Vejam que idéia criativa!!!
Posted on março 18, 2012 by blogpontodeonibus
ADAMO BAZANI – CBN
Muita gente que acompanha a história dos transportes já ouviu falar das jardineiras. Eram carrocerias rústicas, feitas de madeira, normalmente com as laterais abertas, implantadas sobre chassis de caminhão para transporte de passageiros. Aliás, a frente era a mesma do caminhão que tinha sua estrutura mudada a partir da cabine.
Muita gente que acompanha a história dos transportes já ouviu falar das jardineiras. Eram carrocerias rústicas, feitas de madeira, normalmente com as laterais abertas, implantadas sobre chassis de caminhão para transporte de passageiros. Aliás, a frente era a mesma do caminhão que tinha sua estrutura mudada a partir da cabine.
A origem do nome jardineira para estes veículos tem várias versões. Uma pela estética dos ônibus, quadrados com aberturas laterais que pareciam os vasos compridos que ficavam nas sacadas. Outra dá conta que entre os anos de 1920 e 1940, quando estes veículos rodavam pelo Brasil afora, antes da profissionalização da indústria de carrocerias de ônibus no País, diversas senhoras que viajavam usavam chapéus floridos. Era moda na época. Assim, quando estavam cheios de mulheres, estes ônibus pareciam jardineiras de tanta flor nos chapéus.
Bem, na verdade não se sabe de forma precisa o motivo pelo qual esses ônibus eram chamados de jardineira. Mas com certeza não era por causa do apelo ecológico. Os motores em sua maioria eram a gasolina. Na época não havia legislação ambiental, como as normas Euro, por exemplo e o veículo soltava muita fumaça preta.
Mas hoje, em Nova Iorque, roda uma jardineira de fato!
Trata-se do BioBus, um ônibus que faz serviços urbanos normais, mas que em seu teto possui um jardim com diversos tipos de plantas e flores.
A ideia é do projetista Marco Antônio Carlos Cocio e faz parte de usa tese de graduação da Universidade de Nova Iorque.
Segundo ele, os ônibus com jardins no teto podem trazer várias vantagens para uma cidade.
O custo de implantação é baixo, há um embelezamento do espaço urbano, as plantas capturam o gás carbônico, inclusive o emitido pelo próprio ônibus em circulação e os benefícios ambientais não ficam restritos a uma área, mas se espalham pela cidade.
Parte da água da chuva é melhor aproveitada e para os passageiros há o benefício do isolamento térmico e acústico.
O designer diz que não há aumento significativo de peso que obrigue mudança na estrutura do ônibus que pode comportar o jardim.
Nova Iorque possui 4 mil 500 ônibus municipais. Se em cada um deles tivesse o jardim no teto, pelos cálculos de Marco Antônio, a cidade ganharia sem a necessidade de alterar o espaço urbano, cerca de 35 acres de área verde. Cada acre equivale a aproximadamente a 4 mil 46 metros quadrados.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
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