Oxalá façam uso sustentável dessa riqueza nacional e deixem de caçar e matar elefantes para tirar-lhes as presas!
Mais uma vez, a Floresta Amazônica
e o seu santuário tão violentado abriga o tesouro que a Mãe Natureza
legou para o benefício de todos!
e o seu santuário tão violentado abriga o tesouro que a Mãe Natureza
legou para o benefício de todos!
Desta vez, trata-se da JARINA, uma palmeira incomum, encontrada principalmente no norte da América do Sul. A árvore tem crescimento lento, com belas frondes que brotam diretamente do chão. “Durante anos não se vê o tronco. Um marfim-vegetal com tronco de dois metros de altura tem pelo menos 35 a 40 anos. Logo abaixo das folhas nascem grandes aglomerados fibrosos que, em geral, pesam 10 quilos e consistem em frutos lenhosos bem compactos. Cada fruto geralmente contém de quatro a nove sementes, mais ou menos do tamanho e formato de um ovo de galinha.” (Netuno)
ÁGUA COMIDA E MARFIM… TUDO EM UMA SÓ ÁRVORE!
Enternecedor! Mais uma vez a floresta mostra que a tudo provê! As sementes possuem diferentes ciclos de amadurecimento. De início, as cavidades das sementes contêm um líquido refrescante, parecido com água de coco. Depois, o líquido se transforma numa gelatina doce e comestível. Por fim, a gelatina amadurece e vira uma substância branca e dura, incrivelmente parecida com o marfim de origem animal!
“O marfim vegetal é uma alternativa prática, pois se parece com o de origem animal, é extremamente duro, permite bastante polimento e absorve bem os corantes. O marfim vegetal e o animal são tão parecidos que os artesãos em geral deixam um pouco da casca marrom nos seus produtos para provar que não usaram marfim de elefante – proibido em todo o mundo.
O marfim-vegetal não é uma descoberta recente. Já em 1750, o frei sul-americano Juan de Santa Gertrudis mencionou-o em suas crônicas, comparando as sementes a “bolas de mármore” usadas para entalhar estatuetas. No início dos anos 1900, o Equador, principal fonte do marfim-vegetal, exportava milhares de toneladas de sementes todo ano, principalmente para a produção de botões. Depois da Segunda Guerra Mundial, o surgimento de plásticos novos e baratos praticamente acabou com o comércio de marfim-vegetal.
PROCESSAMENTO DAS SEMENTES MADURAS
As sementes são deixadas secar sob o sol tropical por um a três meses, dependendo do teor de água. Depois são descascadas numa máquina e classificadas segundo o tamanho.
A Biojoia é uma empresa que lançou a Jarina no mercado internacional da moda, onde, junto a ouro, prata, pedras e outros materiais nobres, o marfim vegetal compõe colares, pulseiras e brincos. Existem artesãos que esculpem miniaturas na Jarina, usadas como pingentes.
Além de joias, também são confeccionados os botões de “marfim” tirado dessa árvore, que adornam algumas das melhores roupas do mundo. Também peças de xadrez, palhetas para instrumentos de sopro, teclas de piano e cabos de guarda-chuva.
Recebido por e-mail de Tereza/Croqui Molduras
croquimolduras @mpcnet.com.br