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Duas colunas publicadas no Correio Popular desse final de semana nos alertam para a necessidade de mudança de paradigma. Uma sociedade evoluída e auto-sustentável, valoriza de forma igualitária todos os seres vivos do planeta. Com planejamento, organização, sensibilidade e respeito pela vida podemos fazer desse mundo um lugar aprazível e com ótima qualidade de vida para todos. Vamos nos respeitar enquanto humanos, aprendendo a respeitar a demais formas de vida que Deus colocou nesse nosso mundo maravilhoso!
Correio Popular 03/11/12 - Nova gestão, ambiente e árvores - JOSÉ HAMILTON DE AGUIRRE JUNIOR - jhaguirr@gmail.com
Findada
a disputa eleitoral, elegeu-se,
soberanamente, o próximo representante do
paço municipal campineiro. união proativa
dos diversos segmentos sociais se faz
mister, após uma sequência de prefeitos que não cumpriram o seu papel. As consequências prejudiciais da última
gestão continuarão por muito tempo,
inclusive, no aspecto ambiental.
A
sustentabilidade e a qualidade de vida dos
cidadãos são princípios para a reconstrução de Campinas. Investimentos em planejamento da cidade
priorizando a arborização urbana, parques e
areas de lazer públicos, a recuperação de áreas degradadas e de
preservação permanente, o saneamento
básico e a educação ambiental têm reflexos transformadores, virtuosos e econômicos. Árvores nas calçadas refletem em saúde, ao
umidificarem o ar que respiramos, ao
sombrearem, absorverem e barrarem a
poluição.
Elas
conservam o asfalto, reduzem enchentes e
estabilizam o clima urbano; com elas, gastamos menos energia, vivendo melhor. Uma
cidade verde e planejada é bela aos olhos de
todos. Compõe-se um grande local de bem-estar e de autoestima, atrativo. Valorizam-se
imóveis e geram-se localidades aprazíveis
para se morar, conviver e desfrutar.
O
prefeito eleito possui uma possibilidade
ímpar de transformar o paradigma vigente, tratando de maneira positiva as árvores campineiras. A
sociedade civil, organizações não governamentais, técnicos de diversos
segmentos, empresas, prestadores de serviço, cidadãos em geral e conselhos
municipais; trabalhadores, voluntários e abnegados desejamos uma cidade melhor.
Árvores próximas à população, bem cuidadas, são eficientes sustentáculos dessa
transformação.
Uma gestão pública afirmativa, protagonista neste quesito, deve
promover o desenvolvimento de um plano de arborização, advindo de um programa
de necessidades. Um amplo contrato deve garantir o sucesso do mesmo, ao
envolver os diversos atores sociais.
Dois trabalhos científicos caracterizam a arborização urbana de
Campinas.Um publicado em 2008, pela Universidade de São Paulo, registrou no
Bairro Cambuí uma carência de 6.200 árvores em seus passeios. Recente estudo da
Embrapa estima o déficit arbóreo urbano municipal em 365 mil exemplares. A
carência arbórea campineira, bem como a de áreas verdes, afeta, negativamente,
a vida de todos.
O prêmio RAC-Sanasa destaca, anualmente, exemplos
socioambientais, de buscas da reversão deste cenário desolador. O Movimento Pró
Parque de Barão Geraldo obteve medalha de bronze em 2012, ao fomentar a criação
de um novo parque e a preservação, como patrimônio coletivo, de uma área de
inestimável valor histórico, ambiental e cênico; o Projeto Viveiros Educadores,
participante do concurso neste corrente ano, envolve a produção de mudas
arbóreas e a educação socioambiental e cidadã, capacitando agentes
multiplicadores.
O projeto Cambuí Verde, candidato em 2009 é um plano técnico
pautado em ações comunitárias de plantio. Ele completará nesta semana 260 novas
árvores nas calçadas do bairro Cambuí, o que já altera a realidade local.
Propostas como essas atraem parceiros e interessados na transformação de
Campinas. A CPFL, a Sanasa, a Comgás, empresas, escolas, associações de bairro e
de moradores, órgãos de pesquisa, universidades, organizações governamentais e
não governamentais são bem-vindos e necessários na construção dessa cidade
nova. A rede de arborização é essencial para a urbes, assim como a de energia,
água, esgoto e gás.
Um plano de arborização eficiente, de longo prazo, composto por
um arcabouço técnico, legal e popular, construído para a coletividade,
promoveria uma grande revolução, valorizando os benefícios das árvores. A
prosperidade econômica sustentável alicerçada pelo elemento vegetal mudará
procedimentos e atitudes, a economia e a sociedade de Campinas. Nosso novo
prefeito, aliando-se a um quadro técnico capacitado e em condições de operação,
poderá resgatar a cultura das árvores, promovendo a reviravolta socioambiental
de base ampla que necessitamos.
José
Hamilton de Aguirre Junior é
engenheiro
florestal, especialista em Meio
Ambiente
e Sustentabilidade, mestre em
Arborização
Urbana
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Aves no ar
José
Salomão Fernandes
Ambientalista,
Campinas
Santos Dumont tinha razão quando se suicidou por ter
inventado o avião. Essa máquina maléfica, além de matar nas guerras e fazer
vítimas nos acidentes aéreos, agora vai patrocinar o extermínio de animais
inocentes, principalmente aves, que vivem nos arredores dos aeroportos. A Lei
Federal 12.725/12 veio permitir essa barbaridade, inclusive com a destruição de
ninhos contendo ovos e filhotes. E pior, os congressistas, que gastam bilhões,
justificam como causa principal para aprovação desse crime o custo para
transferência dos animais. Eles se
esquecem que esses viventes estão nesses locais há milhões de anos, e que, por
isso, devem ter seu habitat respeitado.
Espero que o Ibama nunca autorize tal atrocidade (...).
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