terça-feira, 30 de junho de 2009
A VIDA DE LEONARDO DA VINCI...
Leonardo da Vinci nasceu em Anchiano, em 15 de abril de 1452. Esse vilarejo era próximo da cidade de Vinci, na província de Florença (região da Toscana, Itália). Ser Piero, seu pai, era um bem-sucedido proprietário de terras e tabelião. Sua mãe era uma camponesa chamada Caterina. Mas, eles não eram casados. Após o nascimento, Leonardo foi criado pelo pai numa fazenda e sua mãe acabou por casar-se com um artesão.
Durante a infância, o pai de Leonardo logo percebeu o talento artístico do filho, que chegou a pintar um dragão no escudo de um dos camponeses. Para fazer isso carregou para o quarto todas as estranhas criaturas que encontrou pela fazenda, como lagartos, grilos, serpentes, borboletas, gafanhotos e morcegos. Leonardo foi educado de acordo com os padrões da época, o que incluía aprender a ler e a escrever e aritmética. Somente quando ficou bem mais velho, ele se interessou seriamente pelo latim e pela matemática avançada, aprendendo ambos por conta própria.
Apesar de não haver retratos de Leonardo em sua juventude – seus auto-retratos já o mostram em idade avançada – sua beleza tornou-se lendária. Relatos feitos por contemporâneos o mostram como um jovem alto, belo, forte, de longos cabelos loiros e com movimentos de pura graciosidade. Seus biógrafos associam sua perfeição física ao seu poder de encantamento e destacam também seu amor por cavalos e seu hábito de comprar os pássaros engaiolados para devolver-lhes a liberdade. Este último um sinal de sua fascinação pela liberdade de voar, que rendeu diversos esboços de asas e projetos de máquinas voadoras ao longo de sua vida. Sobre suas pretensões, da Vinci declarou que queria realizar milagres.
Aos 15 anos, Leonardo virou aprendiz do artista Andrea del Verrocchio, um típico artesão renascentista. Lá desenvolveu suas habilidades de pintar e de esculpir. Ele passou algum tempo também no ateliê vizinho, do artista Antonio Pollaiuolo. Aos 20 anos de idade Leonardo foi aceito na associação de pintores de Florença e permaneceu trabalhando na região até 1481. No ano seguinte, ele mudou-se para Milão para fazer alguns trabalhos para o duque Ludovico Sforza. Da Vinci viveu durante 17 anos na cidade.
Duas de suas magistrais obras-primas foram pintadas nos primeiros anos em Milão: o quadro “A virgem dos rochedos” e o mural “A última ceia”. Mas a provável verdadeira razão da ida de Leonardo para Milão era erigir uma escultura de cinco metros de altura em bronze em homenagem a Francesco Sforza, fundador da dinastia a qual o duque pertencia. Mas a obra não foi concluída. Em função da iminência da guerra contra as tropas francesas, o bronze necessário foi usado na feitura de canhões.
A tomada de Milão pelo exército francês no final de 1499 levou Leonardo a deixar a cidade. Ele passou por Mantua e Veneza e alguns meses depois chegou a Florença, onde foi recebido com honras de filho célebre. Dois anos depois ele virou general-engenheiro das tropas papais sob comando de César Bórgia. Durante dez meses ele enfrentou condições de risco atravessando o território italiano. Nesse percurso, ele esboçou mapas topográficos que criaram os fundamentos da moderna cartografia. É dessa época seu encontro com Maquiavel.
Após a temporada com as tropas papais, Leonardo retornou para Florença, encarregado de um ousado projeto de construir um canal que ligasse a cidade ao mar. A ideia mostrou-se inviável, mas os traçados estabelecidos por ele foram usados para a construção de uma moderna autoestrada séculos depois. Nesse novo período em Florença, além dos trabalhos encomendados a ele, da Vinci dedicou-se intensamente a estudos científicos. Um deles foi o trabalho de dissecação no hospital Santa Maria Nuova que o levou a surpreendentes descobertas sobre o corpo humano. Um dos mais importantes trabalhos artísticos feitos por Leonardo nesse período foi a pintura da “Mona Lisa”.
A admiração pelas obras de da Vinci, apesar de muitas delas não terem sido concluídas, tinha se espalhado. Em 1506, o governador francês em Milão solicitou a presença de Leonardo para a realização de vários projetos arquitetônicos. Assim como em suas estadias em Florença, Leonardo se cercava de jovens aprendizes que vinham de vários lugares para aprenderem com o mestre. Com a expulsão dos franceses de Milão em 1513, da Vinci mudou-se novamente.
Desta vez, ele foi para Roma e ficou hospedado com Giuliano de Médici, irmão do papa Leão 10.º. Após três anos em Roma, com 65 anos de idade, ele aceitou o convite do rei Francisco 1.º e partiu para a França. Lá fez pequenos trabalhos de pinturas, um projeto arquitetônico de um palácio e seus jardins e organizou seus escritos científicos.
Em 2 de maio de 1519, Leonardo da Vinci morreu na cidade francesa de Cloux. Seus bens artísticos e científicos ficaram para Francesco Melzi, um jovem nobre que era um de seus pupilos.
Além da inteligência e do talento sem par, como vemos, Leonardo da Vinci primava também por uma sensibilidade singular. Seus biógrafos destacam seu amor por cavalos e seu hábito de comprar os pássaros engaiolados para devolver-lhes a liberdade...
Enviado por e-mail pelo amigo Egberto Turato
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