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quinta-feira, 19 de abril de 2012

RUAS MAIS VERDES, MAIS FLORIDAS, MAIS BONITAS... MELHOR QUALIDADE DE VIDA





19/01/2012 | EDITORIAL
RUAS MAIS VERDES
Coube a uma aposentada de 77 anos, natural de Pederneiras (região de Bauru) e há 26 anos radicada em Sorocaba, a tarefa de dar um puxão de orelha nas autoridades municipais devido à falta de cuidados com árvores plantadas em espaços públicos ("Arborização - Árvores secam na Vila Leão e Mangal", 18/1, pág. A4).
Mary Litterio - esse é o nome dela - declarou ao repórter André Moraes que solicitou a intervenção das secretarias de Meio Ambiente (Sema) e de Obras e Infraestrutura Urbana (Seobe) para que as árvores doentes da região onde mora fossem socorridas, mas sem sucesso. Com uma história de plantio de árvores nos lugares por onde passa, Mary notou há algum tempo que diversos exemplares plantados na Vila Leão e Mangal, bairros próximos ao centro de Sorocaba, perderam as folhas e estão secando, enquanto outras, ainda pequenas, não conseguem se desenvolver.

A queixa da moradora chama a atenção para a importância de uma tradição que vem sendo pouco prestigiada: a participação dos munícipes (preferencialmente, apoiada pelo poder público) no processo de arborização urbana, chamando para si a responsabilidade de plantar árvores nas calçadas defronte às residências, onde as copas espessas contribuem para embelezar a paisagem, renovar o ar e amenizar o calor. Este costume tem sido abandonado por muitos, seja porque árvores exigem a varrição das calçadas - e, em alguns casos, uma atenção a possíveis interferências dos galhos nas fiações aéreas -, seja porque atrapalham a entrada de veículos em garagens, levando os moradores a optar por manter as frentes de seus imóveis desimpedidas.

O problema apontado por Mary não tira o brilho das ações como o Megaplantio e o Megaplantio Escolar, que se tornaram dois pontos fortes do atual governo no setor do meio ambiente. No final de 2010, num só dia, foram plantadas 50 mil árvores na margem do Rio Sorocaba. Ao longo de 2011, outros plantios de dezenas de milhares de mudas foram realizados, sempre com a participação da população. Entretanto, quem anda pela cidade sente a falta de verde em praças e ruas. Isso é compreensível, pois os megaplantios realizados até agora, embora tenham ampliado em muito a proporção árvores/habitantes, foram feitos em áreas públicas e parques, longe dos olhos e em locais onde o acesso da população nem sempre é possível.

É importante trazer as árvores para dentro dos bairros e espalhá-las pelas ruas, onde seus benefícios podem ser usufruídos mais diretamente pela população. A criação de cinturões verdes nos bairros é necessária, mas não exclui a necessidade de arborização dos logradouros por onde a população circula a todo momento - nem dispensa a educação ambiental, que continua a exigir um esforço sobrenatural das escolas para produzir uma consciência menos predatória.

Pessoas como Mary são preciosas, pois podem ser parceiras do poder público na ampliação da cobertura verde de nossas ruas, com sua atenção especial para as plantas e sua disposição de atuar voluntariamente pelo bem comum.

Fotos: Vera
Enviado por Movimento Resgate Cambuí

Um comentário:

Bernadete disse...

Precisa o setor competente da Prefeitura de cda cidd que e/ Cps é o DPJ, reunir ciddoes de bem e ter normas e não ir plantando o que quer pq senão logo os passantes, cadeirantes, ets. não trafegam + pelas calçadas como e/ muito esta contecendo e sim pelas ruas onde são atingidos por veículos motorizados; além do que, as de raízes (como o ficus) deveriam ser retiradas imediatamente da área urbana de qqr parte que sejam, e serem proibidas. Isto tudo num contsesto rápido e imediato e não ficarem enviando bilhetinhos etc. que vão aprovar ou deixar disto e sim ter normas e cumprí-las, doe a quem doer.