Translate

sábado, 29 de dezembro de 2012

CUIDADOS NO VERÃO COM SEU PET



Do UOL,  em São Paulo



A chegada do verão exige cuidados com os animais de casa, que também sofrem com as temperaturas altas da estação. Se os dias quentes são convidativos a passeios ao ar livre, viagens e brincadeiras na água, o bem-estar do seu bichinho requer atenção redobrada dos donos. Uma das recomendações mais básicas dos veterinários é o horário da ida ao parque, que deve ser sempre em temperaturas mais amenas. O sol forte castiga o cão, que pode sofrer fadiga, desidratação e até queimadura nos coxins, aquelas almofadinhas das patas. Durante o programa, é importante fazer pausas para hidratação e descanso na sombra. 

Veja cuidados simples de que seu pet precisa no verão



Foto 1 de 22 - No verão, os animais também sofrem com o calor. O UOL
separou alguns cuidados simples que vão facilitar muito a vida do seu 
bicho de estimação nesses dias de altas temperaturas. 
Fontes consultadas: Elaine Pessuto, médica veterinária e diretora clínica 
do CETAC (Centro de Ensino e Treinamento em 
Anatomia e Cirurgia Veterinária), Keila Regina de Godoy, veterinária
da PremieR pet e Andrei Nascimento, veterinário da MSD Saúde Animal 
Danilo Verpa/Folhapress
"Como referência prática, animais precisam receber no mínimo 60 ml de água por quilo de peso corporal por dia. Ou seja, um animal de 5 kg deve ingerir 300 ml de água por dia, limpa e fresca de preferência", aconselha a veterinária Keila Regina de Godoy, da Premier pet. Para não depender dos bebedouros no local, uma solução prática é levar na bolsa um bebedor que seja acoplado à garrafa pet. 
Cães de focinho curto, como pugs e buldogues, são raças que têm, por natureza, maior dificuldade na transpiração e, portanto, sofrem mais com o calor. Seja cauteloso e fique atento ao ritmo da corrida. Em vez de pedalar e puxar seu cão pela coleira, prefira andar ao lado dele, evitando forçar demais o ritmo da atividade. 

MANDE A FOTO DO SEU PET NO VERÃO

  • Arte UOL
    Cães e gatos sofrem com o calor da estação
É normal que, em dias quentes, o animal perca o apetite e passe a comer menos. A recomendação, então, é diminuir a quantidade de ração; uma sugestão é escolher um horário do dia mais fresco para a oferta da comida. E, se o animal manifestar que está com fome, mas rejeitar a ração, desconfie: "a ração industrializada pode sofrer alterações no calor e rancificar. Se o animal ingere esse alimento, ele pode ter diarreias e vômitos", diz Keila Regina.
Um dos maiores riscos para o animal de casa na estação mais quente do ano é o passeio de carro com o dono. "Infelizmente, é comum a pessoa dar uma paradinha para ir ao banco e deixar o cachorro dentro do carro, fechado, sem ventilação. Isso é altamente perigoso", afirma o veterinário Andrei Nascimento, gerente técnico da MSD Saúde Animal. A hipertermia, aumento da temperatura corporal, pode levar a desmaio. "A sensação térmica para o cão é a de uma sauna. Em pouco tempo, há uma queda na pressão, ele pode desmaiar e até sofrer uma parada cardíaca." 
Para quem tem piscina em casa, o verão pede brincadeiras refrescantes. O alerta nesse caso é em relação à ingestão da água da piscina, que é carregada de cloro e outras substâncias químicas prejudiciais à saúde do seu pet. "O cão é atraído pelo movimento da água. As ondulações na superfície da piscina tornam a água mais convidativa. Mas ela pode causar transtornos gastrointestinais", diz Elaine Pessuto, diretora clínica do Cetac (Centro de Ensino e Treinamento em Anatomia e Cirurgia Veterinária). Uma dica para driblar a curiosidade do pet, ensina a veterinária, é distraí-lo com outras fontes de água corrente, como de torneira e mangueira. 
Gatos também costumam gostar mais de água corrente. Além da troca constante da água da vasilha para ficar sempre fresquinha, a solução para eles pode ser uma pequena fonte, que cabe em ambiente interno e também serve de incentivo ao consumo. Com hábitos mais caseiros, os gatos já tendem a procurar por aquele cantinho mais fresquinho da casa. Situação bem diferente do cão, principalmente se ele passa o tempo todo no quintal de casa ou outro ambiente externo.
Nesse caso, a preocupação deve ser a prevenção de doenças. Atualmente, o Brasil é um país endêmico para a leishmaniose, por exemplo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença, grave, é transmitida por um inseto que se desenvolve em locais com matéria orgânica em decomposição. "O animal que fica 24h exposto a um ambiente desse tipo, como um quintal, sofre grande risco. Se o animal é picado por essa mosca transmissora, ele se torna também uma fonte de infecção dentro de casa", alerta Andrei Nascimento. A prevenção, além da constante higiene do local, inclui o uso de repelente contra insetos.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

DESEJO DE NATAL

Que neste Natal o desejo do poeta das curvas Oscar Niemeyer se faça presente em todos os corações, para que o façamos acontecer de verdade:



“Para mim, o importante é a vida, 
a gente se abraçar, conhecer as pessoas, 
haver solidariedade, pensar num mundo melhor.” 

Oscar Niemeyer



sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

LEI DE ACESSO `A INFORMAÇÃO

Recebi esta mensagem da Tereza do Movimento Resgate Cambuí e achei oportuno compartilhar com vocês. Vamos exercer nossa cidadania. Com carinho, Vera


 
A Lei de acesso à informação é uma ferramenta importante para os diversos grupos da sociedade e mais ainda para os conselhos, pois ela pode tornar mais transparente a forma de funcionamento do governo.
 
..A Lei de Acesso à Informação pode ser um instrumento que vai além da caça às bruxas. Ela poderá tornar mais transparente a forma de funcionamento do governo e dar aos diversos grupos da sociedade a capacidade de controlar com inteligência o Estado....
...foram criadas muitas regulações para evitar que os ocupantes de cargos públicos e administrativos pusessem seus interesses acima da lei ou da coletividade....
....Cabe destacar, por fim, o objetivo mais nobre da Lei de Acesso à Informação: ser uma escola de cidadania para a sociedade brasileira...
 
..Todo órgão público (União, estados e municipios) , deve fornecer informaçao de interesse geral ou particular...
..Qualquer pessoa pode solicitar dados...
 
 
Segundo o  Ministro-Chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage: http://www.acessoainformacao.gov.br/acessoainformacaogov/noticias/0042012.asp
 ...todas as informações produzidas ou custodiadas pelo poder público e não classificadas como reservadas ou sigilosas são consideradas públicas e, portanto, acessíveis a todos os cidadãos. A lei alcançará todos os órgãos públicos dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) dos três níveis de governo (federal, estadual e municipal). ...
 
 
É proibido exigir que o solicitante informe os motivos de sua solicitação http://www.ifb.edu.br/acesso-a-informacao/acesso-a-informacao/sobre-a-lei-de-acesso-a-informacao
 
Maiores informações no link da Secretaria de Gestão e Controle de Campinas  http://www.campinas.sp.gov.br/servico-ao-cidadao/portal-da-transparencia/lei-acesso.php
Texto integral do Decreto Municipal: Decreto 17.630 de 21 de junho de 2012
Para mais informações acesse: http://www.cgu.gov.br/acessoainformacaogov/
 
 
Movimento Resgate o Cambuí
Tereza e grupo
 
Conselheiro do Comdema, Congeapa, Concidade e um dos representantes do Comdema no Condepacc

terça-feira, 4 de dezembro de 2012


Não sei se o autor é mesmo William Shakespeare, mas pela sabedoria e beleza que exalam desse poema vale a pena compartilha-lo aqui com vocês. Vera




O MENESTREL
Um dia você aprende que... 

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. 

E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. 

E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. 

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. 

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. 

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... 

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. 

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. 

Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. 

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. 

E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você é na vida. 

E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. 
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa,  ou nada, e terem bons momentos juntos. 

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida  são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. 

Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. 

Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que você mesmo pode ser. 

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. 

Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. 

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. 

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. 

Aprende que paciência requer muita prática. 

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. 

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. 

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. 

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. 

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel. 

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar isso. 

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. 

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. 

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. 

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. 

Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. 

E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. 

E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! 

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar. 

© William Shakespeare


Recebido por e-mail do Movimento Resgate Cambuí

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

ESTÁ CHEGANDO O NATAL!



Dezembro já chegou e começam os preparativos para as festas natalinas. Deixando de lado os excessos comercial e consumista, nessa época os corações se abrandam com a comemoração do aniversário do nascimento de Jesus, que sugere uma troca de presentes  singela, afetiva e simbólica. 
Época de renovação, de renascimento, como a borboleta que morre em seu casulo estreito para nascer uma nova criatura e voar pelo mundo afora beijando as flores! É preciso deixar para trás as tristezas, fracassos, erros e ressentimentos para deixar-se preencher pelo amor, alegria, acolhimento e sucesso de uma nova etapa que se inicia.
Algumas empresas veiculam propagandas de muito bom gosto nesta época. Acabei de receber esta da Bauduco que compartilho aqui. Criativa e personalista! Bjs natalinos! Vera

http://www.natalbauducco.com.br/


Recebido de Sonia Jaboti

terça-feira, 13 de novembro de 2012

A CASA DA ÁRVORE...



A vida sobre uma árvore em plena 23 de Maio

Com pedaços de madeira, plástico e cobertores, morador de rua fez lar em cima de uma figueira

12 de novembro de 2012 | 18h 52
Juliana Deodoro

Quando era criança, o sonho de Diego Ribeiro de Souza, de 26 anos, era ter uma casa na árvore. Nascido em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, ele foi criado pela avó até os 14 anos e, quando ela faleceu, foi morar na rua. "Eu a chamava de mãe. Depois que ela morreu, meus tios me maltratavam e fugi de casa." Desde então, o único teto sob o qual morou foi o que construiu entre os galhos de uma figueira branca centenária na Avenida 23 de Maio, região central da capital.

A "casa" é pequena: a base, formada por pedaços de madeira e sustentada por ripas, tem pouco mais de um metro de largura por dois de comprimento. As paredes são de cobertores e o teto, de plástico. Diego conta que a moradia - a segunda no mesmo local - ainda é precária, muito diferente da casa que havia construído há mais de dois anos e foi destruída por funcionários da Prefeitura. "Na antiga, tinha uma parede de madeira que deixava ela fechadinha. Pintei tudo de verde e, se você olhava de longe, não percebia que a casa estava entre as folhas", conta.

Além dos dois troncos que sustentam a base, galhos mais finos servem para amarrar os cobertores e pendurar roupas e objetos pessoais. Apesar do armário improvisado, sempre que sai, leva todos os seus pertences na mochila: sabonete, xampu, escova de dente, desodorante, cigarro, isqueiro, escova para lavar roupa e camisinha.

Os motivos para estar ali são simples: "Aqui me protejo da polícia, dos noias e de outros moradores de rua. Era meu sonho mesmo ter uma casa na árvore. Tem dia em que sento ali em cima e viajo... a 23 de Maio subindo e descendo." Outra razão é de ordem prática: há duas bicas de água limpa, nascente e corrente por perto, uma de cada lado da avenida. Ele diz que o barulho do trânsito não o incomoda - "Vira até sinfonia" -, mas seu momento preferido é de madrugada. "É a única hora de silêncio."
Há duas semanas, Diego recebeu uma proposta indecorosa. "Queriam comprar a casa por R$ 500. Fiquei quase ofendido. Para começar, esse aqui é um espaço da Prefeitura. E outra: é a minha casa, não posso vender."

Seus planos para o futuro são modestos. Diego deseja apenas tirar seus documentos e arrumar a casinha, quem sabe ter uma televisão e um fogareiro. "Seria muito bom ter casa própria, mas fui para a rua muito cedo e gosto tanto daqui, não quero sair. Olha essa vista! Todo dia agradeço a Deus por essa árvore", diz, olhando do alto, entre as folhas, para a avenida.

Recebido por e-mail do Movimento Resgate Cambuí

domingo, 4 de novembro de 2012

MUDANÇA DE PARADIGMA AMBIENTAL


Foto Vera

Duas colunas publicadas no Correio Popular desse final de semana nos alertam para a necessidade de mudança de paradigma. Uma sociedade evoluída e auto-sustentável, valoriza de forma igualitária todos os seres vivos do planeta. Com planejamento, organização, sensibilidade e respeito pela vida podemos fazer desse mundo um lugar aprazível e com ótima qualidade de vida para todos. Vamos nos respeitar enquanto humanos, aprendendo a respeitar a demais formas de vida que Deus colocou nesse nosso mundo maravilhoso! 
Correio Popular 03/11/12 - Nova gestão, ambiente e árvores - JOSÉ HAMILTON DE AGUIRRE JUNIOR -  jhaguirr@gmail.com 
Findada a disputa eleitoral, elegeu-se, soberanamente, o próximo representante do paço municipal campineiro. união proativa dos diversos segmentos sociais se faz mister, após uma sequência de prefeitos que não cumpriram o seu papel. As consequências prejudiciais da última gestão continuarão por muito tempo, inclusive, no aspecto ambiental.
A sustentabilidade e a qualidade de vida dos cidadãos são princípios para a reconstrução de Campinas. Investimentos em planejamento da cidade priorizando a arborização urbana, parques e areas de lazer públicos, a recuperação de áreas degradadas e de preservação permanente, o saneamento básico e a educação ambiental têm reflexos transformadores, virtuosos e econômicos. Árvores nas calçadas refletem em saúde, ao umidificarem o ar que respiramos, ao sombrearem, absorverem e barrarem a poluição.
Elas conservam o asfalto, reduzem enchentes e estabilizam o clima urbano; com elas, gastamos menos energia, vivendo melhor. Uma cidade verde e planejada é bela aos olhos de todos. Compõe-se um grande local de bem-estar e de autoestima, atrativo. Valorizam-se imóveis e geram-se localidades aprazíveis para se morar, conviver e desfrutar.
O prefeito eleito possui uma possibilidade ímpar de transformar o paradigma vigente, tratando de maneira positiva as árvores campineiras. A sociedade civil, organizações não governamentais, técnicos de diversos segmentos, empresas, prestadores de serviço, cidadãos em geral e conselhos municipais; trabalhadores, voluntários e abnegados desejamos uma cidade melhor. Árvores próximas à população, bem cuidadas, são eficientes sustentáculos dessa transformação.
Uma gestão pública afirmativa, protagonista neste quesito, deve promover o desenvolvimento de um plano de arborização, advindo de um programa de necessidades. Um amplo contrato deve garantir o sucesso do mesmo, ao envolver os diversos atores sociais.
Dois trabalhos científicos caracterizam a arborização urbana de Campinas.Um publicado em 2008, pela Universidade de São Paulo, registrou no Bairro Cambuí uma carência de 6.200 árvores em seus passeios. Recente estudo da Embrapa estima o déficit arbóreo urbano municipal em 365 mil exemplares. A carência arbórea campineira, bem como a de áreas verdes, afeta, negativamente, a vida de todos.
O prêmio RAC-Sanasa destaca, anualmente, exemplos socioambientais, de buscas da reversão deste cenário desolador. O Movimento Pró Parque de Barão Geraldo obteve medalha de bronze em 2012, ao fomentar a criação de um novo parque e a preservação, como patrimônio coletivo, de uma área de inestimável valor histórico, ambiental e cênico; o Projeto Viveiros Educadores, participante do concurso neste corrente ano, envolve a produção de mudas arbóreas e a educação socioambiental e cidadã, capacitando agentes multiplicadores.
O projeto Cambuí Verde, candidato em 2009 é um plano técnico pautado em ações comunitárias de plantio. Ele completará nesta semana 260 novas árvores nas calçadas do bairro Cambuí, o que já altera a realidade local. Propostas como essas atraem parceiros e interessados na transformação de Campinas. A CPFL, a Sanasa, a Comgás, empresas, escolas, associações de bairro e de moradores, órgãos de pesquisa, universidades, organizações governamentais e não governamentais são bem-vindos e necessários na construção dessa cidade nova. A rede de arborização é essencial para a urbes, assim como a de energia, água, esgoto e gás.
Um plano de arborização eficiente, de longo prazo, composto por um arcabouço técnico, legal e popular, construído para a coletividade, promoveria uma grande revolução, valorizando os benefícios das árvores. A prosperidade econômica sustentável alicerçada pelo elemento vegetal mudará procedimentos e atitudes, a economia e a sociedade de Campinas. Nosso novo prefeito, aliando-se a um quadro técnico capacitado e em condições de operação, poderá resgatar a cultura das árvores, promovendo a reviravolta socioambiental de base ampla que necessitamos.
José Hamilton de Aguirre Junior é
engenheiro florestal, especialista em Meio
Ambiente e Sustentabilidade, mestre em
Arborização Urbana

-----------------------------------------------------------------------------------------------

Aves no ar
José Salomão Fernandes
Ambientalista, Campinas
Santos Dumont tinha razão quando se suicidou por ter inventado o avião. Essa máquina maléfica, além de matar nas guerras e fazer vítimas nos acidentes aéreos, agora vai patrocinar o extermínio de animais inocentes, principalmente aves, que vivem nos arredores dos aeroportos. A Lei Federal 12.725/12 veio permitir essa barbaridade, inclusive com a destruição de ninhos contendo ovos e filhotes. E pior, os congressistas, que gastam bilhões, justificam como causa principal para aprovação desse crime o custo para transferência dos  animais. Eles se esquecem que esses viventes estão nesses locais há milhões de anos, e que, por isso, devem ter seu habitat respeitado.
Espero que o Ibama nunca autorize tal atrocidade (...).

domingo, 28 de outubro de 2012

PENSAMENTO DO DIA




“Se você faz planos para um ano, cultive arroz; 
se você faz planos para uma década, plante árvores; se você faz planos para uma vida, eduque pessoas.”


(Provérbio Chinês)

Foto Vera/Mandala

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

MÚSICA CLÁSSICA ONLINE


Aos amigos apreciadores da música:
Toda a obra de Bach, Beethoven e Vivaldi para ouvir on-line ou download:
 




Enviado pela Sonia Rezende por e-mail

ÁGUA: DOS ANDES À AMAZONIA




O projeto Andes Água Amazônia é um esforço para comunicar as peculiaridades, belezas e fragilidades de um sistema natural importante para todo o mundo. Utiliza reportagens, crônicas, fotos, vídeos e mapas para desvendar quais são os temas e seus protagonistas neste imenso ambiente cheio de vida e cultura. 


Enviado pelo Movimento Resgate Cambuí

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

PAU-BRASIL: ÁRVORE DA MÚSICA



Infelizmente um espécime em extinção! 
Precisamos reverter esse quadro com maior fiscalização e multas pesadas para os infratores. Plante uma árvore!



sábado, 20 de outubro de 2012

A VISITA DE EINSTEIN AO BRASIL


Einstein no Rio de Janeiro

Para usar de uma linguagem mais própria, devemos dizer: como a luz de uma estrela que vem do passado, assim nos atinge a visita de Einstein ao Rio de Janeiro. 
Por Urariano Mota.

E com mais propriedade, acrescentar: se os 80 anos-luz que nos separam da estrela Algol fazem dela um lugar muito estranho e diferente da nossa Terra, o mesmo não podemos dizer dos 87 anos que nos separam da boa sociedade do nosso Brasil, quando Einstein nos visitou. Os tipos e personagens brasileiros continuam vivos, com uma sobrevivência além da lógica, arqueológica, deveríamos dizer.

Relatam os cronistas que corria o ano de 1925. No princípio, Einstein não viria ao Brasil. Dizem que ele nem mesmo sabia que lugar seria este. “É um país tropical”, disseram-lhe. E como o sábio não relacionasse tropical a qualquer coisa conhecida, informaram-no de que era um lugar de selvas, de bananeiras, de clima quente, de macacos e papagaios. Então Einstein se moveu, e, aproveitando sua viagem à Argentina, alcançou o Brasil, porque seria, disseram-lhe, como dobrar uma esquina. “De Buenos Aires ao Rio de Janeiro é como ir de Berlim a Roma”. Entendo, respondeu-lhes Einstein, e mesmo sem entender fez essas duas viagens.

Os cronistas nada informam acerca de Einstein haver sido uma das primeiras vítimas dos pacotes turísticos. Alguns, e aqui se irmanam argentinos e brasileiros, afirmam que um turista como ele era um tipo bem difícil de se enquadrar em um pacote. Como levar um homem despenteado a um espetáculo de tango? perguntavam os argentinos. E por essa impossibilidade queriam dizer que o físico não se harmonizava, primeiro, com os cabelos gomados, e depois que o físico não possuía físico para as evoluções de um tango. Em nível menos óbvio, e esta era a verdadeira razão, o que não diziam é que um tipo como Einstein não era um ser que gostasse do que todo homem gosta: de vinho e de carnes nobres, da mesa à cama. Daí a confusão, o caos, uma verdadeira indeterminação de Heisenberg em suas mentes para regalar o cientista com um programa digno da sua dimensão. Daí que, não lhe podendo fazer um roteiro de humanos, fizeram-lhe um roteiro… científico. Palestras, conferências e perguntas tontas. Anotaria Einstein, ao deixar Buenos Aires, que era impossível ficar sério diante dos questionamentos que lhe eram feitos em suas conferências. Ele mal imaginava as emoções que o aguardavam a seguir. “Que venha o Brasil”, o cientista se disse.

Na sua chegada ao porto do Rio de Janeiro só não lhe tocaram Cidade Maravilhosa porque a banda no cais não poderia tocar o que ainda não havia nascido. Mas as fotos mostram o cientista em um mar de curiosos, que lhe acenavam e sorriam como se ele fosse um astro de cinema. Se tivesse tempo para refletir, certamente diria o que certa vez se disse Borges, ao ser cumprimentado por muitas pessoas nas ruas de Buenos Aires: “eles acenam para um homem que pensam que sou eu”. Mas não havia tempo. Dali, sempre cercado por uma comitiva dos mais doutos cientistas, rumou para o Hotel Glória, onde pousou as surradas malas. Não havia tempo. Havia que visitar a comunidade israelita, ver a cidade, conhecer instituições respeitáveis, visitar o Presidente da República, e dizer a que veio: três conferências, a primeira no Clube de Engenharia, a segunda na Escola Politécnica e a última na Academia Brasileira de Ciências. Com direito a almoços e jantares nos intervalos, em locais diferentes, sempre cercado da mais douta gente, e o mais que aparecesse, e tudo no prazo de uma semana. Não havia tempo. Os organizadores da sua agenda conseguiram o que parecia impossível em 1925: transformar a bela cidade do Rio de Janeiro em uma anticidade.

E cabe aqui, de passagem, uma visão dos responsáveis por seus dias no Brasil, os chamados doutores que o cercavam. Não havia, entre eles, um só físico ou um só matemático. Os doutores eram médicos, advogados, políticos, militares, embaixadores, e alguns engenheiros. Todos muito bem situados, ricos, ou a caminho de enriquecer, ou com prestígio no Rio de Janeiro. Eram os doutores clássicos do Brasil: os donos de uma posição social, e que por isso mereciam e merecem o tratamento honroso. Com tal gente, o resultado foi o que se viu.

Na primeira palestra, no Clube de Engenharia, o salão ficou completa e absolutamente lotado. Políticos, graduados oficiais das três forças armadas, altos funcionários, engenheiros, esposas e filhos e filhinhos, todos muito unidos na mais absoluta ignorância do que vinha a ser aquele indivíduo estranho e suas ainda mais estranhas ideias. Com a vantagem, que os deixava ainda mais unidos, de não entenderem uma só palavra da língua alemã. Ou até mesmo de outra língua, diga-se, que não fosse o português falado na intimidade de suas casas. O que importava era ver o homem famoso em ação. E Ele era lento, logo se viu, porque em lugar de subir à mesa e de imediato soltar um cocoricó, bater asas e se jogar pela janela, pôs-se a pervagar com os olhos a assistência, “com os seus olhos muito loucos”, como diriam depois. O que diabo eu vim fazer no Rio de Janeiro, perguntava-se o bruxo, enquanto esperavam que nos seus olhos entrasse alguma realidade sã. Como fazer, o que fazer, e como fazer diante daquela assistência, perguntava-se. Então o nobre e paciente cientista fez ver à mesa, em humilde francês, que não poderia falar em alemão, porque essa língua muito iria dificultar o entendimento de sua fala. Que fale em qualquer língua, pouco importa, ninguém irá mesmo entendê-lo, vontade teve de lhe responder o anfitrião. Mas preferiu dizer-lhe palavras mais gentis, em francês, porque era um diplomata de carreira:

– O senhor pode falar com a linguagem universal: fale pela língua da matemática.

O cientista sorriu, porque sabia que para a matemática ainda não se inventaram os verbos necessários até na Teoria da Relatividade. E passou a expor, em lento e paciente francês, como uma pessoa envelheceria menos depressa em velocidades próximas a 300.000 quilômetros por segundo. Ao que comentou, quando lhe traduziram, a velha senhora mãe do diplomata: “na teoria tudo é muito fácil”. O certo é que o cientista conseguiu chegar ao fim, em meio ao calor, entre o suor, o barulho e o choro de crianças, que mais sinceras se manifestavam com gritos e esperneios. Ao terminar, o que todos de imediato compreenderam, porque o cientista ficou de repente mudo e se deixou ficar imóvel a um canto e sentado, toda a assistência se levantou e prorrompeu em aplausos. Menos entusiasmado, Einstein anotou em seu diário, mais tarde: “Às 4 horas, primeira conferência no Clube de Engenharia numa sala superlotada, com ruído da rua, as janelas abertas. Não tinha nenhuma acústica para que me entendessem. Pouco científico”.

No dia seguinte, para ser mais científico, foi à Academia Brasileira de Ciências. Ali foi homenageado em uma sessão que se anunciou como a maior já feita para o maior cientista de todos os tempos. Se alguma dúvida ele possuía que estivesse no Brasil, ali os acadêmicos trataram de tirá-la, porque o fizeram ouvir três longos, vazios e verbosos discursos. Ouviu de certa forma, devemos retificar, porque os discursos vinham em um francês que todos, acadêmicos e cientistas, mal falavam. Falaram, falaram e falaram, pela ordem: Juliano Moreira, Vice-Presidente, sobre a influência da Teoria da Relatividade na Biologia, o que é lamentável, não a sua fala, mas a falta de um registro preciso desse discurso, pois teríamos um documento importante do nível mental dos nossos acadêmicos; depois foi a vez de Francisco Lafayette, que foi do movimento browniano, coisa que devia bem conhecer, até a síntese desse movimento na Teoria da Relatividade! As atas não registram, mas podemos imaginar o sorriso, de dor, de Einstein por essa extensão e deferência (dizem que mais dói um elogio que não merecemos); e por fim, usou da palavra o acadêmico Mário Ramos, que entre circunlóquios e peroração instituiu o prêmio Albert Einstein a ser entregue anualmente ao melhor trabalho científico. Então chegou a vez do homenageado, a estrela maior que viera dos espaços de outra galáxia. Pelo andar da carruagem, todos esperavam que o homenageado fizesse um discurso mais alto e vibrante que os precedentes, porque tais sessões sempre atingem um ápice, um paroxismo, e porque também haviam sido formados, os acadêmicos, pela ciência do latino, a grande e inexcedível eloquência de Cícero. Que por ser um sábio Einstein babasse, cantasse uma ópera, ou mesmo caísse em um ataque fulminante, seria normal, pois que era um gênio. O cientista, no entanto, mais uma vez decepcionou. Em mau francês passou a falar baixinho, à guisa de agradecimento, sobre a situação da natureza da luz em 1925. Os acadêmicos se entreolhavam, frustrados, mas sorriam a seus pares, todos muito sábios e senhores das equações de Max Planck. Mais uma vez, a platéia composta de políticos, jornalistas e doutores aplaudiu.

Eis que chega então o melhor dia. Na terceira e última palestra, na Escola Politécnica, não houve a invasão do grande público, das senhoras mães com seus filhinhos, dos oficiais com galões e de velhos generais nascidos no século dezenove. A julgar pelos jornais, “o Professor Einstein pôde desenvolver a sua palestra sob um ambiente tranquilo, e dessa maneira os cientistas brasileiros acompanharam-no passo a passo na sua exposição”. Nem tanto, e por favor acreditem, porque nada é mais rico que a própria realidade. Um desses grandes nomes da ciência, um desses físicos era o jurista Pontes de Miranda. Sim, um jurista. Pontes de Miranda vinha a ser o autor de uma extensa obra que procurava construir a ciência do direito conforme as idéias positivistas. O nome da obra era digno de figurar em letras de ouro, nas bibliotecas dos doutos cientistas da advocacia: Systema de Sciencia Positiva do Direito. Pois é esse homem que a falar em alemão desafia Einstein, para maior fascínio dos cientistas presentes:

– Data venia, Herr Einstein, a Teoria da Relatividade não considerou as implicações metafísicas das hipóteses que aventa. Das ciências físicas até as ciências jurídicas a diferença, saiba, é de grau. A Física mantém um pacto com o mundo da sociedade também, e é pacto que tira e põe, mas não deixa intacto o que estava. A questão é tanto mais delicada quanto a afirmação de não se poder alegar o erro e a de se exigir a capacidade objetiva e o além da capacidade objetiva, que leva a argumentos a favor de uma e de outra opinião. Falta na Teoria da Relatividade o conhecimento, a informação de que não é só o mundo em si, an sich, de que ela trata. Há de se ver que nas suas consequências falta o desdobramento de um mundo para nós, für uns…

A platéia delirava diante de tal brilho. O cientista sorria e mantinha silêncio. Quando acabou o discurso do jurista, no que parecia ser a contestação à Teoria da Relatividade naquele tribunal, o físico se levantou, e como a se despedir, entregou a um dos acadêmicos um papel onde se lia:

“Die Frage, die meinen Kopf entsprang, hat Brasilien sonniger Himmel beantwortet” (“A questão, que minha mente formulou, foi respondida pelo radiante céu do Brasil.”)

Era uma referência ao eclipse do Sol, observado em Sobral, no nordeste brasileiro, que em 1919 comprovara a previsão do cientista quanto à deflexão da luz pelo campo gravitacional do Sol. Mas assim não entendeu bem o ilustre jurista, que ao ler aquelas palavras interpretou-as como uma resposta à sua intervenção. Pois não era dia de sol e azul o céu do Rio de Janeiro na hora da palestra?

Da sua viagem ao Brasil, sabe-se, por fim, que Einstein levou um papagaio, recebido de presente de um homem do povo. Foi o maior presente recebido em toda sua vida de um país tropical. Todos os dias o papagaio lhe fazia lembrar, com graça e inteligência, o saber daqueles doutores de posição social. Data venia, Herr Einstein, data venia, Herr Einstein, repetia-lhe o papagaio. Os amigos contavam que tais arremedos traziam sempre um pouco de luz às manhãs frias e escuras do Doktor Einstein.

Recebido por e-mail do Egberto