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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

BARTIRA, COM SAUDADES, PRÁ SEMPRE EM MEU CORAÇÃO!

Hoje Bartira se foi para junto de suas irmãs Mel e Lola e a mamãe Diana! Esse nome de princesa índia da história do Brasil foi escolhido pela Karin, minha filha. E Bartira era mesmo uma princesa...




Desde que Lola se foi há exatos três meses, que ela andava deprimida e inapetente. Em pouco tempo apareceu um tumor cancerígeno que espalhou-se pelo seu corpo e, mesmo sendo medicada, chegou sua hora. E ela se foi como as outras, suavemente, aconchegada em meus braços...



Das minhas quatro labradoras Bartira, desde que nasceu, sempre foi a mais independente. Desde bebê era a primeira a mamar e depois procurava um cantinho afastado para repousar longe da ninhada de nove bebês labradores. E falando em bebês, meu netinho Tom gostava de brincar com ela, pois ela deixava-o pegar pelas orelhas, pêlo, rabo, o que fosse! Diferente de Amora, minha poodle que detesta-o... mas isso é outra história!

Na hora de brincar e aprontar artes Bartira era a primeira a liderar as encrencas. Arrancar plantas do jardim, esburacar a terra para deitar-se no chão fresco, correr atrás das pombinhas na praça, comer abacates, mangas, goiabas, coquinhos e o que mais caísse das árvores eram tarefas diárias em seu programa. Adorava jogar bola e quando chegava na praça e via os meninos jogando uma pelada, ia correndo e tomava-lhes a bola.  Os meninos não ligavam e saiam todos em correria atrás dela, que aproveitava para driblar-lhes de verdade... pura diversão! 

Corajosa e fiel companheira, junto com a Diana, Mel e Lola, Bartira protegeu-me em três ocasiões em que me senti ameaçada de assalto. Dócil e amiga de todos, na hora de me defender não fazia média! Latia forte assustando o invasor! Aliás, essa gratidão devo a todas as minhas labradoras, fiéis amigas protetoras...


Uma figura e tanto! Gostava de sentar-se em cadeiras, bancos ou qualquer outro lugar onde pudesse ficar ao lado de pessoas. E fazer pose para fotos também era de seu repertório...


Quando vim para São Carlos comprei um canil ecológico para cada uma delas dormirem enquanto o canil de alvenaria não ficava pronto. Quando ficou pronto Bartira não gostou muito. Às vezes ela tirava um cochilo dentro dele, mas na hora de dormir mesmo ela preferia seu canil provisório.  E foi onde fui encontrá-la esta manhã... 


Bartira teve uma vida longa e feliz! Viveu doze anos e três meses entre nós humanos e deixou uma lição de "humanidade canina" com seu exemplo de alegria, fidelidade, carinho e cordialidade para com pessoas e outros animais.  Bartira, minha princesa!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

FRICASSÉ DE PALMITO




  • 1 vidro de palmito
  • 1 copo de leite (usar um pouco para dissolver a maisena)
  • 1 colher de maisena (ou qunato baste para engrossar o caldo)
  • 1 cebola pequena picadinha
  • 1 dente de alho
  • 1 colher de sopa (generosa) de azeite de oliva
  • 1/2 tomate picadinho (se quiser acrescentar)
  • 2 colheres de azeitona verde picada (se quiser acrescentar)
  • 1/2 caixinha de creme de leite
  • salsinha e cebolinha à gosto
  • sal à gosto
  • requeijão cremoso quanto baste (normalmente 3/4 de 1 potinho)
  • queijo ralado para cobrir
  • batata palha para cobrir
Numa panela doure a cebola e o alho no azeite. Junte o tomate (caso queira usar) e o palmito e mexa rapidamente. Junte o leite e deixe até ferver. Quando começar a ferver deixe um minutinho e acrescente a maisena dissolvida no leite mexendo bem até engrossar (verificar a textura, se precisar acrescente mais para engrossar). Junte o sal, a salsinha e a cebolinha e misture. Deligue e acrescente o creme de leite e as azeitonas.
Montagem: Numa tigela espalhe no fundo e nas laterais o requeijão cremoso. Jogue por cima o creme de palmito. Cubra com o queijo ralado e leve ao forno para dourar e derreter o queijo. Tire do forno e salpique a batata palha para colbrir. Se a batata estiver meio mucha leve ao forno rapidinho só para ela ficar crocante.
Sirva com uma saladinha e arroz para acompanhar.

http://donasnofimdesemana.wordpress.com/

domingo, 2 de fevereiro de 2014

O VALOR ECONÔMICO E SOCIAL DAS FLORESTAS URBANAS

O QUE TODO GOVERNANTE, PREFEITO E OUTROS GESTORES URBANOS DEVERIAM SABER E COLOCAR EM PRÁTICA EM SUA GESTÃO! CUIDAR DAS ÁREAS VERDES É FUNDAMENTAL PARA A QUALIDADE DE VIDA NAS ÁREAS URBANAS E GERAM, INCLUSIVE, BENEFÍCIOS ECONÔMICOS.


Kathleen L. Wolf



As políticas, regulamentos e mesmo as atividades dos setores responsáveis
dos governos locais com relação às árvores e espaços verdes urbanos
resumem-se a incluí-las no planejamento urbano como um ornamento meramente
decorativo. Existem exceções notáveis, mas no geral poucos governos locais desenvolveram métodos e marcos abrangendo toda a cidade e todos os aspectos, para nortear o planejamento e o gerenciamento dos espaços verdes a fim de alcançar funções e finalidades específicas....
.. O planejamento da infraestrutura verde inclui a identificação dos elementos e suas funções; as necessidades e os serviços desejados; o mapeamento e o monitoramento adequados; o levantamento dos custos e benefícios; e o planejamento estratégico dos aprimoramentos do capital natural, em fases se necessário...
.. Uma cidade jamais construiria uma estrada ou um sistema hidráulico ou elétrico peça por peça, sem um planejamento prévio, um projeto técnico e uma coordenação. O conceito de “infraestrutura verde” indica que a natureza nas cidades deve ser administrada de maneira integrada, do mesmo modo como os sistema de saneamento, de transporte, de energia, por exemplo, o são - ou deveriam ser....
.. Muito freqüentemente, os espaços verdes das cidades, como os parques, os bosques e as áreas de agricultura urbana, são gerenciados de modo fragmentado e aleatório, um a um, sem maior integração. As florestas urbanas (e todo o capital natural de uma cidade) podem ser consideradas como parte da infraestrutura urbana....


Serviços de desenvolvimento econômico
.. Numerosos estudos (na América do Norte) concluíram que uma floresta ou um parque de qualidade nas proximidades tem um efeito positivo nas propriedades da região (Crompton, 2001). O valor das casas próximas a parques e áreas abertas costuma ser entre 8 e 20% acima do que os das propriedades comparáveis localizadas mais distantes. Esses ganhos são capitalizados pela prefeitura quando são calculados os impostos territoriais urbanos, ou quando são pagas as taxas referentes à venda e transmissão dessas propriedades. Um estudo verificou que o valor dos aluguéis de salas comerciais era 7% maior, em média, nas vizinhanças que apresentavam uma paisagem mais agradável, onde a presença de árvores é decisiva....


Serviços ambientais
Baseado em modelos simulando a redução da poluição do ar e da incidência de enchentes, na modelagem da redução da poluição do ar e dos impactos energéticos, os valores, por ano, dos serviços das florestas urbanas foram estimados. Por exemplo, a Análise do Ecossistema Urbano de Washington DC concluiu que a cobertura com árvores reduziu os custos com estruturas para represamento da água das enxurradas em US$ 4,7 bilhões, e gera economias com a qualidade do ar de US$ 49,8 milhões por ano. Estudos de micro-escala focando nos custos/benefícios das árvores plantadas nas ruas incluem, na coluna de custos, as despesas com plantio, irrigação, poda e outros serviços, e na coluna de benefícios somam-se a economia com energia, a redução do dióxido de carbono, a melhoria da qualidade do ar e a redução das enchentes. Esses dados econômicos foram matematicamente combinados para gerar o cálculo do benefício líquido trazido por cada árvore. Por exemplo, uma análise realizada em 2002 para a cidade de Seattle (E.U.A.) avaliou o benefício médio anual por árvore entre $1 e $8 para uma árvore pequena, entre $19 e $25 para uma árvore de porte médio, e entre $48 e $53 para as árvores maiores (CUFR 2002).


Análise de ecossistemas urbanos
A modelagem dos benefícios ambientais é freqüentemente baseada nos custos evitados; isto é, se as árvores não estivessem presentes, os proprietários privados e o governo teriam que investir em mais infra-estruturas de engenharia e equipamentos para remediar os problemas ambientais que adviriam. Por exemplo, a copa de uma árvore intercepta a água da chuva, reduzindo assim a quantidade de água que chega ao solo e flui para os
sistemas de águas pluviais da cidade, reduzindo assim, portanto, os custos com construção de galerias, instalação de canos e estruturas de acumulação controlada (“piscinões”) maiores....


Serviços humanos
A presença de árvores e de espaços naturais nas comunidades humanas gera numerosos benefícios psicológicos. Kuo e outros (2003) verificaram que a presença de árvores em bairros muito densamente povoados reduz os níveis de ansiedade, contribui para um comportamento menos violento e agressivo, encoraja melhor relacionamento entre vizinhos e estimula sua cooperação....


Estratégias para a infraestrutura verde
Priorizar a situação de árvores e de espaços verdes na agenda dos líderes municipais e nos orçamentos públicos depende de esclarecer que o capital natural, se devidamente gerenciado, fornece retornos econômicos palpáveis para toda a comunidade. Esta visão contrasta com a atitude predominante em muitas prefeituras de que a manutenção das árvores e das áreas verdes só dá despesa e é pouco prioritária quando comparada com outras necessidades municipais que, presume-se, estão mais relacionadas com a saúde humana, a segurança e o bem estar. O reposicionamento do status político das florestas urbanas precisa ser seguido por ações apoiativas e por recursos suficientes para a sua implementação. A otimização dos benefícios e valores requer uma abordagem abrangente e sistemática das estruturas verdes urbanas, capaz de criar, conservar e desenvolver florestas em todas as regiões da cidade e de sua periferia.
Na melhor das situações, a silvicultura urbana envolve uma abordagem do gerenciamento das estruturas verdes urbanas que inclui o planejamento a longo prazo, a coordenação profissional interdisciplinar e a participação da comunidade local. Em última análise, o objetivo é assegurar a saúde e a vitalidade dos recursos florestais urbanos e, portanto, a sustentabilidade dos benefícios para as gerações atuais e futuras de moradores urbanos.

Recebido por e-mail do Movimento Resgate Cambuí