Translate

quarta-feira, 3 de abril de 2013

CALÇADA ECOLOGICA PRESERVA ÁRVORES



Restaurador de móveis buscou preservar sete tipuanas em frente à casa.

Área era de pedregulhos, mas a Prefeitura o obrigou a cimentar o local.

Do G1 Piracicaba e Região
21 comentários
Para preservar raízes, restaurador de Piracicaba fez calçada ecológica (Foto: Thomaz Fernandes/G1)

Para preservar raízes, restaurador de Piracicaba fez calçada ecológica (Foto: Thomaz Fernandes/G1)
O restaurador de móveis Nestor Carlos dos Santos Filho, de 57 anos, desenvolveu uma "calçada ecológica" de 55 metros em frente da própria casa. A obra, executada por ele mesmo, serviu para evitar o corte das raízes de sete árvores que ficam no trajeto. As tipuanas têm entre 15 e 20 metros de altura e estão no local desde a década de 1960.
Santos Filho recebeu, em janeiro, uma notificação da Prefeitura para concretar a calçada, que antes era de pedregulhos. Caso não colocasse concreto, ele seria multado. "A Prefeitura disse que a legislação municipal não permitia uma calçada como a minha. Me orientaram até sobre como retirar as raízes", disse. Ele criou uma forma de usar o concreto e ainda salvar as árvores.
Em desnível, restaurador colocou corrimões - Piracicaba (Foto: Thomaz Fernandes/G1)

Em desnível, restaurador colocou corrimões para
ajudar no percurso (Foto: Thomaz Fernandes/G1)

Se as raízes fossem cortadas, disse ele, as árvores morreriam rapidamente. "Pedi um prazo para solucionar o problema, desenhei um projeto na minha prancheta com a ajuda da minha esposa e enviei para a Prefeitura. Eles liberaram a obra e ficaram de vir aqui para conhecê-la", disse o restaurador.
A calçada é feita de concreto armado e tem elevações para dar espaço para as raízes, que ficam à mostra. Em um dos pontos há uma rampa que chega a 55 centímetros de altura e para auxiliar os pedestres, os locais com desnível têm corrimões laterais. Todo o local foi pintado de vermelho, segundo o autor da obra, por opção estética. O objetivo é que as pessoas prestem atenção no desnível.
Santos Filho disse que gastou R$ 4 mil com a obra. "O preço para uma calçada normal não seria diferente. Acho que é uma questão de pensar em uma forma de não agredir a natureza. Como tenho conhecimento em engenharia e física, consegui projetar uma solução", completou.

Recebido por e-mail do Movimento Resgate Cambuí

Nenhum comentário: