Porém, como chama-la? Achei a inspiração no pé de Amoras que plantei em minha calçada e que dava frutos com abundância. Como seu corpinho tinha o mesmo formato das amoras, pensei: “Amora” que lindo nome para batiza-la. Ela pareceu ter entendido que com o novo nome ela teria também uma nova vida, onde seria muito amada e bem tratada.
A princípio pensei que ela se daria bem com as Labradoras e seriam grandes companheiras. Mas Amora tinha temperamento forte e possessivo. Rosnava para quem quer que se aproximasse de mim, como querendo afirmar sua supremacia e direitos sobre a minha pessoa. As Labradoras, dóceis e donas de um grande e amoroso coração pareciam compreender a necessidade daquela baixinha ficar na defensiva e evitavam brigar com ela. E ela passou a seguir-me fielmente por onde eu fosse. Quando eu saia de casa ela se postava na janela e ficava pacientemente à minha espera. Quando eu chegava eram ganidos, pulos e choro de pura felicidade.
Nos dias em que eu atendia no consultório ficavam ambas à espera dos pacientes, que eram recebidos com festas e demonstrações de carinhos. Depois cada uma se acomodava em sua almofada e dormiam tranquilamente durante toda a sessão.

Foram grandes companheiras que só me trouxeram alegrias, gratidão e amor incondicional!
Oxalá ambas estejam brincando e correndo alegremente entre as nuvens no céu, brilhando como as estrelas…

Minha gratidão e saudades eternas!
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