Maior nome da arquitetura mundial, Oscar
Niemeyer completou 103 anos nesta quarta-feira, em plena atividade, com
diversos projetos em andamento e um vigor surpreendente. Para marcar a data,
ele inaugurou a nova sede da fundação que leva seu nome, em Niterói. O local
terá um espaço cultural com área de quatro mil metros quadrados e vai abrigar
a administração da Fundação Oscar Niemeyer, o Centro de Pesquisa e
Documentação e a Escola Oscar Niemeyer de Arquitetura e
Humanidades.
Durante a celebração, Niemeyer disse que "enquanto eu
puder trabalhar eu trabalho". Segundo Oscar o trabalho é o que o distrai, não
é sacrifício algum. "Cada problema que aparece é um esforço para resolver que
me agrada muito e que ainda consigo fazer", disse o arquiteto. A sede da
fundação é a sexta obra do arquiteto a ser inaugurada em Niterói. A primeira
foi o Museu de Arte Contemporânea (MAC) e depois vieram a Praça JK, o Memorial
Roberto Silveira, o Teatro Popular e o Terminal das Barcas de Charitas. A
Torre Panorâmica, o Centro de Convenções, o Centro Petrobras de Cinema e
demais equipamentos urbanos que serão construídos no Caminho Niemeyer já se
encontram em desenvolvimento.
O bisneto do arquiteto, Carlos Oscar, declarou
algo curioso no evento. Carlos disse que o bisavô come sempre de sobremesa um
creme de abacate, hábito religioso. Carlos também contou que o bisavô
participa de aulas de filosofia todas as terças-feiras, com familiares e
amigos, e que há cerca de cinco meses, após ficar um período internado em
maio, ele parou de fumar, por orientação médica. A mulher de Niemeyer e fiel
companheira, Vera Lucia Niemeyer, disse que estava se sentindo feliz ao
comemorar um aniversário tão especial com o marido. “Porque 103 anos, por
favor, né, é muita coisa. O importante é que ele está com saúde, produzindo,
isso é o que é importante”, disse ela.
Ao responder à pergunta sobre o que ele esperava ver em 2011
no Rio de Janeiro, após um ano com tantos acontecimentos, Niemeyer fez elogios
ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Nós estamos em um ano que
o brasileiro pode sorrir um pouco, porque o Lula é ligado ao povo, ele é
correto, compreende os problemas da América Latina”, afirmou o arquiteto.
Com agências
Fotos: Vitor Vogel
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