Terceiro capítulo: A dimensão política = o mito de Hefestos
Hefestos, filho de Zeus e Hera - o casal mais poderoso do Olimpo - nasceu deformado, era coxo.
Apesar da mutilação era valente, destemido e tomava parte ativa nos combates. Dono do poder de atar e desatar, Hefestos era também deus dos nós, podendo atar ou desatar deuses e deusas. Mais conhecido como deus das forjas, ele fabricava os mais surpreendentes e belos objetos de arte jamais vistos.
Casou-se com Afrodite a deusa da beleza e do amor. Todavia, como Hefestos ausentava-se muito do lar, Afrodite apaixonou-se por Ares, o deus da guerra, e levou-o para o seu leito. Tomando conhecimento da traição, Hefestos preparou uma rede mágica que prendeu o casal ao leito e chamou os demais deuses para testemunharem o adultério.
Após insistentes pedidos o deus coxo consentiu em retirar a rede e libertar o casal.
O deus Hefestos, enquanto modelo antropológico em sua dimensão política, pode ser compreendido a partir de sua capacidade criativa, engenhosa e de sua “força”.
A política é a atividade social que se propõe a garantir pela força, fundada geralmente no direito, na segurança externa e na concórdia interna de uma unidade política particular. Se numa democracia um partido tem peso político é porque tem força para mobilizar um certo número de eleitores.
Assim, força não significa, necessariamente, a posse de meios violentos de coerção, mas de meios que permitam influir no comportamento de outra pessoa. Como exemplo, pode ser o charme do ser amado quando extorque alguma decisão.
A força é a canalização da potência, é a sua determinação.
Hefestos usou de astúcia e de sua força política para punir Afrodite e Ares junto aos demais deuses do Olimpo.
Foto Vera/Grécia 2009
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