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domingo, 4 de novembro de 2012

MUDANÇA DE PARADIGMA AMBIENTAL


Foto Vera

Duas colunas publicadas no Correio Popular desse final de semana nos alertam para a necessidade de mudança de paradigma. Uma sociedade evoluída e auto-sustentável, valoriza de forma igualitária todos os seres vivos do planeta. Com planejamento, organização, sensibilidade e respeito pela vida podemos fazer desse mundo um lugar aprazível e com ótima qualidade de vida para todos. Vamos nos respeitar enquanto humanos, aprendendo a respeitar a demais formas de vida que Deus colocou nesse nosso mundo maravilhoso! 
Correio Popular 03/11/12 - Nova gestão, ambiente e árvores - JOSÉ HAMILTON DE AGUIRRE JUNIOR -  jhaguirr@gmail.com 
Findada a disputa eleitoral, elegeu-se, soberanamente, o próximo representante do paço municipal campineiro. união proativa dos diversos segmentos sociais se faz mister, após uma sequência de prefeitos que não cumpriram o seu papel. As consequências prejudiciais da última gestão continuarão por muito tempo, inclusive, no aspecto ambiental.
A sustentabilidade e a qualidade de vida dos cidadãos são princípios para a reconstrução de Campinas. Investimentos em planejamento da cidade priorizando a arborização urbana, parques e areas de lazer públicos, a recuperação de áreas degradadas e de preservação permanente, o saneamento básico e a educação ambiental têm reflexos transformadores, virtuosos e econômicos. Árvores nas calçadas refletem em saúde, ao umidificarem o ar que respiramos, ao sombrearem, absorverem e barrarem a poluição.
Elas conservam o asfalto, reduzem enchentes e estabilizam o clima urbano; com elas, gastamos menos energia, vivendo melhor. Uma cidade verde e planejada é bela aos olhos de todos. Compõe-se um grande local de bem-estar e de autoestima, atrativo. Valorizam-se imóveis e geram-se localidades aprazíveis para se morar, conviver e desfrutar.
O prefeito eleito possui uma possibilidade ímpar de transformar o paradigma vigente, tratando de maneira positiva as árvores campineiras. A sociedade civil, organizações não governamentais, técnicos de diversos segmentos, empresas, prestadores de serviço, cidadãos em geral e conselhos municipais; trabalhadores, voluntários e abnegados desejamos uma cidade melhor. Árvores próximas à população, bem cuidadas, são eficientes sustentáculos dessa transformação.
Uma gestão pública afirmativa, protagonista neste quesito, deve promover o desenvolvimento de um plano de arborização, advindo de um programa de necessidades. Um amplo contrato deve garantir o sucesso do mesmo, ao envolver os diversos atores sociais.
Dois trabalhos científicos caracterizam a arborização urbana de Campinas.Um publicado em 2008, pela Universidade de São Paulo, registrou no Bairro Cambuí uma carência de 6.200 árvores em seus passeios. Recente estudo da Embrapa estima o déficit arbóreo urbano municipal em 365 mil exemplares. A carência arbórea campineira, bem como a de áreas verdes, afeta, negativamente, a vida de todos.
O prêmio RAC-Sanasa destaca, anualmente, exemplos socioambientais, de buscas da reversão deste cenário desolador. O Movimento Pró Parque de Barão Geraldo obteve medalha de bronze em 2012, ao fomentar a criação de um novo parque e a preservação, como patrimônio coletivo, de uma área de inestimável valor histórico, ambiental e cênico; o Projeto Viveiros Educadores, participante do concurso neste corrente ano, envolve a produção de mudas arbóreas e a educação socioambiental e cidadã, capacitando agentes multiplicadores.
O projeto Cambuí Verde, candidato em 2009 é um plano técnico pautado em ações comunitárias de plantio. Ele completará nesta semana 260 novas árvores nas calçadas do bairro Cambuí, o que já altera a realidade local. Propostas como essas atraem parceiros e interessados na transformação de Campinas. A CPFL, a Sanasa, a Comgás, empresas, escolas, associações de bairro e de moradores, órgãos de pesquisa, universidades, organizações governamentais e não governamentais são bem-vindos e necessários na construção dessa cidade nova. A rede de arborização é essencial para a urbes, assim como a de energia, água, esgoto e gás.
Um plano de arborização eficiente, de longo prazo, composto por um arcabouço técnico, legal e popular, construído para a coletividade, promoveria uma grande revolução, valorizando os benefícios das árvores. A prosperidade econômica sustentável alicerçada pelo elemento vegetal mudará procedimentos e atitudes, a economia e a sociedade de Campinas. Nosso novo prefeito, aliando-se a um quadro técnico capacitado e em condições de operação, poderá resgatar a cultura das árvores, promovendo a reviravolta socioambiental de base ampla que necessitamos.
José Hamilton de Aguirre Junior é
engenheiro florestal, especialista em Meio
Ambiente e Sustentabilidade, mestre em
Arborização Urbana

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Aves no ar
José Salomão Fernandes
Ambientalista, Campinas
Santos Dumont tinha razão quando se suicidou por ter inventado o avião. Essa máquina maléfica, além de matar nas guerras e fazer vítimas nos acidentes aéreos, agora vai patrocinar o extermínio de animais inocentes, principalmente aves, que vivem nos arredores dos aeroportos. A Lei Federal 12.725/12 veio permitir essa barbaridade, inclusive com a destruição de ninhos contendo ovos e filhotes. E pior, os congressistas, que gastam bilhões, justificam como causa principal para aprovação desse crime o custo para transferência dos  animais. Eles se esquecem que esses viventes estão nesses locais há milhões de anos, e que, por isso, devem ter seu habitat respeitado.
Espero que o Ibama nunca autorize tal atrocidade (...).

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