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terça-feira, 31 de julho de 2012

sábado, 28 de julho de 2012

PROJETO EM BEIRUTE TRANSFORMA TETOS EM JARDINS

Excelente idéia que poderia e deveria ser implementada nas metrópoles brasileiras!

StudioInvisible


Ilustração que simula a aparência da capital com os jardins

São Paulo - A cidade de Beirute, no Líbano, pode ser a primeira no mundo a ter a obrigadoriedade de plantar jardins nos tetos de seus prédios.
A capital, que é uma verdadeira selva de concreto, possui apenas 0,8 metro quadrado de espaço verde por pessoa, bem abaixo da recomendação da Organização Mundial de Saúde, de 12 metros
Um decreto municipal requisitando que cada construção tenha seu próprio jardim de telhado, algo com algumas árvores e plantas em um espaço físico, seria uma solução imediata e rápida para a questão ambiental da cidade.
Os tetos podem abrigar também plantas que crescem bem na região, como oliveiras, plantas de pimenta e outras que seriam úteis para a população. Os jardins poderiam servir de complemento às compras de alimentos dos moradores, e também ajudariam a limpar o ar da cidade e diminuir a temperatura da sua ilha de calor.     
Arquitetos da região defendem que até os muros da cidade podem ser utilizados para crescimento de áreas verdes. As "paredes vivas" já são mais comuns em Londres, e podem ajudar até a combater a poluição da cidade.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

DE REPENTE 60 (ou 2x30)




Belo texto, para ser lido por todas as idades. O nome da escritora é Regina de Castro Pompeu e ela diz:

"De forma despretensiosa, inscrevi um texto no concurso Premios Longevidade Bradesco Histórias de Vida. Estou chegando de São Paulo, onde fui participar da premiação. Mandaram um motorista me buscar e me trazer e fiquei num super-hotel nos Jardins, acompanhada de meu príncipe consorte... rsrsrssrs

Entre quase 200 concorrentes, conquistei o 3o lugar, com direito a troféu e diploma. Mas, sinto como se tivesse recebido o Oscar, pois os primeiros colocados foram  jovens que trabalharam por alguns anos para escrever histórias que mereciam ser contadas. Meu texto foi o único produzido pela própria protagonista.

O tema central era o relacionamento inter-geracional. Quase caí da cadeira quando Nicete Bruno, jurada especial me perguntou: "Você é a Regina? Queria muito conhecê-la. Adorei seu texto!!" Tive, ainda, o privilégio de ser fotografada ao lado da convidada especial, Shirley MacLaine. É muita emoção, que gostaria de compartilhar com vocês."

DE REPENTE 60 (ou 2x30)

Ao completar sessenta anos, lembrei do filme “De repente 30”, em que a adolescente, em seu aniversário, ansiosa por chegar logo à idade adulta, formula um desejo e se vê repentinamente com trinta anos, sem saber o que aconteceu nesse intervalo. Meu sentimento é semelhante ao dela: perplexidade. Pergunto a mim mesma: onde foram parar todos esses anos?

Ainda sou aquela menina assustada que entrou pela primeira vez na escola, aquela filha desesperada pela perda precoce da mãe; ainda sou aquela professorinha ingênua que enfrentou sua primeira turma, aquela virgem sonhadora que entrou na igreja, vestida de branco, para um casamento que durou tão pouco! Ainda sou aquela mãe aflita com a primeira febre do filho que hoje tem mais de trinta anos.
Acho que é por isso que engordei, para caber tanta gente, é preciso espaço! Passei batido pela tal crise dos trinta, pois estava ocupada demais lutando pela sobrevivência.

Os quarenta foram festejados com um baile, enquanto eu ansiava pela aposentadoria na carreira do magistério, que aconteceu quatro anos depois. Os cinquenta me encontraram construindo uma nova vida, numa nova cidade, num novo posto de trabalho. Agora, aos sessenta, me pergunto onde está a velhinha que eu esperava ser nesta idade e onde se escondeu a jovem que me olhava do espelho todas as manhãs.

Tive o privilégio de viver uma época de profundas e rápidas transformações em todas as áreas: de Elvis Presley e Sinatra a Michael Jackson, de Beatles e Rolling Stones a Madonna, de Chico e Caetano a Cazuza e Ana Carolina; dos anos de chumbo da ditadura militar às passeatas pelas diretas e empeachment do presidente a um novo país misto de decepções e esperanças; da invenção da pílula e liberação sexual ao bebê de proveta e o pesadelo da AIDS. Testemunhei a conquista dos cinco títulos mundiais do futebol brasileiro (e alguns vexames históricos).

Nasci no ano em que a televisão chegou ao Brasil, mas minha família só conseguiu comprar um aparelho usado dez anos depois e, por meio de suas transmissões, vi a chegada do homem à lua, a queda do muro de Berlim e algumas guerras modernas. Passei por três reformas ortográficas e tive de aprender a nova linguagem do computador e da internet. Aprendi tanto que foi por meio desta que conheci, aos cinquenta e dois anos, meu companheiro, com quem tenho, desde então, compartilhado as aventuras do viver.

Não me sinto diferente do que era há alguns anos, continuo tendo sonhos, projetos, faço minhas caminhadas matinais com meu cachorro Kaká, pratico ioga, me alimento e durmo bem (apesar das constantes visitas noturnas ao banheiro), gosto de cinema, música, leio muito, viajo para os lugares que um dia sonhei conhecer. Por dois anos não exerci qualquer atividade profissional, mas voltei a orientar trabalhos acadêmicos e a ministrar algumas disciplinas em turmas de pós-graduação, o que me fez rejuvenescer em contato com os alunos, que têm se beneficiado de minha experiência e com quem tenho aprendido muito mais que ensinado.

Só agora comecei a precisar de óculos para perto (para longe eu uso há muitos anos) e não tinjo os cabelos, pois os brancos são tão poucos que nem se percebe (privilégio que herdei de meu pai, que só começou a ficar grisalho após os setenta anos). Há marcas do tempo, claro, e não somente rugas e os quilos a mais, mas também cicatrizes, testemunhas de algumas aprendizagens: a do apêndice me traz recordações do aniversário de nove anos passado no hospital; a da cesárea marca minha iniciação como mãe e a mais recente, do câncer de mama (felizmente curado), me lembra diariamente que a vida nos traz surpresas nem sempre agradáveis e que não tenho tempo a perder.

A capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo diminuiu, lembro de coisas que aconteceram há mais de cinquenta anos e esqueço as panelas no fogo. Aliás, a memória (ou sua falta) merece um capítulo à parte: constantemente procuro determinada palavra ou quero lembrar o nome de alguém e começa a brincadeira de esconde-esconde. Tento fórmulas nemônicas, recito o alfabeto mentalmente e nada! De repente, quando a conversa já mudou de rumo ou o interlocutor já se foi, eis que surge o nome ou palavra, como que zombando de mim... Mas, do que é que eu estava falando mesmo?

Ah, sim, dos meus sessenta. Claro que existem vantagens: pagar meia-entrada (idosos, crianças e estudantes têm essa prerrogativa, talvez porque não são considerados pessoas inteiras), atendimento prioritário em filas exclusivas, sentar sem culpa nos bancos reservados do metrô e a TPM passou a significar “Tranquilidade Pós-Menopausa”. Certamente o saldo é positivo, com muitas dúvidas e apenas uma certeza: tenho mais passado que futuro e vivo o presente intensamente, em minha nova condição de mulher muito sex...agenária!

Recebido por e-mail da minha irmã Regina

terça-feira, 24 de julho de 2012

RETIRANDO E REPLANTANDO!


Quando teremos a alegria de ver uma tecnologia dessas, aliada ao bom senso e à preservação do meio ambiente, sendo usada em nosso Brasil varonil?

Para assistir ao vídeo é só clicar no link abaixo. Vale a pena ver!


  
Retirando e replantando.


Esse link nos foi enviado comentando que é Austrália.
Aproveitamos para divulgar.
Movimento Resgate o Cambuí
Tereza e grupo

segunda-feira, 23 de julho de 2012

CONSCIÊNCIA DOS ANIMAIS

Olhar Animal
CONSCIÊNCIA DOS ANIMAIS

23/07/2012
"Não é mais possível dizer que não sabíamos", 
diz Philip Low

Neurocientista explica por que pesquisadores se uniram 
para assinar manifesto que admite a existência da consciência 
em todos os mamíferos, aves e outras criaturas


Marco Túlio Pires, de VEJA

Estruturas do cérebro responsáveis pela produção da consciência são análogas em 
humanos e outros animais, dizem neurocientistas


São Paulo - O neurocientista canadense Philip Low ganhou 
destaque no noticiário científico depois de apresentar um 
projeto em parceria com o físico Stephen Hawking, de 70 
anos. Low quer ajudar Hawking, que está completamente 
paralisado há 40 anos por causa de uma doença degenerativa, 
a se comunicar com a mente.

Os resultados da pesquisa foram revelados no último 
sábado (7) em uma conferência em Cambridge. 
Contudo, o principal objetivo do encontro era outro. 
Nele, neurocientistas de todo o mundo assinaram 
um manifesto afirmando que todos os mamíferos, 
aves e outras criaturas, incluindo polvos, têm consciência. 
Stephen Hawking estava presente no jantar de assinatura 
do manifesto como convidado de honra.

Low é pesquisador da Universidade Stanford e do MIT 
(Massachusetts Institute of Technology), ambos nos 
Estados Unidos. Ele e mais 25 pesquisadores entendem 
que as estruturas cerebrais que produzem a 
consciência em humanos também existem nos animais. 
"As áreas do cérebro que nos distinguem de outros 
animais não são as que produzem a consciência", diz 
Low, que concedeu a seguinte entrevista ao site de VEJA:

Veja.com - Estudos sobre o comportamento animal 
já afirmam que vários animais possuem certo grau 
de consciência. O que a neurociência diz a respeito?
Philip Low - Descobrimos que as estruturas que nos 
distinguem de outros animais, como o córtex cerebral, 
não são responsáveis pela manifestação da consciência. 
Resumidamente, se o restante do cérebro é responsável 
pela consciência e essas estruturas são semelhantes 
entre seres humanos e outros animais, como mamíferos 
e pássaros, concluímos que esses animais também 
possuem consciência.

Veja.com - Quais animais têm consciência?
P. L. -Sabemos que todos os mamíferos, todos os 
pássaros e muitas outras criaturas, como o polvo, 
possuem as estruturas nervosas que produzem a 
consciência. Isso quer dizer que esses animais sofrem. 
É uma verdade inconveniente: sempre foi fácil afirmar 
que animais não têm consciência. 
Agora, temos um grupo de neurocientistas respeitados 
que estudam o fenômeno da consciência, o 
comportamento dos animais, a rede neural, 
a anatomia e a genética do cérebro. Não é mais 
possível dizer que não sabíamos.

Veja.com - É possível medir a similaridade entre 
a consciência de mamíferos e pássaros e a dos 
seres humanos?
P. L. - Isso foi deixado em aberto pelo manifesto. 
Não temos uma métrica, dada a natureza da 
nossa abordagem. Sabemos que há tipos diferentes 
de consciência. Podemos dizer, contudo, que a 
habilidade de sentir dor e prazer em mamíferos 
e seres humanos é muito semelhante.

Veja.com - Que tipo de comportamento animal dá 
suporte à ideia de que eles têm consciência?
P. L. - Quando um cachorro está com medo, sentindo 
dor, ou feliz em ver seu dono, são ativadas em seu 
cérebro estruturas semelhantes às que são 
ativadas em humanos quando demonstramos 
medo, dor e prazer. Um comportamento muito 
importante é o autorreconhecimento no espelho. 
Dentre os animais que conseguem fazer isso, além 
dos seres humanos, estão os golfinhos, chimpanzés, 
bonobos, cães e uma espécie de pássaro chamada 
pica-pica.

Veja.com - Quais benefícios poderiam surgir a partir 
do entendimento da consciência em animais?
 P. L. - Há um pouco de ironia nisso. Gastamos muito 
dinheiro tentando encontrar vida inteligente fora do 
planeta enquanto estamos cercados de inteligência 
consciente aqui no planeta. Se considerarmos que um 
polvo — que tem 500 milhões de neurônios (os humanos 
tem 100 bilhões) — consegue produzir consciência, 
estamos muito mais próximos de produzir uma 
consciência sintética do que pensávamos. É muito 
mais fácil produzir um modelo com 500 milhões de 
neurônios do que 100 bilhões. Ou seja, fazer esses 
modelos sintéticos poderá ser mais fácil agora.

Veja.com - Qual é a ambição do manifesto?
P. L. - Os neurocientistas se tornaram militantes do 
movimento sobre o direito dos animais? 
É uma questão delicada. Nosso papel como cientistas 
não é dizer o que a sociedade deve fazer, mas tornar 
público o que enxergamos. A sociedade agora terá 
uma discussão sobre o que está acontecendo e 
poderá decidir formular novas leis, realizar mais 
pesquisas para entender a consciência dos animais ou 
protegê-los de alguma forma. Nosso papel é reportar 
os dados.

Veja.com - As conclusões do manifesto tiveram 
algum impacto sobre o seu comportamento?
P. L.  - Acho que vou virar vegetariano. É impossível 
não se sensibilizar com essa nova percepção sobre 
os animais, em especial sobre sua experiência 
do sofrimento. Será difícil, adoro queijo.

Veja.com - O que pode mudar com o impacto 
dessa descoberta?
P. L. - Os dados são perturbadores, mas muito 
importantes. No longo prazo, penso que a sociedade 
dependerá menos dos animais. Será melhor para todos. 
Deixe-me dar um exemplo. O mundo gasta 
20 bilhões de dólares por ano matando 100 milhões 
de vertebrados em pesquisas médicas. 
A probabilidade de um remédio advindo 
desses estudos ser testado em humanos (apenas teste, 
pode ser que nem funcione) é de 6%. 
É uma péssima contabilidade. Um primeiro passo 
é desenvolver abordagens não invasivas. 
Não acho ser necessário tirar vidas para estudar 
a vida. Penso que precisamos apelar para nossa 
própria engenhosidade e desenvolver melhores 
tecnologias para respeitar a vida dos animais. 
Temos que colocar a tecnologia em uma posição em que 
ela serve nossos ideais, em vez de competir com eles.

Fonte: site Exame.com

domingo, 22 de julho de 2012

TRANSFORMAÇÃO VERDE DE NOVA YORK É EXEMPLO A SER SEGUIDO!


Por clipping


Sempre que você duvidar que o futuro possa ser melhor que o passado ou que o governo possa exercer um papel crucial nesse processo, pense e alegre-se com o extraordinário processo de verdeio de Nova York.

Esta cidade não se parece em nada, nada mesmo, com o que era uma década e meia atrás. É um lugar de calçadões agora belíssimos de frente para o mar, de árvores, gramíneas altas e flores que ocupam terrenos e penínsulas de concreto – até mesmo trechos de trilhas férreas antes em desuso ou decadentes. Trata-se de uma resposta fértil ao pessimismo de nossa era, de uma prova verdejante de que o crescimento continua a ser possível, pelo menos desde que estejam presentes a vontade necessária e as estratégias corretas.

A transformação de Nova York se deu incrementalmente – um ano o High Line, outro ano o Brooklyn Bridge Park -, tanto que muitas vezes não chega a ser plenamente apreciada. Mas representa um avanço notável, que justifica esperança.
Além disso, é emblemática de um padrão de dedicação intensificada aos parques urbanos, algo que está presente de costa a costa dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo em que uma parte tão grande da vida americana neste momento é marcada pelo espectro do declínio, muitas cidades estão florescendo, e Nova York vem servindo de inspiração crucial.

“Nova York representa um grande exemplo, porque é a maior área urbana do país”, disse Ken Salazar, o secretário do Interior americano, falando ao telefone na sexta-feira e sugerindo que, se Nova York consegue criar espaços verdes em meio às suas expansões cinzentas, qualquer cidade pode fazer o mesmo. Salazar pretende visitar Nova York na terça-feira para discursar numa conferência internacional, que já está ocorrendo, intitulada “Maiores e Mais Verdes: Reimaginando Parques para Cidades do Século 21″.

O fato de a conferência ser realizada em Nova York é uma homenagem proposital aos avanços feitos por esta cidade, boa parte deles sob a administração Bloomberg, que levou adiante os planos que herdou, ampliando alguns deles, e também criou vários planos próprios.

Embora o prefeito Michael Bloomberg tenha enfrentado fracassos e falhas diversas em suas tentativas de aprimorar o ensino público e aliviar os congestionamentos no Midtown de Manhattan, por exemplo, em se tratando do verde ele vem tendo grandes êxitos. Um dos maiores legados de sua longa prefeitura será uma cidade que, em determinados locais encantados, em determinados dias encantados, pode passar uma impressão tão descontraída, despreocupada e abençoada pela natureza quando um dos enclaves ecologicamente vaidosos do noroeste do Pacífico. À agitação do trânsito, Bloomberg acrescentou mais ciclovias, mais árvores e mirantes com vistas belíssimas.

“Os parques foram prioridades para este prefeito e para a vice-prefeita, Patti Harris, e acho que é a primeira vez que isso acontece na história da cidade”, comentou Adrian Benepe, que vai deixar em breve o cargo de comissário de parques da prefeitura Bloomberg, após dez anos.

“Grandes coisas aconteceram na prefeitura de La Guardia, em grande medida devido à Administração do Progresso de Obras e da habilidade de Robert Moses em fazer uso desses recursos. Mas acho que o prefeito atual tem sido singular por não apenas apreciar parques, como compreender o valor deles de tantas maneiras diferentes”, disse Benepe, acrescentando que Bloomberg adere “à ideia de que a cidade pode e deve ser bela e bem projetada”.

Eu desprezaria esses comentários como puro puxa-saquismo, não fosse por vários fatores. Um: Benepe não hesita em dizer que parte do trabalho pelo qual Bloomberg é elogiado foi iniciado por prefeitos anteriores e defendido especialmente por George Pataki, fervoroso partidário dos parques, na época em que foi governador do Estado.
Dois: os elogios que Benepe faz a Bloomberg são repetidos por muitas pessoas que não estão na prefeitura.

Três: seus elogios condizem com minhas próprias observações gratas. Vivo nesta cidade, de modo intermitente, há 25 anos, e nunca antes senti tanta vontade de sair para o ar livre, nem me senti tão recompensado quando o faço quanto me sinto hoje.
Hoje uma parte espantosa da área de Manhattan de frente para os rios Hudson e East é pontilhada de píeres verdejantes, com praias, ciclovias e trilhas para caminhadas. E, para quem ainda não o viu, Brooklyn Bridge Park é uma revelação, com vista para o centro de Manhattan, o porto de Nova York e a Estátua da Liberdade.

“É notável que a cidade tenha feito esse investimento”, comentou o paisagista Michael Van Valkenburgh, cuja firma foi responsável por criar o parque, que custou mais de US$350 milhões. A prefeitura contribuiu com quase dois terços desse valor. “Existe no momento um interesse enorme e muita atividade na criação e recriação de parques urbanos. Acho que é porque reinvestimos na ideia de viver nas cidades.”
Igualmente animadora e instrutiva é a maneira como Nova York buscou os recursos necessários para os parques novos e os já existentes. A High Line, construída principalmente com recursos públicos, é mantida principalmente com recursos privados. O plano para o Brooklyn Bridge Park é que sua operação e manutenção seja paga por avaliações dos imóveis desenvolvidos em torno do parque.

Em troca do alvará de construção, os construtores de novos imóveis residenciais nas redondezas tiveram que criar para a cidade o Riverside Park South, uma trança bela de praças de frente para a água, trilhas e píeres partindo das ruas West 60s em Manhattan. Esse arranjo foi muito anterior à administração Bloomberg, mas, sob a administração dele, um arranjo semelhante vai resultar num parque de frente para a água em Williamsburg, um bairro do Brooklyn.

O histórico de Bloomberg no quesito dos parques não é imaculado. Holly M. Leicht, diretora executiva do grupo Nova-Iorquinos em Favor de Parques, disse que a criação de novos parques nem sempre foi acompanhada pela manutenção adequada dos parques já existentes. “Há uma disparidade de condições”, disse ela.

Mas, para seu crédito, a prefeitura vem gastando fartamente com parques em todos os distritos de Nova York, não apenas em Manhattan e Brooklyn. Um dos projetos mais ambiciosos é a conversão do aterro sanitário Fresh Kills, em Staten Island, no parque Freshkills, que será quase três vezes maior que o Central Park.

A história de Nova York se repete em outras partes do país.
Um complexo revitalizado de parques, o Myriad Botanical Gardens, surgiu recentemente no centro de Oklahoma City. No centro de Houston há o Discovery Green. Dallas está construindo um parque sobre uma via elevada no centro, e Los Angeles estuda maneiras de verdejar um velho leito de rio concretado.

“Vivemos na era da reurbanização”, comentou Catherine Nagel, diretora executiva da Aliança de Parques da Cidade, que está promovendo a conferência em Nova York. E o aumento da densidade demográfica significa que “precisamos de espaço verde”.
Surpreendentemente, estamos recebendo esses espaços: porque os cidadãos o reivindicaram; porque os governos priorizaram esse assunto; porque foram cultivadas parcerias público-privadas. Nova York é a flor bela a coroar esse processo. 
(Fonte: Folha.com)

sábado, 7 de julho de 2012

WDL - A BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL





 Já está disponível na Internet, através do site www.wdl.org
http://www.wdl.org/>

É uma notícia QUE NÃO SÓ VALE A PENA REENVIAR MAS  É ATÉ UM DEVER ÉTICO, FAZÊ-LO!

Reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e explica, em sete idiomas, as jóias e relíquias culturais de todas as bibliotecas do planeta.Tem, sobretudo, caráter patrimonial" , antecipou, em LA NACION, Abdelaziz Abid, coordenador do projeto, impulsionado pela UNESCO e
por outras 32 instituições.
A BDM não oferecerá documentos correntes, a não ser "com valor de patrimônio, que permitirão apreciar e conhecer melhor as culturas do mundo em idiomas diferentes: árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português.Mas há documentos em linha em mais de 50 idiomas.

"Entre os documentos mais antigos há alguns códices precolombianos, graças à contribuição do México, e os primeiros mapas da América, desenhados por Diego Gutiérrez para o rei de Espanha em 1562", explicou Abid.

Os tesouros incluem o Hyakumanto darani, um documento em japonês publicado no ano 764 e considerado o primeiro texto impresso da história; um relato dos aztecas que constitui a primeira menção do Menino Jesus no Novo Mundo; trabalhos de cientistas árabes desvelando o mistério da álgebra; ossos utilizados como oráculos e esteiras chinesas; a Bíblia de Gutenberg; antigas fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil e a célebre Bíblia do Diabo, do século XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia.

Fácil de navegar:

Cada jóia da cultura universal aparece acompanhada de uma breve explicação do seu conteúdo e seu significado.
Os documentos foram passados por scanners e incorporados no seu idioma original, mas as explicações aparecem em sete línguas, entre elas o PORTUGUÊS.
A biblioteca começa com 1200 documentos, mas foi pensada para receber um número ilimitado de textos, gravados, mapas, fotografias e  ilustrações.

Como acessar o sítio global?

Embora seja apresentado oficialmente na sede da UNESCO, em Paris, a Biblioteca Digital Mundial já está disponível na Internet, através do site:

www.wdl.org http://www.wdl.org/

O acesso é gratuito e os usuários podem ingressar diretamente pela Web , sem necessidade de se registrarem.

Permite ao internauta orientar a sua busca por épocas, zonas geográficas, tipo de documento e instituição.
O sistema propõe as explicações em sete idiomas ( árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português ), embora os originas existam na sua língua original.

Desse modo, é possível, por exemplo, estudar em detalhe o Evangelho de São Mateus traduzido em aleutiano pelo missionário russo Ioann Veniamiov, em 1840.
Com um simples clique, podem-se passar as páginas um livro, aproximar ou afastar os textos e movê-los em todos os sentidos.
A excelente definição das imagens permite uma leitura cômoda e minuciosa.

Entre as jóias que contem no momento a BDM está a Declaração de Independência dos Estados Unidos, assim como as Constituições de numerosos países; um texto japonês do século XVI considerado a primeira impressão da história; o jornal de um estudioso veneziano que acompanhou Fernão de Magalhães na sua viagem ao redor do mundo; o  original das "Fábulas" de La Fontaine, o primeiro livro publicado nas Filipinas em espanhol e tagalog, a Bíblia de Gutemberg, e umas pinturas rupestres africanas que datam de 8.000 A.C.

Duas regiões do mundo estão particularmente bem representadas:
 América Latina e Médio Oriente. Isso deve-se à ativa participação da Biblioteca Nacional do
 Brasil, à biblioteca de Alexandria no Egipto e à Universidade Rei Abdulá da Arábia Saudita.

A estrutura da BDM foi decalcada do projeto de digitalização da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, que começou em 1991 e atualmente contém 11 milhões de documentos em linha.

Os seus responsáveis afirmam que a BDM está sobretudo destinada a investigadores, professores e alunos.
Mas a importância que reveste esse site vai muito além da incitação ao estudo das novas gerações que vivem num mundo audio-visual.

Enviado pela Sonia Rezende

sexta-feira, 6 de julho de 2012

EXEMPLOS DE SUSTENTABILIDADE NÃO FALTAM! ACORDA BRASIL!



 
((o))eco*05 de Julho de 2012
 

Quando as obras sobre o Rio Tâmisa estiverem concluídas e mais 
de 4.400 painéis fotovoltaicos estiverem instalados, o novo terminal 
de Blackfriars, em Londres, terá se tornado a maior ponte solar do 
mundo, capaz de gerar anualmente 900.000 KWh de eletricidade. 
Isto equivale a 50% de toda a energia consumida pela estação e 
reduz as emissões de CO2 em 511 toneladas por ano. 
Além dos painéis solares, a estação também terá outras medidas 
de conservação de energia, como um sistema de coleta de água 
da chuva e tubos que conduzem luz natural para iluminar o interior 
da estação. 
Foto: Ralph Hodgson/Solar Century

quarta-feira, 4 de julho de 2012

CIDADES PARA PESSOAS SÃO FEITAS DE "HOMENS LENTOS"



 

Adriana Sansão*


Uma bela e animada noite em Strøget, Copenhague. 
Foto: Pete Casellini

Quando a cidade de Copenhagen, ainda nos anos 60, transformou a área de Strøget na primeira zona exclusiva para pedestres no mundo, muita gente deve ter se perguntado: mas por onde vão passar todos os carros? E os estacionamentos, onde ficam? Passados mais de 40 anos, essa pergunta, embora para nós ainda pareça tão natural, para eles já é um tema superado. Após notável revolução em seu sistema de mobilidade, Copenhagen prepara-se para concorrer ao título da melhor cidade para ciclistas no mundo.

Pois o pioneiro nessas ideias, o arquiteto dinamarquês Jan Gehl, esteve no Rio +20 e falou sobre essa experiência para os cariocas. Gehl é Professor Emérito de Projeto Urbano da Escola de Arquitetura de Copenhagen, e realizou uma conferência no Instituto de Arquitetos do Brasil, dentro das atividades do evento “Cidade Sustentável - expressão do século XXI”. O tema central de seus estudos e projetos é a relação entre o ambiente construído e a qualidade de vida das pessoas que vivem nas cidades.
"A cidade animada é a que permite o encontro de pessoas no espaço público, sejam elas conhecidas ou não, o que está diretamente ligado à qualidade das calçadas e praças"
Preocupado em transformar o meio urbano hostil, dominado pelos automóveis, em lugar para pedestres e ciclistas, ele defende o projeto da “cidade para pessoas”. Para um auditório lotado e ansioso, começou sua apresentação afirmando que edifícios sustentáveis - prática arquitetônica emergente tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento – por si só não significam uma cidade sustentável. Para ele, o planejamento urbano deve ter um olhar abrangente, com foco principal na atuação sobre os espaços públicos. Segundo ele, a cidade para pessoas tem como características fundamentais ser animada, atraente, segura, sustentável e saudável.

A cidade animada é a que permite o encontro de pessoas no espaço público, sejam elas conhecidas ou não, o que está diretamente ligado à qualidade das calçadas e praças, e aos usos e atividades dos edifícios ligados a elas. Relacionada a esta, a cidade atraente é aquela dotada de uma escala humana, com menos stress, barulho e poluição, onde podemos olhar para outras pessoas, ver e sermos vistos, e onde os carros têm uma fração do espaço dedicado aos pedestres.

A cidade para pessoas também deve ser segura, no sentido literal da palavra, onde os pedestres não estejam sujeitos a riscos no uso dos espaços públicos, e também sustentável, onde o desenvolvimento das atividades humanas não cause impactos negativos na sobrevivência do domínio público ao longo do tempo. E, finalmente, a cidade para pessoas é saudável, onde os espaços públicos são convidativos para caminhar e pedalar, e as pessoas são fisicamente ativas.

O ser humano pratica na cidade tanto as atividades obrigatórias, que incluem morar, trabalhar, comer; quanto as opcionais, como por exemplo, praticar esportes, passear; e as sociais, como os encontros e festas. Para permitir o pleno desenvolvimento dessas atividades, todas as ações devem ser feitas para convidar as pessoas a caminharem, pedalarem e a serem menos sedentárias, e isso envolve ampliar e qualificar esses percursos “lentos”, e, em ação inversa, reduzir cada vez mais o espaço dos automóveis.

Essas ideias, em si, já não são inovadoras. Mas ainda são balizadoras e inspiradoras na busca de melhorias nas nossas cidades. Para que se concretizem, precisam tanto dos técnicos, que vão pensar e executar as melhorias, como da população, mudando de comportamento, reduzindo o uso do automóvel em troca de formas não motorizadas de deslocamento ou de uso do transporte público.

A vitória dos “homens lentos” seria também a das cidades para pessoas, em um mundo contemporâneo que ainda coloca a velocidade em um pedestal.

Enviaod pelo Movimento Resgate Cambuí

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A HISTÓRIA VERDE DA CIVILIZAÇÃO


















Autor(es): Alexandre Mansur e Marco Vergotti

Época - 18/06/2012

Como o que fazemos com a natureza determinou o sucesso ou o fracasso 
das civilizações desde a Antiguidade até hoje.

Os humanos ergueram a civilização graças a sua engenhosidade, iludidos 
pela impressão de que podiam dominar a natureza sem consequências. 
Na Pré-História, consolidaram seu domínio acabando com outros 
hominídeos concorrentes, como os neandertais ou os Homo erectus. 
Extinguiram grandes espécies, como os cangurus de 3 metros da Austrália, 
os mamutes da América do Norte e as preguiças-gigantes da América no 
Sul. Com o desenvolvimento tecnológico, a exploração predatória de recursos 
começou a levar à falência algumas empreitadas. O caso mais clássico ocorreu 
na Ilha de Páscoa, onde a população montou uma uma sociedade sofisticada, 
com conhecimentos de astronomia e artes, mas ignorante de ecologia. 
Desmataram a ilha e inviabilizaram a própria agricultura. Quando os 
europeus os encontraram, restavam poucos descendentes maltrapilhos 
que recorriam ao canibalismo para sobreviver. Outros fracassos estão 
escondidos sob nossos pés. No século XIX, o Vale do Paraíba, entre o 
Rio de Janeiro e São Paulo, sustentou o império do café, movido a 
trabalho escravo e desmatamento. Quando a Mata AtlIantica mais 
exuberante do país foi toda queimada, o solo empobrecido e seco não 
sustentava nem capim. Os netos dos barões do café acabaram pobres. 
Estamos agora diante de novas ameaças. Desta vez em escala global. 
A história pode nos ajudar a tomar decisões mais sábias.

As civilizações perdidas
5000 a.C.-1300 d.C.

2000 a.C. a 1700 a.C.

SUMÉRIA
Atual Curdistão

Desenvolveram a primeira escrita conhecida. Ergueram a 3000 a.C. 
uma civilização baseada na agricultura irrigada entre os rios Tigre e 
Eufrates. falta de cuidado levou à salinização do solo. Entre 2400 a.C. e 
1700 a.C., a produção caiu 65%, mesmo com a substituição do trigo por 
cevada, mais tolerante. A terra ficou branca e a Suméria ruiu.

600 a.C. a 300 a.C.

FENÍCIOS E GREGOS
Mediterrâneo

As florestas mediterrâneas, especialmente ricas em cedros do Líbano, se 
estendiam do Marrocos ao Afeganistão. Eram matéria-prima essencial 
para a construção e navegação dos fenícios. Foram gradualmente destruídas. 
Os gregos tiveram de plantar oliveiras para conter a erosão das encostas 
nuas.

250 a.C. a 900 d.C.

MAIAS
México

Fizeram pirâmides e observatórios astronômicos. Corrigiam o solo para 
plantar milho. Desmataram tanto que as chuvas diminuíram em até 20%.
Começaram a passar fome e entraram em decadência antes da chegada 
dos espanhóis.

600 a 1200 d.C.

ANASAZIS
Estados Unidos

A sociedade anasazi floresceu por volta do ano 600 e ruiu antes de1200. 
Chegaram a levantar prédios com seis andares e 600 cômodos, usando 
pedras e estruturas com vigas de madeira. Acabaram com as florestas da 
região. A agricultura esgotou o solo. Foram dizimados por uma 
sequência de anos secos.

1200 a 1700 d.C.

RAPA NUI
Ilha de Páscoa

Os primeiros habitantes da ilha a chamavam Rapa Nui. Ergueram uma 
civilização com conhecimentos sofisticados de astronomia e construíram 
as famosas estátuas, os Moais. Desmataram toda a ilha, gerando seca e 
solos inférteis. Foram dizimados pela fome, pela guerra civil e acabaram
praticando canibalismo.

O impacto ganha escala
1400 a 1930

1492 a 1800

COLONIZAÇÃO DO NOVO MUNDO
Américas

Os europeus encontraram uma população com 50 milhões a 110 milhões 
de pessoas isolada do mundo há 10 mil anos. Doenças como a gripe e a 
varíola mataram mais do que as armas, a fome e a escravidão. Ratos e 
esquilos europeus exterminaram espécies nativas.

1750 a 1850

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Europa

A invenção de máquinas a vapor movidas a carvão permitiu a produção 
em massa de roupas, carros, trens e comida. Criou uma nova sociedade 
de consumo e conforto, assim como a poluição do ar e o aquecimento 
global pela queima de combustível fóssil.

1830 a 1909

DESCOBERTA DO PETRÓLEO
Europa

O início da exploração de petróleo na Rússia, na Polônia, nos EUA e no 
Canadá substituiu o carvão. Gerou mais riqueza e conforto e agravou 
o aquecimento global. Em 1909, a indústria inventou o plástico, material 
sintético que nunca se decompõe.

A DESCOBERTA DAS CONSEQUÊNCIAS
1830 a 1970

1830 a 1888

CAFÉ
Brasil

Os fazendeiros do Brasil plantavam café, um dos produtos mais 
valorizados do mundo, no Vale do Paraíba. Os lavradores derrubaram 
a Mata Atlântica mais rica do país. A lenha alimentava a ferrovia 
Central do Brasil. A prática gerou erosão e esgotamento do solo. 
No fim, a terra não dava nem para capim. Os barões do café faliram.

1914

POMBO-PASSAGEIRO
Estados Unidos

Os primeiros colonizadores europeus encontraram uma população de 5 
bilhões de pombos-passageiros (Ectopistes migratorius) nos EUA. 
Eram de 20% a 40% das aves do continente. Os bandos escureciam o 
céu levavam horas para passar voando. A caça e o desmatamento 
acabaram com eles. O último da espécie morreu em 1914.

1934 a 1936

DUST BOW
Estados Unidos e Canadá

O desmatamento do Meio-Oeste para agricultura expôs o solo e mudou o 
clima local. O solo nu começou a secar e erodir. Tempestades de areia 
assolavam as cidades da região. A quebra das safras agravou a fome na 
crise financeira dos anos 1930.

1945

HIROSHIMA
Japão

No dia 6 de agosto, na Segunda Guerra Mundial, os EUA lançaram uma 
bomba atômica na cidade. De 90 mil a 166 mil pessoas morreram nos 
quatro meses seguintes. Surgiu ali o medo da radiação usada para fins 
pacíficos nas usinas nucleares.

1952

GREAT SMOG
Inglaterra

Em dezembro de 1952, condições atmosféricas impediram a dispersão da 
fumaça de carvão das chaminés. A névoa cobriu Londres. Cerca de 25 mil 
pessoas adoeceram e 6 mil morreram. O evento deu força ao incipiente 
movimento ambiental na Europa.

1974

BURACO DE OZÔNIO
Planeta Terra

O químico mexicano Mario Molina publicou o primeiro estudo que 
mostrava a redução na camada de ozônio da alta atmosfera, provocada 
por gases CFCs usados em refrigeradores, sprays e na indústria. O 
fenômeno aumenta nossa exposição a raios solares cancerígenos. 
Um acordo internacional de 1987 começou a eliminar esses gases.

1984

BHOPAL
Índia

O vazamento de gás de uma fábrica de pesticidas da Union Carbide, 
em Bhopal, causou a morte de 3 mil pessoas nas semanas seguintes e 
8 mil nos anos posteriores. O desastre mudou as regras de segurança 
das indústrias.

1984

CUBATÃO
Brasil

Em 24 de fevereiro, um duto de gasolina sob a favela de Vila Socó 
explodiu, matando 99 pessoas. Em 1993, surgiram denúncias de 
depósitos clandestinos de substâncias tóxicas da Rhodia. Desde então, 
as indústrias investiram US$ 1 bilhão em redução de poluentes e 
segurança.

1986

CHERNOBYL
Ucrânia

Em 26 de abril, o núcleo de um dos reatores da usina explodiu. 
A nuvem radioativa chegou à Alemanha. O acidente causou 
diretamente 50 mortes e estima-se que tenha contribuído para 
doenças letais de pelo menos 4 mil pessoas.

1987

CÉSIO-137
Brasil

Em 13 de setembro, catadores encontraram uma cápsula de césio-137, 
altamente radioativo, dentro de um aparelho médico num depósito de 
lixo em Goiânia. Nos primeiros dias, o governo do Estado escondeu o 
perigo, dizendo que era um "vazamento de gás”. No total, 249 pessoas 
foram contaminadas e 29 adoeceram. Quatro morreram.

A política ecológica
1992-2012

1992

RIO 92
Brasil

A Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, de 3 a 14 
de junho, reuniu representantes de 172 países, entre eles 108 chefes de 
Estado. Criaram as negociações sobre clima, desertificação e 
biodiversidade. Os eventos paralelos, reunidos no Fórum Global, 
foram o primeiro grande encontro mundial de ONGs.

1996

VACA LOUCA
Europa

O uso de ração de origem animal para alimentar bovinos herbívoros 
gerou uma doença batizada de síndrome da vaca louca. Ela 
contaminou a carne, matando 166 pessoas no Reino Unido e 44 
em outros países. Alimentou o medo de uma técnica diferente: 
os transgênicos.

1997

PROTOCOLO DE KYOTO
Japão

Após anos de negociações, foi o primeiro acordo internacional para 
reduzir as emissões dos gases responsáveis pelas mudanças climáticas. 
Embora insuficiente, ainda é o único tratado em vigor.

2005

KATRINA
Estados Unidos

Atingiu o Estado da Louisiana, inundou Nova Orleans, matou 1.836 
pessoas e gerou US$ 81 bilhões de prejuízos. Foi usado como amostra 
das consequências das mudanças climáticas, embora não exista certeza 
de que o aquecimento altere a força dos furacões.

2007

IPCC
França e Bélgica

O painel, organizado pela ONU desde os anos 1990, reúne milhares 
de pesquisadores do mundo todo para estabelecer o consenso 
científico sobre o clima. Os relatórios de 2007 mostraram mais 
claramente o papel humano no aquecimento e suas consequências. 
Tornaram-se referência para empresas e governos.

2011

FUKUSHIMA
Japão

O terremoto e o tsunami que atingiram o Japão em 11 de março 
provocaram falhas nos sistemas de usina nuclear Fukushima Daiichi. 
O núcleo de três reatores fundiu. Um perímetro de 20 quilômetros 
foi evacuado. Índices de radiações subiram até Tókio. 
A crise foi controlada, mas a indústria nuclear não se recuperou.

Matéria retirada do site: 

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/6/18/
a-historia-verde-da-civilizacao