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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

EXEMPLO DE SOLIDARIEDADE... CANINA!


25/09/2012 22h21 - Atualizado em 26/09/2012 16h25

Cadela Lilica enfrenta perigos de rodovia para alimentar outros animais

Há três anos, ela percorre 2 quilômetros para garantir o jantar dos bichos.
Moradora em um ferro velho, Lilica divide o espaço até com uma mula.

Do G1 São Carlos e Araraquara
269 comentários
Em meio à sucata de um ferro velho, emSão Carlos (SP), descansa um exemplo de solidariedade. A cadela Lilica mora no local e divide o espaço com um cão, um gato, um galo, uma galinha e até uma mula. Todas as noites, os bichos têm o jantar garantido porque Lilica faz a parte dela.
Quando a tarde vai embora, a cadela cumpre rigorosamente uma missão. O destino é casa da professora Lúcia Helena de Souza, que cria 13 cachorros e 30 gatos, todos recolhidos da rua. Depois de servir o jantar da turma, a professora prepara uma marmita para Lilica.
“Eu percebia que ela comia e ficava olhando para o que tinha na sacola. Aí uma vizinha disse que dava e impressão de que a cadela queria levar o resto da comida. Aí nós amarramos e ela pegou a sacola e levou. Daquele dia em dia a gente faz isso”, conta Souza.
O encontro é pontual, ocorre sempre por volta das 21h30. A cadela mata a fome, pega a sacolinha com o alimento separado pela professora e segue de volta ao ferro velho. São dois quilômetros de caminhada na lateral de uma estrada bem movimentada. No escuro, a pista fica ainda mais perigosa, mas Lilica atravessa com segurança e em poucos minutos chega com o jantar dos outros animais.
Lilica carrega marmita preparada pela professora Lúcia para os outros animais (Foto: Reprodução/EPTV)Lilica carrega marmita preparada pela professora
para os outros animais (Foto: Pedro Santana/EPTV)
A catadora Neile Vânia Antonio, que encontrou Lilica abandonada ainda filhote na porta do ferro velho, pega a sacola e abre para todos os bichos do local comerem. O que sobra fica para o café da manhã. A história se repete todos os dias, há três anos.
Dona Neile diz que desde que viu a cadela pela primeira vez percebeu que ela era diferente. “A gente que é humano não faz isso. Algumas pessoas até escondem e não querem dividir o que tem. Ela não, Lilica é um animal excepcional”, afirma.
Recebido por e-mail de Croquis Molduras

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

DIA MUNDIAL DA ÁRVORE

Vera Chvatal 

Hoje - Dia Mundial da Árvore - e Campinas amanheceu chovendo! Uma abençoada, gostosa e persistente chuva a cair do céu acinzentado, promovendo uma comemoração especial para um dia especial! Ás árvores plantadas ao redor de casa com seu verdor revigorado pelos pingos de chuva a lavar-lhes a poeira acumulada nos últimos 60 e poucos dias de seca, dá um novo colorido à paisagem.

A Natureza refloresce preparando-se para a Estação Primavera que já bate às portas pedindo passagem para uma nova fase de explosão de vida, exuberante como a dos ipês brancos da foto. Essas maravilhosas árvores pertencem ao amigo José Hamilton Aguirre, engenheiro agrônomo, incansável defensor das árvores, que muito apropriadamente estará amanhã às 15 horas no portão 2 da Lagoa do Taquaral promovendo o plantio comemorativo de um Jequitibá Rosa (www.campinasbikeclube.org). 

Os ipês - sejam amarelos, rosa ou brancos - sempre me encantaram pela beleza e esplendor de suas flores. Nessa época de inverno seco e quente que temos vivenciado ultimamente com as mudanças climáticas, eles não perderam a capacidade de se desvestir completamente de suas folhas para se revestirem de belas flores efêmeras.  Talvez por isso mesmo causem tanta admiração, pois o tempo para admirar-lhes a beleza flui muito rapidamente... logo em seguida os ipês espalham suas sementes ao vento na esperança de se reproduzirem perenemente. Se o ser humano assim o permitir! 

A nossa voracidade em transmutar a Natureza, recobrindo a terra com o duro cimento  que a impede de respirar e reproduzir a vida é algo que merece ser pensado. Será que vale mesmo a pena investir em tanto cimento no lugar do verde? Será que não está faltando equilíbrio? Estamos acabando com a vida do planeta, com a nossa própria vida e, principalmente, tirando o encantamento das estações com suas características próprias, primavera, verão, flores, chuva, calor, nascimento, crescimento, outono, inverno, maturação, frio, descanso e preparação para um novo nascimento... e assim sucessivamente.

Lembro-me de um ipê branco que costumava encantar minha infância. Eu estudava no Colégio Cesário Mota, de saudosa memória, que ficava localizado na Av. Júlio de Mesquita. Defronte ao colégio, onde atualmente fica o Centro de Convivência, havia um parque infantil da prefeitura. Nos jardins do parque morava um ipê branco que florescia todos os anos, religiosamente. 

Em uma bela manhã de inverno fria e com neblina, ao chegar ao colégio imediatamente sentia meu olhar atraído para aquela misteriosa árvore, que de um dia para o outro acordava totalmente coberta de flores brancas como a neve. Minha imaginação corria solta... destacando-se como uma noiva no meio das outras árvores tão belas e imponentes como ela mas vestidas de verde, por associação me fazia pensar em neve, mesmo nunca tendo visto a neve pessoalmente até a idade adulta quando viajei pela primeira vez para fora do país. Da neve meus devaneios me levavam para a chegada do Natal com suas luzes coloridas, o nascimento do Menino Jesus e a missa do Galo, o Papai Noel e a troca de pequenos mimos, o almoço de confraternização com a família toda reunida, os primos, as brincadeiras... e toda aquela magia da infância!

Rememorando essa experiência infantil, percebo agora como o ipê branco sempre esteve ligado em minha imaginação com a chegada do Natal. Mesmo naquela época não percebendo a passagem do tempo tão rapidamente como o percebo agora, a floração desse ipê me conectava com a anunciação das festas natalinas e suas promessas de renascimento, esperança e confraternização. 

Plante árvores, maravilhe-se com elas, perceba a magia e o encantamento que elas trazem!

PS. Os belos ipês brancos da foto foram presentes da tia Maria Cristina para o José Hamilton, conforme mensagem  que ele me passou.




quarta-feira, 19 de setembro de 2012

AS BORBOLETAS NAS CIDADES...

Vera Chvatal


Na minha infância era comum ver muitas borboletas sobrevoando as flores do jardim de casa. Pequeninas ou grandes, borboletas de asas brancas, negras, amarelas, azuis, manchadas, multi-coloridas, com arabescos ou com pequenos pontos lembrando olhos... eram muitas as espécies que enfeitavam com seu vôo dançante minhas tardes de brincadeiras após o término dos deveres de casa. 

A última vez que vi uma quantidade extraordinária de borboletas volteando juntas foi há alguns anos atrás, durante uma viagem a São Tomé das Letras em Minas Gerais, num paradisíaco e mágico lugar apropriadamente denominado de Vale das Borboletas. Um espetáculo maravilhoso, inesquecível, ver miríades de borboletas volteando na mata, acompanhando o sinuoso caminho das águas cristalinas a desaguar em cachoeiras de espumas brancas...

Lembrei-me dessa experiência ao ler uma pesquisa realizada pela Fundação Santo André que revela que as borboletas podem diagnosticar nos centros urbanos se a área é preservada ou não. E acentua a necessidade de mantermos a riqueza, a diversidade de borboletas nas cidades. 

"Nos locais urbanizados e com vegetação introduzida em praças ou locais com plantas ornamentais, as espécies diminuíram, o que significa que a recuperação do meio ambiente nas áreas urbanas deve obedecer à vegetação que havia originalmente no local." 

"A pequena riqueza de espécies contabilizadas atualmente demonstra o alto grau de impacto ambiental na área e para manter a riqueza de espécies de borboletas em áreas urbanas faz-se necessário a manutenção ou introdução de espécies de plantas espontâneas, além das espécies ornamentais."

Um cuidado que é preciso atentar, pois cada vez mais vamos modificando e até mesmo degradando o meio ambiente, causando a extinção de espécies que têm importância vital em nossa qualidade de vida. 

As borboletas, símbolo do renascimento, da transformação, da liberdade, se continuarmos a inibir sua procriação vai ser mais uma espécie a ser admirada em museus ou borboletários criados especialmente para abrigá-las. Não mais as teremos no dia-a-dia a voltear livremente ao nosso redor, convidando nossa imaginação a acompanhá-las em seus passeios pelos jardins, de flor em flor, a beija-las em busca do néctar. 

Pois as borboletas, assim como os vagalumes, os colibrís e tantas outras criaturas que fizeram o meu encanto na infância, acabarão tornando-se desconhecidas das novas gerações que vêm por aí. É uma pena, uma perda, um descaso com a pródiga e rica Mãe Natureza! As flores vão sentir saudades e nós também!



Pesquisa enviada pelo Movimento Resgate Cambuí por e-mail

domingo, 16 de setembro de 2012

A FORÇA DA NATUREZA!


Vida nasce no concreto da metrópole

Fissura de monumento ao café, no Largo do Pará, cria condições para nascimento de figueira

12/09/2012 - 18h34 .
Patrícia Azevedo


Broto de árvore apareceu no lado da estrutura que tem o desenho do café em monumento no Largo do Pará
(Foto: André Montejano/Especial para a AAN)
Quem passa pelo Largo do Pará, Centro de Campinas, pode contemplar o malabarismo que uma pequena árvore fez para brotar. Entre dois áridos blocos de concreto, surge um pouco de vida. Uma figueira branca desafia as probabilidades e cresce onde deveria existir apenas poeira. Indiferente à estiagem de mais de 50 dias, a árvore oferece um olhar diferente à praça. E a natureza foi um pouco mais caprichosa. A pequena muda cresceu em um monumento que comemora o segundo centenário da chegada do café ao Brasil, em 1927. A estrutura tem quatro lados que simbolizam o café, o português, o escravo e a mulher italiana. A árvore nasceu justamente no lado que simboliza o café.
Crescer em um ambiente como esse não é tarefa fácil, explica o engenheiro florestal e mestre em arborização urbana José Hamilton de Aguirre Júnior. “A semente é levada para o local por meio de fezes de pássaros. E em meio às fezes, que serve também de adubo, a semente brota”, explicou.
Aguirre conta que partículas de poeira, folhas e pequenos animais mortos podem se sedimentar e compor um pouco de solo. “A árvore teria, então, espaço e nutrientes para se desenvolver”, completou. O especialista em arborização diz que a figueira branca é uma espécie muito resistente e agressiva e se adapta facilmente às adversidades.

Natureza forte 
O zelador do Largo do Pará, José Santos, trabalha fazendo manutenção de praças há 27 anos e contou que não é a primeira vez que a árvore brota no local. Segundo ele, a Prefeitura havia retirado a muda em outras ocasiões. “Eu não mexo lá porque tenho medo que o bloco de concreto caia”, afirmou.
A aposentada Irma de Oliveira passa sempre pela praça e conta que reparou na muda que nasceu ali. “A natureza é forte”, comenta. “Mas não sei como a planta consegue sobreviver com essa seca”, pondera.
O garçom Wilson José Matos conta que é preciso melhorar a manutenção dos monumentos. “Nesse, a placa está quase caindo, é preciso conservar melhor as nossas praças”, reclama.
A segurança Andreia Paes diz que a cidade está órfã de espaços de lazer. “As praças não estão bem cuidadas e isso inclui os monumentos. É preciso cuidar melhor de Campinas”, pede.
Apesar do simbolismo, o nascimento de uma árvore no local é uma prova da falta de manutenção do patrimônio público em Campinas. A escultura é formada por vários blocos de concreto e algumas das placas estão se descolando. A árvore nasceu justamente em uma dessas fissuras.
A Prefeitura informou, por meio da assessoria de imprensa, que está realizando trabalhos na praça e que irá fazer a manutenção do monumento.

Enviado por e-mail pelo Movimento Resgate Cambuí

sábado, 8 de setembro de 2012

AGUARDANDO A PRIMAVERA


Este sábado quente e seco me traz uma saudades indescritível de ver a chuva caindo vigorosamente sobre o solo ressecado. A falta de chuva - que perdura há mais de 40 dias - deixa o ar e as plantas empoeirados, trazendo viroses e problemas de respiração para os mais sensíveis.

Florbela Espanca - poetiza portuguesa,  diz que "Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz foi para cantar! E se um dia hei de ser pó e cinza, e mesmo que seja a minha morte uma alvorada, que me saiba perder... para me encontrar..."

Se perder, para se encontrar... é como se a vida se perdesse durante o inverno para se encontrar plena e abundante na primavera. Por isso, a espera para a chegada da primavera - com as águas que trarão a renovação da natureza com seu verdor e colorido das flores, onde enxames de abelhas, borboletas de asas multicoloridas, ágeis colibris e besouros de todos os tipos, colherão o mel, o pólem, a vida - se faz presente na ansiedade para cantá-la assim florida! A expectativa para celebrar a vida é grande!

Mas, enquanto a primavera não chega, ficam as bouganvilles - aqui conhecidas como primaveras - a colorir nossos dias com suas flores vermelhas, brancas, lilazes, rosas, alaranjadas... Bendita beleza! Bendita Natureza!


Foto: Vera Chvatal

domingo, 2 de setembro de 2012

MINHA PRIMAVERA FLORIU



Antecipando-se à Estação Primavera que se aproxima, com chegada prevista para o dia 21 de setembro, minha bela primavera floresceu enfeitando a calçada de casa com seus lindos cachos de flores vermelhas. Cor da paixão, do sangue, da vida, cada dia ela se embeleza mais e mais anunciando a tão esperada estação das flores.  

A primavera, também celebrada como a estação do renascimento, da vida que brota, em cor e esplendor, cantada em verso e prosa, inspirou inúmeros poetas que nos brindaram com frases maravilhosas como a da poetiza Cecília Meireles que, ao dizer “ Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira" nos deixa uma verdadeira lição de vida! 

A Primavera inspirou o escritor Paulo Coelho a dizer no poema-oração: “Não se pode dizer para a Primavera? ‘Tomara que chegue logo e dure bastante’.  Pode-se apenas dizer: ‘venha, me abençoe com sua esperança, e fique o máximo de tempo que puder”.  E para a enigmática Clarice Lispector, a veia poética clama para que “ Sejamos como a primavera que renasce cada dia mais bela… Exatamente porque nunca são as mesmas flores.” 

A vida é como um espelho que devolve a cada um o reflexo de seus pensamentos, seus atos, suas omissões. Quer ter uma vida bela, saudável, cheia de vida? Mude, renove, repagine-se, curta a natureza e desenvolva a sensibilidade para uma vida plena! Quer enfeitar sua vida? Plante árvores, plante flores, faça um jardim! Aproveite! Enjoy!  

Afinal, como canta Zélia Duncan: “Bom é não saber o quanto a vida dura, ou se estarei aqui na Primavera futura. Posso brincar de eternidade agora, sem culpa nenhuma.”  

Deixe um legado de flores!




sábado, 1 de setembro de 2012

CHEGA DE OMISSÃO! A SOCIEDADE EXIGE UM PODER PÚBLICO OPERANTE!



Em setembro de 2011 a sociedade se mobilizou e iniciou um abaixo assinado para mudança de nome da Praça Nassim Abib Jorge para Praça Dr Hermes Moreira de Souza, no bairro Cambuí, em Campinas.

O resultado foi a aprovação pela Câmara e houve a mudança de nome.
MAS...a placa com o nome não foi trocado...
Os moradores , mais uma vez indignados, cobriram a placa com um tecido preto - link Band Cidade http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=8P0FR2Ox4EI#! .
Ontem a placa foi retirada e aguardamos a colocação de outra com o nome correto.
Atenção ao fato que o poder público só age quando cobrado pela sociedade......
Movimento Resgate o Cambuí
Tereza e grupo
"Semelhante a uma flor que parece linda, mas não tem nenhum perfume, assim são as palavras infrutíferas do homem que as fala e não coloca em prática"  Dhammapada

Enviado por e-mail pelo Movimento Resgate Cambuí


SINALIZAÇÃO VERDE!



 Sul começa a testar sinalização verde

Comum em outros países, projeto usa árvores e arbustos para indicar ao motorista pontos da estrada que merecem mais atenção

28 de agosto de 2012 | 23h 00
Elder Ogliari / PORTO ALEGRE - O Estado de S.Paulo

Um novo conceito de sinalização rodoviária está chegando ao Brasil pelo trecho sul da BR-101, entre Palhoça (SC) e Osório (RS), em fase de duplicação. Árvores e arbustos nativos, sobretudo da região, vão mostrar onde há passarelas, pontes, curvas acentuadas, alças de viadutos e paradas de ônibus, entre outros locais que exigem maior atenção dos motoristas, somando-se à sinalização tradicional.

Arbusto evita que faróis ofusquem visão - Dnit
Dnit - Arbusto evita que faróis ofusquem visão

A chamada "sinalização verde" já é comum na Alemanha e no Canadá e poderá ser adotada em outras estradas do País se os resultados da experiência forem satisfatórios.

Por enquanto, os arbustos mais visíveis estão no canteiro central de alguns trechos da rodovia e servem para evitar que os motoristas sejam ofuscados pelos faróis dos veículos que trafegam em sentido contrário. São milhares de caliandras - espécie nativa da região que tem flores vermelhas durante quase todo o ano. Esse tipo de sinalização, com outros tipos de arbustos, já existe em estradas brasileiras, mas como conjunto isolado, sem o resto do paisagismo da BR-101 Sul.

Parte do restante da sinalização também está plantada, mas algumas árvores levarão anos para crescer e cumprir sua função. Em curvas horizontais e verticais acentuadas, por exemplo, haverá maciços arbóreos, com espécies nativas altas, para que o motorista saiba a longa distância que terá de reduzir a velocidade ou aumentar a atenção. Da mesma maneira, conjuntos de cinco a noves ipês enfileirados sempre indicarão a existência de paradas de ônibus ao lado da rodovia.

O terreno perto de cabeceiras de ponte será marcado com duas fileiras de árvores em diagonal, nos dois lados da estrada, para indicar ao motorista estreitamento da pista e necessidade de reduzir a velocidade. Retornos e acessos também terão sinalização visível a longa distância, composta por vegetação de baixo porte nas ilhas e arbórea na faixa de domínio. Entre as espécies a serem usadas estão paineira, manacá-da-serra, ingazeiro, buriti-palito e topete-de-cardeal.

"A sinalização é psicológica", destaca o sociólogo Sérgio Luiz dos Reis, da Empresa de Supervisão e Gerenciamento Ambiental (Esga), responsável pela supervisão do programa ambiental da BR-101 Sul. Motoristas não serão avisados por campanhas publicitárias, mas saberão da sinalização por informações divulgadas por imprensa, sindicatos e comunidades.

"A ideia é que a sinalização verde induza o motorista a ter cuidados e acabe fazendo parte do cotidiano de quem trafega na rodovia", prossegue Reis. "O usuário vai aprender a conviver com isso na prática", complementa o engenheiro florestal Rudney do Rio da Silva, supervisor de campo da Esga.

O primeiro trecho com o paisagismo completo, à espera apenas do crescimento das árvores, é o Lote 4, com 16 km, entre Osório e o Túnel do Morro Alto, no Rio Grande do Sul. Nos outros 72 km do lado gaúcho da rodovia, a barreira de arbustos do canteiro central está plantada, mas as demais intervenções ainda são parciais. "Imaginamos que em dois anos o paisagismo esteja pronto", prevê Silva, lembrando que o plantio vem sempre depois da obra.

Resultados. O investimento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) na sinalização verde dos 348 km do trecho sul da BR-101 será de R$ 2,3 milhões. Ao todo, serão plantadas de 60 mil a 63 mil mudas de árvores e arbustos.

O superintendente do Dnit no Rio Grande do Sul, Vladimir Casa, considera "muito simplista" prever redução de acidentes, cujas causas têm muitas variáveis, como resultado do projeto, mas acha que a observação do comportamento dos motoristas diante da sinalização poderá indicar o resultado da experiência. "Sabemos que é bom, mas o quanto é bom ainda vamos ver."

Enviado por e-mail pelo Movimento Resgate Cambuí