Vida nasce no concreto da metrópole
Fissura de monumento ao café, no Largo do Pará, cria condições para nascimento de figueira
12/09/2012 - 18h34 .Patrícia Azevedo |
Broto de árvore apareceu no lado da estrutura que tem o desenho do café em monumento no Largo do Pará
(Foto: André Montejano/Especial para a AAN)
(Foto: André Montejano/Especial para a AAN)
Quem passa pelo Largo do Pará, Centro de Campinas, pode contemplar o malabarismo que uma pequena árvore fez para brotar. Entre dois áridos blocos de concreto, surge um pouco de vida. Uma figueira branca desafia as probabilidades e cresce onde deveria existir apenas poeira. Indiferente à estiagem de mais de 50 dias, a árvore oferece um olhar diferente à praça. E a natureza foi um pouco mais caprichosa. A pequena muda cresceu em um monumento que comemora o segundo centenário da chegada do café ao Brasil, em 1927. A estrutura tem quatro lados que simbolizam o café, o português, o escravo e a mulher italiana. A árvore nasceu justamente no lado que simboliza o café.
Crescer em um ambiente como esse não é tarefa fácil, explica o engenheiro florestal e mestre em arborização urbana José Hamilton de Aguirre Júnior. “A semente é levada para o local por meio de fezes de pássaros. E em meio às fezes, que serve também de adubo, a semente brota”, explicou.
Aguirre conta que partículas de poeira, folhas e pequenos animais mortos podem se sedimentar e compor um pouco de solo. “A árvore teria, então, espaço e nutrientes para se desenvolver”, completou. O especialista em arborização diz que a figueira branca é uma espécie muito resistente e agressiva e se adapta facilmente às adversidades.
Natureza forte
O zelador do Largo do Pará, José Santos, trabalha fazendo manutenção de praças há 27 anos e contou que não é a primeira vez que a árvore brota no local. Segundo ele, a Prefeitura havia retirado a muda em outras ocasiões. “Eu não mexo lá porque tenho medo que o bloco de concreto caia”, afirmou.
A aposentada Irma de Oliveira passa sempre pela praça e conta que reparou na muda que nasceu ali. “A natureza é forte”, comenta. “Mas não sei como a planta consegue sobreviver com essa seca”, pondera.
O garçom Wilson José Matos conta que é preciso melhorar a manutenção dos monumentos. “Nesse, a placa está quase caindo, é preciso conservar melhor as nossas praças”, reclama.
A segurança Andreia Paes diz que a cidade está órfã de espaços de lazer. “As praças não estão bem cuidadas e isso inclui os monumentos. É preciso cuidar melhor de Campinas”, pede.
Apesar do simbolismo, o nascimento de uma árvore no local é uma prova da falta de manutenção do patrimônio público em Campinas. A escultura é formada por vários blocos de concreto e algumas das placas estão se descolando. A árvore nasceu justamente em uma dessas fissuras.
A Prefeitura informou, por meio da assessoria de imprensa, que está realizando trabalhos na praça e que irá fazer a manutenção do monumento.
Crescer em um ambiente como esse não é tarefa fácil, explica o engenheiro florestal e mestre em arborização urbana José Hamilton de Aguirre Júnior. “A semente é levada para o local por meio de fezes de pássaros. E em meio às fezes, que serve também de adubo, a semente brota”, explicou.
Aguirre conta que partículas de poeira, folhas e pequenos animais mortos podem se sedimentar e compor um pouco de solo. “A árvore teria, então, espaço e nutrientes para se desenvolver”, completou. O especialista em arborização diz que a figueira branca é uma espécie muito resistente e agressiva e se adapta facilmente às adversidades.
Natureza forte
O zelador do Largo do Pará, José Santos, trabalha fazendo manutenção de praças há 27 anos e contou que não é a primeira vez que a árvore brota no local. Segundo ele, a Prefeitura havia retirado a muda em outras ocasiões. “Eu não mexo lá porque tenho medo que o bloco de concreto caia”, afirmou.
A aposentada Irma de Oliveira passa sempre pela praça e conta que reparou na muda que nasceu ali. “A natureza é forte”, comenta. “Mas não sei como a planta consegue sobreviver com essa seca”, pondera.
O garçom Wilson José Matos conta que é preciso melhorar a manutenção dos monumentos. “Nesse, a placa está quase caindo, é preciso conservar melhor as nossas praças”, reclama.
A segurança Andreia Paes diz que a cidade está órfã de espaços de lazer. “As praças não estão bem cuidadas e isso inclui os monumentos. É preciso cuidar melhor de Campinas”, pede.
Apesar do simbolismo, o nascimento de uma árvore no local é uma prova da falta de manutenção do patrimônio público em Campinas. A escultura é formada por vários blocos de concreto e algumas das placas estão se descolando. A árvore nasceu justamente em uma dessas fissuras.
A Prefeitura informou, por meio da assessoria de imprensa, que está realizando trabalhos na praça e que irá fazer a manutenção do monumento.
Enviado por e-mail pelo Movimento Resgate Cambuí
Nenhum comentário:
Postar um comentário