livro <em>Indignos de Vida </em>(Ed. Revan, 2015), que analisa a ausência de culpabilização nos homicídios policiais no Rio de Janeiro.</span></div>
<div style="line-height: 27.200000762939453px; margin-bottom: 10px; word-wrap: break-word;">
<span style="color: black;">A tese contempla uma <a href="http://justificando.com/2015/08/27/orlando-zaccone-autos-de-resistencia-legitimam-exterminio-como-politica-de-estado/" style="-webkit-transition: all 0.3s linear; color: #8f1917; text-decoration: none; transition: all 0.3s linear;" target="_blank">importante pesquisa empírica</a>, o estudo de mais de trezentas promoções de arquivamento em homicídios atribuídos a policiais na cidade do Rio de Janeiro. Do trabalho se extraem inúmeras manifestações modelo, que se repetem à exaustão; ausências reiteradas de análise fática nos inquéritos e presunção quase absoluta da legítima defesa. Sempre que a vítima está no rol dos <em>matáveis</em> (os de <em>vida nua</em>, segundo a <a href="https://www.youtube.com/watch?v=HUevuJgZQCA" style="-webkit-transition: all 0.3s linear; color: #8f1917; text-decoration: none; transition: all 0.3s linear;" target="_blank">doutrina de Agambem, que ilumina o estado de exceção</a>): “marginais”, habitantes de favelas, pontos de negócios com drogas, portadores de maus antecedentes criminais, traficantes etc.</span></div>
<div style="line-height: 27.200000762939453px; margin-bottom: 10px; word-wrap: break-word;">
<span style="color: black;">Se já era por si só recomendável, pelo enorme esforço de pesquisa e a pertinência do instrumental teórico, a leitura de Zaccone se tornou essencial para os dias correntes, que nos envolvem em <a href="http://justificando.com/2016/09/27/tj-anula-julgamentos-que-condenaram-pms-envolvidos-no-massacre-do-carandiru/" style="-webkit-transition: all 0.3s linear; color: #8f1917; text-decoration: none; transition: all 0.3s linear;" target="_blank">discursos justificadores do estado de exceção</a> e do tratamento como vítimas a acusados de mais de uma centena de mortes.</span></div>
<div style="line-height: 27.200000762939453px; margin-bottom: 10px; word-wrap: break-word;">
<span style="color: black;"><em>Indignos de vida</em>, é bom que se diga, havia antevisto essa inversão. Nas manifestações de arquivamento analisadas, policiais indiciados são tratados, sobretudo, como testemunhas. Interrogatórios vem traduzidos como <em>relatos harmônicos e coerentes</em>; são os mortos, enfim, que são reiteradamente julgados nestes autos.</span></div>
<div style="line-height: 27.200000762939453px; margin-bottom: 10px; word-wrap: break-word;">
<span style="color: black;">Ao final, inquéritos e mais inquéritos arquivados no que o autor denomina de <em>máquina burocrática do descaso e do esquecimento</em>.</span></div>
<div style="line-height: 27.200000762939453px; margin-bottom: 10px; word-wrap: break-word;">
<span style="color: black;">A lei tira férias quando a questão é o <em>confronto com o inimigo</em>, tornando praticamente desnecessária qualquer outra consideração:</span></div>
<div style="line-height: 27.200000762939453px; margin-bottom: 10px; padding-left: 30px; word-wrap: break-word;">
<span style="color: black;">“<em>Aqueles que jamais subiram morros, favelas ou sequer conhecem de perto os antros frequentados por marginais, e que se enclausuram em seus gabinetes sem que nunca tenham participado de tiroteio, seja no estrito cumprimento do dever legal ou também em legítima defesa, não devem se apegar com antolhos ao texto gélido da lei, distante do calor dos acontecimentos e a salvo de gravíssimos riscos, na busca do enfraquecimento ou do desestímulo das atividades de Polícia Judiciária”</em>.</span></div>
<div style="line-height: 27.200000762939453px; margin-bottom: 10px; word-wrap: break-word;">
<span style="color: black;"><a href="http://justificando.com/2016/09/24/unico-votar-pela-representacao-contra-moro-desembargador-aponta-abusos-e-partidarismo/" style="-webkit-transition: all 0.3s linear; color: #8f1917; text-decoration: none; transition: all 0.3s linear;" target="_blank">A denúncia da exceção coube a um voto solitário</a> na análise de procedimento administrativo contra o juiz Sérgio Moro.</span></div>
<div style="line-height: 27.200000762939453px; margin-bottom: 10px; word-wrap: break-word;">
<span style="color: black;">Para o desembargador Rogério Favretto, do TRF, 4ª Região: <em>“o Poder Judiciário deve deferência aos dispositivos legais e constitucionais, sobretudo naquilo em que consagram direitos e garantias fundamentais. Sua não observância em domínio tão delicado como o Direito Penal, evocando a teoria do estado de exceção, pode ser temerária”</em>. No mesmo contexto, o desembargador reproduz o alerta de Daniel Sarmento e Cláudio Pereira de Souza Neto proferido originalmente em relação a um voto do ministro Eros Grau: “<em>Não nos parece apropriado (…) atribuir ao STF o “poder soberano”, no sentido de Carl Schmitt, de suspender a força de normas jurídicas para instaurar a exceção</em>”.</span></div>
<div style="line-height: 27.200000762939453px; margin-bottom: 10px; word-wrap: break-word;">
<span style="color: black;">A coincidência de que Agamben tenha sido lembrado de um lado e de outro não é fortuita. O estado de exceção não está aí à toa. Tem uma importante função a servir:</span></div>
<div style="line-height: 27.200000762939453px; margin-bottom: 10px; word-wrap: break-word;">
<em><span style="color: black;">“O totalitarismo moderno pode ser definido, nesse sentido, como a instauração, por meio do estado de exceção, de uma guerra civil legal que permite a eliminação física não só de adversários políticos, mas também categorias inteiras de cidadãos que, por qualquer razão, pareçam não integráveis ao sistema político. Desde então, a criação de um estado de emergência permanente (ainda que, eventualmente, não declarado no sentido técnico) tornou-se uma das práticas essenciais dos Estados contemporâneos, inclusive dos chamados democráticos”.</span></em></div>
<div style="line-height: 27.200000762939453px; margin-bottom: 10px; word-wrap: break-word;">
<span style="color: black;">É certo, como lembra Zaccone, que <em>“a violência policial é uma política de Estado no Brasil, que recebe o apoio e o incentivo de parcela da sociedade”</em>, mas nem isso deve reduzir a responsabilidade dos atores jurídicos.</span></div>
<div style="line-height: 27.200000762939453px; margin-bottom: 10px; word-wrap: break-word;">
<span style="color: black;">Estamos habituados a ouvir que a sociedade aplaude o “bandido bom, bandido morto” e soluções violentas na atuação policial são louvadas diariamente em programas vespertinos de grande audiência.</span></div>
<div style="line-height: 27.200000762939453px; margin-bottom: 10px; word-wrap: break-word;">
<span style="color: black;">Mas o jogo muitas vezes se inverte quando as imagens nuas e cruas (aqui me vem à mente <a href="http://images.jovempan.uol.com.br/Vaav2HrsJ6RcZERvicPn2_eqxcQ=/fit-in/619x380/media.jovempan.uol.com.br/archives/2015/01/20/3906747131-corredor-alagado-de-sangue-no-pavilhao-da-casa-de-detencao-de-sao-paulo-do-carandiru-em-1992.jpeg" style="-webkit-transition: all 0.3s linear; color: #8f1917; text-decoration: none; transition: all 0.3s linear;" target="_blank">o rio de sangue nas galerias</a> da Detenção e o amontoado de corpos nus) são disponibilizadas a todos. Como a reação que se estabeleceu logo em sequência aos abusos da Favela Naval, exibidos em rede nacional, que culminaram na criminalização da tortura.</span></div>
<div style="line-height: 27.200000762939453px; margin-bottom: 10px; word-wrap: break-word;">
<span style="color: black;">No caso do Carandiru, fica o registro: todos os julgamentos populares terminaram em condenação. Absolvições só começam a aparecer nos recursos ao tribunal. </span></div>
<div style="line-height: 27.200000762939453px; margin-bottom: 10px; word-wrap: break-word;">
<em><span style="color: black;"><strong>Marcelo Semer</strong> é Juiz de Direito em SP e membro da Associação Juízes para Democracia. Junto a Rubens Casara, Márcio Sotelo Felippe, Patrick Mariano e Giane Ambrósio Álvares participa da coluna Contra Correntes, que escreve todo sábado para o <strong>Justificando.</strong></span></em></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-83732371141590455342016-10-01T11:44:00.000-03:002016-10-01T11:44:22.391-03:00APERTEM OS CINTOS: ESTAMOS ENTRANDO NA ERA DA PÓS-VERDADE <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjShehR5OhsRlFq4gcPbyl9UgGZlOk5JFdd0reSo7llUBzuY3Pel_ARMOc7mb3_-Pm4fbk8KwHFISEGaUvrw_4BbHLr6SbkyaxmhaleIeq74Y-A6SevuxBlQNJcs0ayT6PrkibEs7m4rW7U/s1600/brasil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjShehR5OhsRlFq4gcPbyl9UgGZlOk5JFdd0reSo7llUBzuY3Pel_ARMOc7mb3_-Pm4fbk8KwHFISEGaUvrw_4BbHLr6SbkyaxmhaleIeq74Y-A6SevuxBlQNJcs0ayT6PrkibEs7m4rW7U/s320/brasil.jpg" width="320" /></a></div>
<h2>
<br /></h2>
<div class="meta" style="border: 0px; color: #2d2d2d; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 12px; font-style: italic; font-weight: 600; line-height: inherit; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Por Carlos Castilho em 28/09/2016 na edição 921 </div>
<div class="nota" style="border: 0px; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 0px 0px 10px; padding: 10px 20px; vertical-align: baseline;">
Republicado do site <a href="https://objethos.wordpress.com/2016/09/26/comentario-da-semana-apertem-os-cintos-estamos-entrando-na-era-da-pos-verdade/" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">objETHOS</a>, 26/09/2016 </div>
<div class="social" style="border: 0px; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 16px; height: 22px; line-height: inherit; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;">
<ul style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<li class="twitter" style="border: 0px; float: left; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 85px;"><iframe allowtransparency="true" class="twitter-share-button twitter-share-button-rendered twitter-tweet-button" frameborder="0" id="twitter-widget-1" scrolling="no" src="https://platform.twitter.com/widgets/tweet_button.c6def25548e9590b13abaa1b3330b811.pt.html#dnt=true&id=twitter-widget-1&lang=pt&original_referer=http%3A%2F%2Fobservatoriodaimprensa.com.br%2Fimprensa-em-questao%2Fapertem-os-cintos-estamos-entrando-na-era-da-pos-verdade%2F&size=m&text=Apertem%20os%20cintos%3A%20estamos%20entrando%20na%20era%20da%20p%C3%B3s-verdade%20-%20Observat%C3%B3rio%20da%20Imprensa%20-%20Voc%C3%AA%20nunca%20mais%20vai%20ler%20jornal%20do%20mesmo%20jeito&time=1475332680302&type=share&url=http%3A%2F%2Fobservatoriodaimprensa.com.br%2Fimprensa-em-questao%2Fapertem-os-cintos-estamos-entrando-na-era-da-pos-verdade%2F&via=observatorio" style="border-width: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; height: 20px; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: static; vertical-align: baseline; visibility: visible; width: 71px;" title="Twitter Tweet Button"></iframe></li>
<li class="facebook" style="border: 0px; float: left; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px 20px 0px 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><div class="fb-like fb_iframe_widget" data-action="like" data-layout="button_count" data-share="false" data-show-faces="false" fb-iframe-plugin-query="action=like&app_id=729443567147106&container_width=0&href=http%3A%2F%2Fobservatoriodaimprensa.com.br%2Fimprensa-em-questao%2Fapertem-os-cintos-estamos-entrando-na-era-da-pos-verdade%2F&layout=button_count&locale=pt_BR&sdk=joey&share=false&show_faces=false" fb-xfbml-state="rendered" style="border: 0px; display: inline-block; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; display: inline-block; font-family: inherit; font-style: inherit; height: 20px; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-align: justify; vertical-align: bottom; width: 86px;"><iframe allowfullscreen="true" allowtransparency="true" class="" frameborder="0" height="1000px" name="f3d2dc5fb45a974" scrolling="no" src="https://www.facebook.com/v2.1/plugins/like.php?action=like&app_id=729443567147106&channel=http%3A%2F%2Fstaticxx.facebook.com%2Fconnect%2Fxd_arbiter%2Fr%2FP5DLcu0KGJB.js%3Fversion%3D42%23cb%3Df357096c631edbc%26domain%3Dobservatoriodaimprensa.com.br%26origin%3Dhttp%253A%252F%252Fobservatoriodaimprensa.com.br%252Ff8082f47d11444%26relation%3Dparent.parent&container_width=0&href=http%3A%2F%2Fobservatoriodaimprensa.com.br%2Fimprensa-em-questao%2Fapertem-os-cintos-estamos-entrando-na-era-da-pos-verdade%2F&layout=button_count&locale=pt_BR&sdk=joey&share=false&show_faces=false" style="border-style: none; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; height: 20px; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; vertical-align: baseline; visibility: visible; width: 86px;" title="fb:like Facebook Social Plugin" width="1000px"></iframe></span></div>
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<li class="gplus" style="border: 0px; float: left; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 65px;"><div id="___plusone_0" style="border: 0px none; display: inline-block; float: none; font-family: inherit; font-size: 1px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; height: 20px; line-height: normal; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 90px;">
<iframe data-gapiattached="true" frameborder="0" hspace="0" id="I0_1475332679615" marginheight="0" marginwidth="0" name="I0_1475332679615" scrolling="no" src="https://apis.google.com/u/0/se/0/_/+1/fastbutton?usegapi=1&size=medium&origin=http%3A%2F%2Fobservatoriodaimprensa.com.br&url=http%3A%2F%2Fobservatoriodaimprensa.com.br%2Fimprensa-em-questao%2Fapertem-os-cintos-estamos-entrando-na-era-da-pos-verdade%2F&gsrc=3p&jsh=m%3B%2F_%2Fscs%2Fapps-static%2F_%2Fjs%2Fk%3Doz.gapi.pt_BR.ZkV_jvOX5Q8.O%2Fm%3D__features__%2Fam%3DAQ%2Frt%3Dj%2Fd%3D1%2Frs%3DAGLTcCPmJeMfQfC_P5vyTuojTrA4V2MjuA#_methods=onPlusOne%2C_ready%2C_close%2C_open%2C_resizeMe%2C_renderstart%2Concircled%2Cdrefresh%2Cerefresh%2Conload&id=I0_1475332679615&parent=http%3A%2F%2Fobservatoriodaimprensa.com.br&pfname=&rpctoken=13284567" style="border-style: none; border-width: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; height: 20px; left: 0px; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: static; top: 0px; vertical-align: baseline; visibility: visible; width: 90px;" tabindex="0" title="+1" vspace="0" width="100%"></iframe></div>
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<li class="print" style="border: 0px; float: left; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; height: 21px; line-height: inherit; margin: 0px 10px 0px 0px; overflow: hidden; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 18px;"><a href="https://www.blogger.com/null" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><img src="https://observatoriodaimprensa.com.br/wp-content/themes/observatorio/images/sprite-single.png" style="border: none; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px 0px 0px -5px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" /></a></li>
<li class="email" style="border: 0px; float: left; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; height: 21px; line-height: inherit; margin: 0px 10px 0px 0px; overflow: hidden; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 18px;"><a href="http://observatoriodaimprensa.com.br/imprensa-em-questao/apertem-os-cintos-estamos-entrando-na-era-da-pos-verdade/#" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><img src="https://observatoriodaimprensa.com.br/wp-content/themes/observatorio/images/sprite-single.png" style="border: none; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px 0px 0px -35px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" /></a></li>
<li class="comments" style="background-image: url(https://observatoriodaimprensa.com.br/wp-content/themes/observatorio/images/sprite-single.png); background-position: -60px 0px; background-repeat: no-repeat no-repeat; border: 0px; float: left; font-family: inherit; font-size: 12px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 27px; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><a href="http://observatoriodaimprensa.com.br/imprensa-em-questao/apertem-os-cintos-estamos-entrando-na-era-da-pos-verdade/#comentarios" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 25px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span class="fb-comments-count" fb-xfbml-state="rendered" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span class="fb_comments_count" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">1</span></span> comentários</a></li>
</ul>
</div>
<div class="theContent" style="border: 0px; clear: both; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 16px; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Pós verdade parece mais uma expressão de impacto para chamar a atenção de um público saturado de informações e inclinado para a alienação noticiosa. Mas o fato é que estamos diante de um fenômeno que já começou a mudar nossos comportamentos e valores em relação aos conceitos tradicionais de verdade, mentira, honestidade e desonestidade , credibilidade e dúvida.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">As evidências desta nova era estão nas manchetes de jornais, em declarações como as do candidato republicano Donald Trump ou nas dos procuradores e acusados na Lava Jato. Se antes havia verdade e mentira, agora temos verdade, meias verdades, mentira e afirmações que podem ser verdadeiras, conforme afirma o escritor norte-americano Ralph Keyes, o autor do livro </span></span><em style="border: 0px; font-family: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">The Post Truth Era: Dishonesty and Deception in Contemporary Life </span></span></em><span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">(St. Martin’s Press, 2004. <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Special:BookSources/9780312306489" style="border: 0px; color: #188282; font-family: inherit; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">ISBN 978-0-312-30648-9</a>).</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Quando Trump afirmou num discurso que o presidente Barack Obama foi um dos fundadores do Estado Islâmico, até os ultraconservadores norte-americanos acharam que ela estava exagerando. Mas o candidato republicano não se abalou, nem mesmo na televisão, quando explicou que Obama permitiu o surgimento do grupo radical islâmico porque este cresceu no vácuo politico deixado no Iraque pelo que Trump classificou de fracassos da diplomacia do presidente norte-americano. A polêmica criada em torno da afirmação gerou a percepção de que ela poderia ser verdadeira. Foi o suficiente para que Trump saísse ileso da discussão.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Os conservadores transformaram a insegurança pública num dos seus carros chefes na campanha pela implantação da doutrina do medo social, como forma de domesticar a população. Mas eles negam a evidência estatística de que na maioria dos grandes centros urbanos do planeta a incidência de crimes diminuiu em relação ao número de habitantes. A explicação para a discrepância entre a sensação de insegurança e as estatísticas criminais é complexa e exige uma boa dose de esforço e isenção. É mais fácil partir para aquilo que uma parte do publico quer ouvir.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A “cognição preguiçosa”</span></span></strong></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">É um caso típico de aplicação da teoria da “cognição preguiçosa”, criada pelo psicólogo e prêmio Nobel Daniel Kahneman, para quem as pessoas tendem a ignorar fatos, dados e eventos que obriguem o cérebro a um esforço adicional.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Aqui no Brasil, a pós verdade é nítida no caso das investigações da Lava Jato. Separar o joio do trigo no emaranhado de versões e contra versões produzidas pelas delações premiadas é bem complicado. Há poucas dúvidas sobre a existência de esquemas de propinas, caixa dois eleitoral, superfaturamento, formação de cartéis e enriquecimento de suspeitos, mas provar cada um deles com base em evidências é uma operação complexa e demorada. Em alguns casos até inviável dada a sofisticação dos esquemas adotados pelos suspeitos de corrupção.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Mas como existe o interesse político envolvendo a questão e como existe a “cognição preguiçosa”, as convicções passam a ocupar o espaço das evidências e provas. A dicotomia jurídica clássica entre o legal e o ilegal passa a ser substituída por justificativas tipo “domínio do fato”, ou seja, convicções construídas a partir da repetição massiva de percepções individuais ou corporativas, pelos meios de comunicação.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Segundo a revista </span></span><em style="border: 0px; font-family: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">The Economist</span></span></em><span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">, o mundo contemporâneo está substituindo os fatos por indícios, percepções por convicções, distorções por vieses. Estamos saindo da dicotomia tradicional entre certo ou errado, bom ou mau, justo ou injusto, fatos ou versões, verdade ou mentira para ingressarmos numa era de avaliações fluidas, terminologias vagas ou juízos baseados mais em sensações do que em evidências. A verossimilhança ganhou mais peso que a comprovação.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A pós verdade, um termo já incorporado ao vocabulário da mídia mundial, é parte de um processo inédito provocado essencialmente pela avalancha de informações gerada pelas novas tecnologias de informação e comunicação (TICs). Com tanta informação ao nosso redor é inevitável que surjam dezenas e até centenas de versões sobre um mesmo fato. A consequência também inevitável foi a relativização dos conceitos e sentenças.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Mas o que parecia ser um fenômeno positivo, ao eliminar os absurdos da dicotomia clássica num mundo cada vez mais complexo e diverso, acabou gerando uma face obscura na mesma moeda. Os especialistas em informação enviesada ou distorcida (</span></span><em style="border: 0px; font-family: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">spin doctors </span></span></em><span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">no jargão norte-americano), aproveitaram-se das incertezas e inseguranças provocadas pela quebra dos paradigmas dicotômicos para criar a pós verdade, ou seja, uma pseudo-verdade apoiada em indícios e convicções já que os fatos tornaram-se demasiado complexos.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A herança de Goebbels</span></span></strong></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Diante das dificuldades crescentes para materializar a verdade por conta da avalanche informativa, especialmente na politica e na econômica, criaram-se as pós verdades, ou factoides (no jargão brasileiro), onde a repetição e a insistência passam a ocupar o espaço das evidências.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Na era da pós verdade, as versões ganharam mais importância do que os fatos, o que não é bom e nem mau. É simplesmente uma realidade. O que chamamos de fatos, na verdade são representações de um fato, dado ou evento desenvolvidas pela mente de cada indivíduo.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Assim, teoricamente, podemos ter um número de representações de um mesmo fato igual ao número de seres humanos no planeta Terra. E como as TICs permitem a disseminação massiva destas representações ou percepções, fica fácil intuir a complexidade da avaliação de fatos, dados ou eventos. “Uma mentira repetida mil vezes vira verdade”, a controvertida máxima cunhada pelo chefe da propaganda nazista, Joseph Goebbels, tornou-se preocupantemente atual.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Os meios de comunicação, principalmente a imprensa, ganharam um papel protagônico no fenômeno da pós-verdade porque a circulação de mensagens passou a ser o principal mecanismo de produção de novos conhecimentos numa economia digital movida a inovação permanente. A relevância conquistada pelos meios de comunicação os transformou em agentes fundamentais no processo que prioriza uma forma de descrever a realidade. Quando a imprensa norte-americana endossou a tese da existência de armas de destruição maciça no Iraque de Saddam Hussein, ela deixou de lado a verificação dos fatos e foi decisiva na transformação de uma possibilidade em certeza acima de suspeitas.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Teoricamente a pós verdade pode ser usada tanto pela esquerda como pela direita no terreno politico, mas como a imprensa joga um papel fundamental no processo, os rumos obviamente serão determinados pela ação de jornais, revistas, meios audiovisuais e pelas redes sociais. A imprensa portanto, não é uma observadora mas uma protagonista do processo de transformação de mentiras ou meias verdades em fatos socialmente aceitos.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A pós verdade e o jornalismo</span></span></strong></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A pós verdade é apenas um dos itens da era digital que estão abalando nossas crenças e valores. Nós jornalistas e toda a sociedade estamos vivendo um momento de insegurança e incertezas porque estamos passando de um contexto social para outro. Esta insegurança não é um fenômeno inédito na humanidade porque já aconteceu antes quando grandes inovações tecnológicas alteraram radicalmente o contexto social da época. Basta ver o que ocorreu após a invenção da pólvora, dos tipos móveis por Gutemberg, da máquina a vapor e dos processos de produção industrial.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Um dos grandes, talvez o maior de todos, dilemas enfrentados pela sociedade atual, é a necessidade de conviver com a complexidade do mundo contemporâneo. Tomemos o caso da polêmica científica sobre o meio ambiente. É um tema complexo onde o bombardeio informativo confunde as pessoas comuns com afirmações contraditórias entre cientistas e pesquisadores. Do ponto de vista dos cientistas é natural que existam posicionamentos distintos mas para o público, acostumado pela imprensa a esperar verdades absolutas, as contradições e divergências geram incertezas, que acabam conduzindo ao descrédito generalizado.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A pós verdade coloca para nós jornalistas o desafio da repensar a credibilidade e os parâmetros profissionais para avaliar dados, fatos e eventos. Não é uma casualidade o fato da credibilidade da imprensa, em países como os Estados Unidos, estar hoje num dos pontos mais baixos de sua história. O leitor está cada vez mais confuso e desconfiado em relação à imprensa. É uma resistência intuitiva ao fenômeno da complexidade informativa gerada pela internet.</span></span></div>
<div align="justify" style="border: 0px; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: 18px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "times new roman" , serif; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A pós verdade é talvez o maior desafio para o jornalismo contemporâneo porque ela afeta a relação de credibilidade entre nós e o público. A nossa atividade está baseada na confiança das pessoas de que o que publicamos é verdadeiro. Quando uma nova conjuntura informativa interfere nesta confiabilidade, temos serias razões para nos preocupar, e muito, sobre o futuro da profissão.</span></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-47239545677791899262016-10-01T09:54:00.001-03:002016-10-01T09:54:47.558-03:00#1 Movie On Your Birthday | Playback.fm<a href="http://playback.fm/birthday-movie">#1 Movie On Your Birthday | Playback.fm</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-59866551726734855862016-09-30T14:00:00.000-03:002016-09-30T14:00:08.286-03:00Indústria da multa? Diante da loucura do trânsito de SP, tá multando pouco<header style="border: 0px; color: #333333; font-family: UOLText, arial, verdana, sans-serif !important; font-size: 10px; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjShehR5OhsRlFq4gcPbyl9UgGZlOk5JFdd0reSo7llUBzuY3Pel_ARMOc7mb3_-Pm4fbk8KwHFISEGaUvrw_4BbHLr6SbkyaxmhaleIeq74Y-A6SevuxBlQNJcs0ayT6PrkibEs7m4rW7U/s1600/brasil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjShehR5OhsRlFq4gcPbyl9UgGZlOk5JFdd0reSo7llUBzuY3Pel_ARMOc7mb3_-Pm4fbk8KwHFISEGaUvrw_4BbHLr6SbkyaxmhaleIeq74Y-A6SevuxBlQNJcs0ayT6PrkibEs7m4rW7U/s320/brasil.jpg" width="320" /></a></div>
<h1 class="pg-color10" style="border: 0px; color: rgb(0, 0, 0) !important; font-size: 27px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; font-weight: normal; line-height: inherit; margin: 4px 0px 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></h1>
<div class="info-header" style="border: 0px; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div class="pg-color10" style="border: 0px; clear: both; color: rgb(0, 0, 0) !important; float: left; font-size: 12px; font-weight: bold; line-height: normal; margin-bottom: 8px; margin-right: 10px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Leonardo Sakamoto</div>
<time class="pg-color5" datetime="2016-09-29BRT14:34" pubdate="" style="border: 0px; color: rgb(102, 102, 102) !important; font-size: 12px; font-weight: bold; line-height: normal; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span class="data" style="border-right-color: rgb(230, 230, 230); border-right-style: solid; border-width: 0px 1px 0px 0px; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px 6px 0px 0px; padding: 0px 7px 0px 0px; vertical-align: baseline;">29/09/2016</span> 14:34 </time></div>
<div class="pg-share-box" style="background-image: none; background-position: 50% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; border: 1px solid rgb(230, 230, 230); font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; height: 38px; line-height: inherit; margin: 20px 0px; padding: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;">
<div class="pg-share-buttons" rel="compartilhamento" style="border: 0px; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; left: 0px; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; top: -1px; vertical-align: baseline;">
<span class="pg-share-title" style="border: 0px; color: #666666; float: left; font-size: 11px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; height: 39px; line-height: 39px; margin: 0px; min-width: 26px; padding: 0px 10px; text-align: center; vertical-align: baseline;">Compartilhe</span><span class="pg-color1 pg-share-button pg-share-facebook" rel="facebook" style="background-color: #325c99; border: 0px; color: rgb(255, 255, 255) !important; cursor: pointer; float: left; font-size: 11px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; height: 39px; line-height: 39px; margin: 0px 1px 0px 0px; min-width: 26px; padding: 0px 12px; position: relative; text-align: center; vertical-align: baseline;"><span class="pg-share-icon-facebook pg-share-icon" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: 0px; display: inline-block; font-family: uolicons !important; font-size: 16px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; speak: none; vertical-align: middle;"></span></span><span class="pg-color1 pg-share-button pg-share-twitter" rel="twitter" style="background-color: #02acec; border: 0px; color: rgb(255, 255, 255) !important; cursor: pointer; float: left; font-size: 11px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; height: 39px; line-height: 39px; margin: 0px 1px 0px 0px; min-width: 26px; padding: 0px 12px; position: relative; text-align: center; vertical-align: baseline;"><span class="pg-share-icon-twitter pg-share-icon" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: 0px; display: inline-block; font-family: uolicons !important; font-size: 20px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; speak: none; vertical-align: middle;"></span></span><span class="pg-color1 pg-share-button pg-share-pinterest" rel="pinterest" style="background-color: #cb2027; border: 0px; color: rgb(255, 255, 255) !important; cursor: pointer; float: left; font-size: 11px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; height: 39px; line-height: 39px; margin: 0px 1px 0px 0px; min-width: 26px; padding: 0px 12px; position: relative; text-align: center; vertical-align: baseline;"><span class="pg-share-icon-pinterest pg-share-icon" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: 0px; display: inline-block; font-family: uolicons !important; font-size: 20px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; speak: none; vertical-align: middle;"></span></span><span class="pg-color1 pg-share-button pg-share-linkedin" rel="linkedin" style="background-color: #007bb6; border: 0px; color: rgb(255, 255, 255) !important; cursor: pointer; float: left; font-size: 11px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; height: 39px; line-height: 39px; margin: 0px 1px 0px 0px; min-width: 26px; padding: 0px 12px; position: relative; text-align: center; vertical-align: baseline;"><span class="pg-share-icon-linkedin pg-share-icon" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: 0px; display: inline-block; font-family: uolicons !important; font-size: 18px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; speak: none; vertical-align: middle;"></span></span><span class="pg-color1 pg-share-button pg-share-mail" rel="mail" style="background-color: #666666; border: 0px; color: rgb(255, 255, 255) !important; cursor: pointer; float: left; font-size: 11px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; height: 39px; line-height: 39px; margin: 0px 1px 0px 0px; min-width: 26px; padding: 0px 12px; position: relative; text-align: center; vertical-align: baseline;"><span class="pg-share-icon-e-mail pg-share-icon" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: 0px; display: inline-block; font-family: uolicons !important; font-size: 18px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; speak: none; vertical-align: middle;"></span></span></div>
<div class="pg-share-tools" rel="ferramentas" style="border: 0px; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px 5px 0px 0px; position: absolute; right: 0px; top: -1px; vertical-align: baseline;">
<span class="pg-color5 h-font-color2 transition-010 pg-share-button pg-share-print" rel="imprimir" style="-webkit-transition-duration: 0.1s; border: 0px; color: rgb(102, 102, 102) !important; cursor: pointer; float: left; font-size: 11px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; height: 39px; line-height: 39px; margin: 0px; min-width: 26px; padding: 0px 15px 0px 0px; position: relative; text-align: center; transition-duration: 0.1s; vertical-align: baseline;"><span class="pg-share-icon-imprimir pg-share-icon" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: 0px; display: inline-block; font-family: uolicons !important; font-size: 18px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; speak: none; vertical-align: middle;"></span> <span class="pg-share-label" style="border: 0px; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 1px 0px 0px 3px; padding: 0px; vertical-align: middle;">Imprimir</span></span><span class="pg-color5 h-font-color2 transition-010 pg-share-button pg-share-error" rel="comunicar erro" style="-webkit-transition-duration: 0.1s; border: 0px; color: rgb(102, 102, 102) !important; cursor: pointer; float: left; font-size: 11px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; height: 39px; line-height: 39px; margin: 0px; min-width: 26px; padding: 0px 15px 0px 0px; position: relative; text-align: center; transition-duration: 0.1s; vertical-align: baseline;"><span class="pg-share-icon-comunicar-erro pg-share-icon" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; border: 0px; display: inline-block; font-family: uolicons !important; font-size: 18px; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; speak: none; vertical-align: middle;"></span> <span class="pg-share-label" style="border: 0px; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; line-height: inherit; margin: 1px 0px 0px 3px; padding: 0px; vertical-align: middle;">Comunicar erro</span></span></div>
</div>
</header><div id="texto" style="border: 0px; color: #333333; font-family: UOLText, arial, verdana, sans-serif !important; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;">
<div style="border: 0px; font-size: 16px; font-variant-caps: inherit; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Obrigado às gerações de gestores municipais, estaduais e federais que elaboraram políticas voltadas a beneficiar o transporte individual em detrimento ao coletivo, seja para deslocamento municipal, regional e interestadual.</div>
<div style="border: 0px; font-size: 16px; font-variant-caps: inherit; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Obrigado aos tecnocratas que decidiram por incentivar financeiramente parte da população a trocar seus bólidos a cada ano a fim de suprir as frustrações do dia a dia sob a justificativa de geração de empregos ao invés de usarem esses recursos na criação de postos de trabalho para a fabricação e veiculação de ônibus, trens, bondes e na reestruturação da malha urbana para acolher ciclistas e pedestres.</div>
<div style="border: 0px; font-size: 16px; font-variant-caps: inherit; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Obrigado aos políticos em geral pela falta de ações para descentralizar o desenvolvimento econômico, forçando moradores, principalmente os mais pobres, a cruzarem a cidade ao invés de poderem trabalhar, estudar e se divertir perto de casa.</div>
<div style="border: 0px; font-size: 16px; font-variant-caps: inherit; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Obrigado imensamente à indústria automobilística. Sem vocês e suas campanhas publicitárias caríssimas seria impossível ao paulistano compreender a principal regra de nossa cidade: quem não possui um carro é a merda do cavalo do bandido.</div>
<div style="border: 0px; font-size: 16px; font-variant-caps: inherit; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Obrigado a você consumidor que pega o carro para ir até a padaria na esquina, tira fina de ciclista porque acha que a rua pertence aos motores a combustão e acha que andar a pé ou de transporte público não condiz com sua classe social.</div>
<div style="border: 0px; font-size: 16px; font-variant-caps: inherit; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
E obrigado a você eleitor que corre com seu possante, transformando-o em uma arma, e depois reclama da ''indústria da multa''. E, ao invés de analisar seu próprio comportamento e refletir sobre as prioridades da vida, xinga a redução de velocidade máxima na cidade e tapa os ouvidos quando os jornais trazem que grandes cidades do mundo também estão reduzindo seus limites.</div>
<div style="border: 0px; font-size: 16px; font-variant-caps: inherit; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Graças a todos e todas, conseguimos o feito de transferir a cidadania das pessoas para os automóveis. Eles têm mais direitos que nós, apesar de não contarem com vontade própria.</div>
<div style="border: 0px; font-size: 16px; font-variant-caps: inherit; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Nós, paulistanos, ou melhor, o Povo do Horizonte Marrom nos Dias Frios, nos refestelamos em ar condicionado potente, bancos confortáveis e um aparelho de som master-blaster double stereo high quality que tem que ser forte para esconder o barulho da buzina do lado de fora. Acreditando, piamente, que não morremos a cada dia com a poluição de nossa própria ignorância e nos tornamos menos humanos pela perda de empatia com quem anda sem motor.</div>
<div style="border: 0px; font-size: 16px; font-variant-caps: inherit; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Vamos comemorar! Ouça um musiquinha relaxante, talvez de novos artistas da MPB, no trânsito. E, se não for o motorista, leia uma biografia. Não se preocupe, há tempo. Todo o tempo do mundo.</div>
<div style="border: 0px; font-size: 16px; font-variant-caps: inherit; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
E entorpecido pela promessa vazia da liberdade dos comerciais de TV que vendem sonhos na forma de carros em 60 vezes, aproveite para esquecer que os minutos que você ganha no trânsito não compensam uma vida.</div>
<div style="border: 0px; font-size: 16px; font-variant-caps: inherit; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Vida que, enjaulada no trânsito, não é vida.</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-62847111103294145782016-09-29T18:29:00.001-03:002016-09-29T18:29:53.396-03:00Bob Fernandes/Carandiru: 24 anos e punição anulada. O Haiti é aqui.<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/vGXw-Sspne8" width="480"></iframe>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-90246518172746672072016-09-29T10:37:00.001-03:002016-09-29T10:37:55.578-03:00FLORICIDADE-APRENDA FIXAR ORQUÍDEAS EM ARVORES 14-04-2010.mpg<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/uPrztAZYF4c" width="480"></iframe>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-78754265887343248792016-09-27T13:49:00.001-03:002016-09-27T13:49:54.368-03:00Bob Fernandes/Palocci, Greca e o vômito, a Exceção, e o Verissimo<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/_EiGPrOdTDg" width="480"></iframe>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-82916659327478265962016-09-27T13:39:00.000-03:002016-09-27T13:41:38.372-03:00CRÔNICA SOBRE AS ELEIÇÕES EM SP EM 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDDGTfETPazV8A6eY5yqdM6RGPls6_3RlN7HRUJbohJbiGWwMMliuZML-O3d3sT0g41KNRez1iv4h_SyJCEpej4xipqvB1sbXg06B_55l1iFkuI65cz0_lc5OUkDJUGf5Ff66z4RV9JtLu/s1600/ATT0009517.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDDGTfETPazV8A6eY5yqdM6RGPls6_3RlN7HRUJbohJbiGWwMMliuZML-O3d3sT0g41KNRez1iv4h_SyJCEpej4xipqvB1sbXg06B_55l1iFkuI65cz0_lc5OUkDJUGf5Ff66z4RV9JtLu/s400/ATT0009517.gif" width="400" /></a></div>
<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<a class="profileLink" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100001107023807" href="https://www.facebook.com/ilda.b.lopes" style="color: #365899; cursor: pointer; text-decoration: none;">Ilda Bezerra Lopes</a>, <a class="profileLink" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100001426597608" href="https://www.facebook.com/hildeir.teixeiralopes" style="color: #365899; cursor: pointer; text-decoration: none;">Hildeir Teixeira Lopes</a></div>
<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="color: #1d2129; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Haddad vai perder porque não tem nenhuma das qualidades que o paulistano aprecia.</span></div>
<div style="color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Não é ignorante, não é ladrão, não odeia a cidade…</span></div>
<div style="color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O PAULISTANO ANSEIA POR UM ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO ENVOLVENDO O PREFEITO</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />De tudo o que escrevi por aqui, o que mais gerou revolta foi falar bem de São Paulo. Cariocas ficaram revoltados com um carioca elogiando outra cidade que não o Rio. Paulistanos ficaram revoltados com um carioca elogiando a cidade deles. “Falar bem de São Paulo é fácil!”, gritavam. “Quero ver morar aqui!” Por isso, sugiro ao pessoal da campanha do Haddad que invente um desviozinho, uma evasão de divisas, uma rua “incorporada”. Não precisa provar nada. Põe um dinheiro na cueca do candidato. Qualquer coisa que mostre aos paulistanos que o prefeito vai se comprometer a tratar a cidade como os antecessores: mal pra dedéu. Um gesto corajoso seria mudar pro PMDB. Mostraria pro eleitor a seriedade no compromisso com a corrupção. Todos sabem que um candidato honesto no PMDB seria imediatamente exonerado.</span><br />
<br />
<div class="text_exposed_show" style="color: #1d2129; display: inline;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Gregorio Duvivier, lido no Esquerda Caviar em 26/9/2016</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Na Redação da Folha me explicaram que quebrei um acordo tácito: aqui não se fala bem de São Paulo. Acho que foi o Juca Kfouri que me ensinou: “O que a imprensa carioca e a paulista têm em comum é que a imprensa carioca odeia São Paulo e a imprensa paulista odeia São Paulo”.</span></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Só mesmo essa falta de autoestima explica a maneira como tratam o Haddad. A decepção do paulistano com o prefeito me lembra da tristeza de uma amiga que reclamava do namorado fofo demais. Suspirava: “Se ao menos descobrisse que ele me trai…”. Todo dia entrava no Facebook dele e nada. Nem uma cutucada.</span></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Tenho certeza de que todo dia o paulistano abre o jornal ansiando por um escândalo de corrupção envolvendo o prefeito. Algo que fizesse jus à expectativa. Bastava um desviozinho pra paixão voltar com tudo! Mas nada. Enquanto isso, Doria e Russomanno só fazem subir nas pesquisas – na mesma proporção em que pipocam escândalos envolvendo os mesmos.</span></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Tenho a impressão de que os paulistanos votaram em Haddad da primeira vez por causa do sobrenome. Pensaram: “Kassab, Maluf, Temer, Alckmin… Deve ser da turma deles”. (Ainda vão explicar a onipresença libanesa na política brasileira).</span></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Ledo engano. Haddad fez corredor de ônibus, levou cinema pra periferia, priorizou a bicicleta, reduziu acidentes, empregou travestis, cuidou dos crackudos, fechou a Paulista pra pedestre, fechou o Minhocão mais cedo aos sábados pras famílias, e nem uma pontezinha superfaturada. Nada. Nem um peculatozinho.</span></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Poxa, Haddad, aí fica difícil te defender."</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Postado no face<br />
<br /></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-82617421379603461222016-09-21T15:36:00.001-03:002016-09-21T15:36:18.412-03:00Advogados de Lula denunciam abusos na Lava Jato durante Assembleia Geral da ONU<a href="http://brasileiros.com.br/2016/09/advogados-de-lula-denunciam-abusos-na-lava-jato-durante-assembleia-geral-da-onu/#.V-LTG8IDyZM.blogger">Advogados de Lula denunciam abusos na Lava Jato durante Assembleia Geral da ONU</a>: Além disso, foi lançada uma campanha mundial chamada “Stand with Lula”Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7557144101573473810.post-86773534162312871342016-09-20T13:49:00.000-03:002016-09-20T13:49:45.852-03:00EM DEFESA DO PRÉ-SAL E DA PETROBRÁS!<div class="_5h60" data-referrer="pagelet_main_column_personal_timeline" id="pagelet_main_column_personal" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">
<div id="timeline_tab_content" style="margin-bottom: 35px;">
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<ol class="_2t4u clearfix" data-pnref="story" data-referrer="pagelet_timeline_recent_ocm" id="u_0_19_story" style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; zoom: 1;"><div class="_5pcb _4b0l" style="clear: left; margin-left: 0px;">
<div aria-labelledby="js_o js_p js_q" class="_4-u2 mbm _5jmm _5pat _5v3q _4-u8 _x72" data-fte="1" data-ftr="1" data-insertion-position="4" data-time="1474316605" id="tl_unit_1789625075419901782" style="background-color: white; border-bottom-left-radius: 3px; border-bottom-right-radius: 3px; border-color: rgb(229, 230, 233) rgb(223, 224, 228) rgb(208, 209, 213); border-style: solid; border-top-left-radius: 3px; border-top-right-radius: 3px; border-width: 1px; margin-bottom: 10px; position: relative; word-wrap: break-word;">
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<div aria-label="Shared with: Public" class="_6a _29ee _4f-9 _43_1" data-hover="tooltip" data-tooltip-content="Shared with: Public" role="img" style="color: #90949c; cursor: pointer; display: inline-block; position: relative; vertical-align: middle;">
<i class="_1lbg img sp_LlKlUtv6e15 sx_5b1ac7" style="background-image: url(https://www.facebook.com/rsrc.php/v3/yz/r/tWlSPftAt0u.png); background-position: -51px -113px; background-repeat: no-repeat no-repeat; background-size: auto; display: block; height: 12px; margin-top: -1px; width: 12px;"><br /></i></div>
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<div class="clearfix mtm" style="margin-top: 10px; zoom: 1;">
<a class="lfloat _ohe" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=1517982790" href="https://www.facebook.com/solvigoder/posts/10210363038341807" style="color: #365899; cursor: pointer; float: left; text-decoration: none;"><img alt="" class="_s0 _54ru img" src="https://scontent.fsdu2-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-1/p32x32/13325707_10209407682458507_1046282885891564770_n.jpg?oh=f82f41f06963997992b82b77dc962b2b&oe=587A4179" style="border: 0px; display: block; height: 32px; width: 32px;" /></a><br />
<div class="plm _42ef" style="overflow: hidden; padding-left: 10px;">
<span class="mbs fwn fcg" data-ft="{"tn":"C"}" style="color: #90949c; margin-bottom: 5px;"><span class="fwb" data-ft="{"tn":";"}" style="font-weight: bold;"><a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=1517982790&extragetparams=%7B%22fref%22%3A%22nf%22%7D" href="https://www.facebook.com/solvigoder?fref=nf" style="color: #365899; cursor: pointer; text-decoration: none;">Solange Vigoder</a></span></span><br />
<div class="_5pcp" style="color: #90949c; position: relative;">
<span class="fsm fwn fcg" style="font-size: 12px;"><a class="_5pcq" href="https://www.facebook.com/solvigoder/posts/10210363038341807" style="color: #90949c; cursor: pointer; text-decoration: none;" target="">23 hrs</a></span><span aria-hidden="true" role="presentation"> · </span><br />
<div aria-label="Shared with: Public" class="_6a _29ee _4f-9 _43_1" data-hover="tooltip" data-tooltip-content="Shared with: Public" role="img" style="cursor: pointer; display: inline-block; position: relative; vertical-align: middle;">
<i class="_1lbg img sp_LlKlUtv6e15 sx_5b1ac7" style="background-image: url(https://www.facebook.com/rsrc.php/v3/yz/r/tWlSPftAt0u.png); background-position: -51px -113px; background-repeat: no-repeat no-repeat; background-size: auto; display: block; height: 12px; margin-top: -1px; width: 12px;"></i></div>
</div>
<div class="mtm _5pco" data-ft="{"tn":"K"}" style="color: #666666; font-size: 12px; margin-top: 10px;">
<div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_57e1651cb25b99a47835496" style="display: inline;">
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Ao falar na Comissão Geral que debate o Projeto de Lei nº 4.567, de 2016, que retira da Petrobrás o status de operadora única do pré-sal e solapa a garantia mín<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">ima de 30% na exploração de blocos licitados - e descobertos pela Companhia - o vice-presidente da AEPET, Fernando Siqueira, foi demoradamente aplaudido ao lembrar, entre outros fatos, que nenhum país que entregou seu petróleo para empresas estrangeiras conseguiu vencer a miséria e o subdesenvolvimento.</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="display: inline;">
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
"Temos exemplos enormes, como o de Gabão, Nigéria, Angola, que entregaram o seu petróleo e não se desenvolveram. O seu povo está miserável. A Noruega, que foi citada pelo Presidente do IBP - um dos lobistas-mores citado pelo WikiLeaks -, criou uma estatal para gerir o seu petróleo e de país mais pobre da Europa se transformou no país mais desenvolvido do mundo", frisou.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Para desmistificar conceitos disseminados pelos lobbies através da mídia hegemônica, cujos interesses quase nunca coincides com os do País, Siqueira citou alguns dados relevantes:</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
"A Petrobrás não é uma empresa corrupta, mas sim uma vítima da corrupção causada por maus políticos (palmas), por maus empreiteiros e por uma dúzia de maus empregados que venderam a sua consciência. Ela possui 80 mil empregados sérios, competentes e trabalhadores que a levam a ganhar prêmios internacionais."</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
O vice-presidente da AEPET ponderou que são as empresas do cartel de petróleo, que costumam subornar, matar presidentes nacionalistas e provocar guerras mundiais.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
"A Petrobrás não está quebrada! Ela teve um lucro bruto de R$ 98 bilhões no ano passado e um lucro líquido de R$ 14 bilhões. (Palmas.) Mas, por exigência da auditora americana Pricewaterhouse, uma raposa no nosso galinheiro, desvalorizou os seus ativos em R$ 49 bilhões, gerando um falso rombo de R$ 34 bilhões", contabilizou. "O argumento (para a desvalorização dos ativos) é a baixa do preço do petróleo, mas a Exxon não fez essa desvalorização."</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Siqueira lembrou ainda que a dívida da Companhia não é de R$ 500 bilhões, como diz a mídia, defendendo a venda de ativos. "A dívida líquida da companhia é de R$ 90 bilhões, igual à da Shell, que é de R$ 90 bilhões. Só que a Petrobrás tem 170 bilhões de barris e a Shell tem apenas 20 bilhões na sua reserva! (Muito bem! Palmas.)"</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Outra falácia dos entreguistas, a de que o pré-sal seria é um fiasco, foi desmontada pelo engenheiro. "O campo de Libra é muito superior ao esperado. O custo da produção caiu, em 2013, de US$ 40 para US$ 20 por barril graças à produtividade imensa do pré-sal e à competência da Petrobrás", disse, citando outros exemplos, como a cessão onerosa, que a Petrobrás comprou do Governo.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
"Havia uma previsão de produção de 5 bilhões de barris, e hoje isso está próximo de 20 bilhões de barris. Portanto, o pré-sal é muito maior do que foi dito no passado".</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Venda de ativos</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
No final de 2015, o então presidente da empresa, Aldemir Bendine, previu a venda de ativos para angariar cerca de R$ 15 bilhões, para acertar o caixa. No entanto, lembrou Siqueira, com a queda do dólar, a Petrobrás já ganhou US$ 50 bilhões, três vezes aquilo de que ela precisava.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
"Então, por que vender ativos? A venda é uma forma de desmantelar a Companhia para entregar o pré-sal. Querem vender a BR Distribuidora. O Sr. Pedro Parente veio da Bunge, multinacional que quer entrar na distribuição. Não conseguiu comprar a ALE e vai comprar a BR por preço de banana", criticou. </div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
"A Transpetro é a transportadora de petróleo do mar para a terra e faz a sua medição. E elas querem essa medição para surrupiar petróleo brasileiro. Na gestão Pedro Parente no Conselho de Administração da Petrobrás, vários crimes foram cometidos contra a empresa. Por exemplo, venderam 36% das ações na Bolsa de Nova Iorque por US$ 5 bilhões, quando valiam mais de US$ 100 bilhões; fizeram uma troca de ativos que causou um prejuízo de US$ 2,2 bilhões à Companhia e um acordo com Eike Batista que causou um prejuízo de 330 bilhões, que o Diretor Ildo Sauer conseguiu consertar um pouco."</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Siqueira lembrou também que a AEPET mostrou 14 razões para a Petrobrás continuar como operadora única do pré-sal. "Uma delas é evitar os dois focos de corrupção mundial do petróleo, que são o superdimensionamento dos custos de produção - uma empresa compra um sistema por US$ 2 bilhões, declara US$ 3 bilhões e ganha US$ 1 bilhão em petróleo, sem fazer força", finalizou.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
</div>
<h5 class="_5pbw _5vra" data-ft="{"tn":"C"}" id="js_p" style="color: #1d2129; font-size: 14px; font-weight: normal; line-height: 1.38; margin: 0px 0px 2px; overflow: hidden; padding: 0px 22px 0px 0px;">
<span class="fwn fcg" style="color: #90949c;"><span class="fwb" style="font-weight: bold;"><a class="profileLink" data-ft="{"tn":"l"}" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=1653591271" href="https://www.facebook.com/MelloAntonioCarlos" style="color: #365899; cursor: pointer; text-decoration: none;">Antonio Mello</a></span> shared <a class="profileLink" data-ft="{"tn":"l"}" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=1517982790" href="https://www.facebook.com/solvigoder" style="color: #365899; cursor: pointer; text-decoration: none;">Solange Vigoder</a>'s <a href="https://www.facebook.com/solvigoder/posts/10210363038341807" style="color: #365899; cursor: pointer; text-decoration: none;">post</a>.</span></h5>
<div class="_5pcp" style="color: #90949c; position: relative;">
<span class="fsm fwn fcg" style="font-size: 12px;"><a class="_5pcq" href="https://www.facebook.com/MelloAntonioCarlos/posts/10209020109413943" style="color: #90949c; cursor: pointer; text-decoration: none;" target="">20 hrs</a></span><span aria-hidden="true" role="presentation"> · </span></div>
<div class="_5pcp" style="color: #90949c; position: relative;">
<span aria-hidden="true" role="presentation"><br /></span></div>
</div>
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Unknownnoreply@blogger.com0