da Reuters, em Genebra
da Folha Online
"A agência de desenvolvimento da ONU se juntou nesta sexta-feira aos pedidos para o perdão da dívida externa do Haiti, que é de US$ 1 bilhão [cerca de R$ 1,8 bilhão] em resposta ao terremoto que devastou o país no último dia 12.
A Conferência da Organização das Nações Unidas em Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês) apoiou os pedidos do Fundo Monetário Internacional por um esforço de financiamento semelhante ao plano Marshall dos Estados Unidos que reconstruiu a Europa após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
"A UNCTAD acredita que essa tarefa deve começar com o cancelamento imediato e total das obrigações de dívida existentes do Haiti", afirmou em uma declaração. A UNCTAD disse que um estudo sobre o efeito de 21 desastres naturais em países pobres entre 1980 e 2008 apontaram um acréscimo de 24 pontos percentuais na proporção da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) das nações nos três anos seguintes. Impactos em tal escala podem iniciar um ciclo vicioso de miséria econômica, maior financiamento externo, serviços de dívida onerosos e investimentos insuficientes para acalmar choques futuros", afirmou.
O Haiti perdeu 60% de seu PIB no desastre, disse na segunda-feira (25) o primeiro-ministro Jean-Max Bellerive, referindo-se à concentração da economia na capital Porto Príncipe, próxima ao epicentro do forte terremoto de magnitude 7. A UNCTAD disse que os credores deveriam declarar a moratória da dívida do Haiti, seguida do cancelamento o mais rápido possível."
É o mínimo que se pode fazer por esse pobre e espoliado país que foi colonizado por espanhóis e franceses e que conquistou sua independência em 1804, o que lhe custou um duro castigo: os escravagistas europeus e estadunidenses o mantiveram sob bloqueio comercial durante 60 anos.
Na segunda metade do século XIX e início do XX, o Haiti teve 20 governantes, dos quais 16 foram depostos ou assassinados. De 1915 a 1934 os EUA ocuparam o Haiti. Em 1957, o médico François Duvalier, conhecido como Papa Doc, elegeu-se presidente, instalou uma cruel ditadura apoiada pelos tonton macoutes (bichos-papões) e pelos EUA. A partir de 1964, tornou-se presidente vitalício... Ao morrer em 1971, foi sucedido por seu filho Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, que governou até 1986, quando se refugiou na França.
O Haiti foi invadido pela França em 1869; pela Espanha em 1871; pela Inglaterra em 1877; pelos EUA em 1914 e em 1915, permanecendo até 1934; pelos EUA, de novo, em 1969.
Na segunda metade do século XIX e início do XX, o Haiti teve 20 governantes, dos quais 16 foram depostos ou assassinados. De 1915 a 1934 os EUA ocuparam o Haiti. Em 1957, o médico François Duvalier, conhecido como Papa Doc, elegeu-se presidente, instalou uma cruel ditadura apoiada pelos tonton macoutes (bichos-papões) e pelos EUA. A partir de 1964, tornou-se presidente vitalício... Ao morrer em 1971, foi sucedido por seu filho Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, que governou até 1986, quando se refugiou na França.
O Haiti foi invadido pela França em 1869; pela Espanha em 1871; pela Inglaterra em 1877; pelos EUA em 1914 e em 1915, permanecendo até 1934; pelos EUA, de novo, em 1969.
As primeiras eleições democráticas ocorreram em 1990; elegeu-se o padre Jean-Bertrand Aristide, cujo governo foi decepcionante. Deposto em 1991 pelos militares, refugiou-se nos EUA. Retornou ao poder em 1994 e, em 2004, acusado de corrupção e conivência com Washington, exilou-se na África do Sul. Embora presidido hoje por René Préval, o Haiti é mantido sob intervenção da ONU e agora ocupado, de fato, por tropas usamericanas.
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