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domingo, 20 de setembro de 2009

DIÁRIO DE VIAGEM III: BALONISMO NA CAPADÓCIA

 Vera Chvatal

Após a cerimônia religiosa dos Dervishes Rodopiantes, voltamos para o Hotel e fomos dormir mais cedo, pois no dia seguinte estava programado um passeio de balão nos céus da Capadócia. Às 5:15 da manhã duas vans vieram nos buscar no Hotel e rumamos para o local de partida dos balões. Lá chegando, uma grande mesa com sucos, café, leite, capuchino, chás, bolos e pãezinhos nos aguardava, enquanto os balões estavam sendo enchidos com gás para o passeio. Havia uma multidão de turistas de várias nacionalidades e cerca de 50 balões coloridos sendo preparados.
Finalmente prontos, subimos nas cestas do balão, em grupos de 2o pessoas mais o condutor e começamos lentamente a pegar altura... Um colírio para os olhos, uma forte emoção no coração e uma excitação quase infantil nos assaltava quando começamos a subir e vimos os primeiros raios de sol surgindo no horizonte da Capadócia.
Um a um os balões foram subindo e inundando os céus com suas cores, atingindo 1.200 metros de altura. Olhando para baixo, víamos as formações rochosas de tufos, com suas formas exóticas onde moraram os primeiros habitantes da Anatólia, provavelmente nossos primeiros antepassados humanos. A paisagem que se avista é incrivelmente bela.
Agasalhados que estávamos, pois as manhãs são mais frias na região, ao atingirmos altura e sob o calor do gás em chamas, vamos nos aquecendo e apreciando o passeio, inesquecível. Nosso condutor, o Suat, falava inglês mas sabia alguma coisa do Brasil, pois nos incitou a cantar a música do Balão Mágico... Enquanto cantamos ele vai nos apontando a silhueta dos vulcões - hoje extintos - responsáveis por toda aquela belíssima formação rochosa, um hotel cavado na rocha com suas piscinas azuis, casas e cidades que formam aquele estupendo complexo arqueológico, atualmente tombado pela Unesco como Patrimônio Histórico da Humanidade.
É um momento mágico e de muita emoção apreciar a beleza da Natureza ao redor, o céu azul, as núvens, o sol em seu esplendor dourado, o ar fresco no rosto e os risos, conversas e alegria brilhando nos olhos excitados de todos os presentes, Fátima, Adriano, Kevin, Victor, Márcia, Nazaré, Regina... Após cerca de cinquenta minutos de vôo descemos, um caminhão que já nos aguardava recolhe o balão e os rapazes da Göreme Balloons nos recebem com uma mesinha com flores, taças, champanhe e suco de cerejas.


Segundo o Suat, nosso condutor, esse ritual faz parte da tradição, pois o primeiro balonista a voar na Capadócia foi um francês, no século 18 e que depois do passeio comemorou com champanhe. Portanto, após a descida é servida um taça de champanhe com suco de cereja - mistura que eles chamam de "Mimosa" - e depois cada um recebe um "Flight Certificate" com seu nome e data do vôo, assinada pelo condutor, com direito a fotos, beijos e brincadeiras. Tudo muito lúdico e emocionante!
Um passeio imperdível, uma experiência maravilhosa...


Fotos Vera/Capadócia set.2009

Um comentário:

Yeda disse...

Barbaro... que experiencia
Nao tenho medo de altura mas nao sei se seria capaz de ir nisso... ainda mais queontem vi uma reportagem sobre alguns holandeses que morreram essa semana na China onde a seguranca nao tem vigilancia alguma...baloes como esse mas sem vigilancia...uma lstima...
mas vc e corajosa pra essas coisas (vide rafting etc...)rsrs
bjs
Yeda