Vera Chvatal
Da Vinci o genial pintor, arquiteto, cientista e filósofo era também um fantástico contador de fábulas. Dizem que Leonardo era um homem bonito e bem proporcionado. Tinha longos cabelos encaracolados que chegavam até a altura do peito. E, numa época em que se usavam túnicas longas, ele as usava pelos joelhos! Um precursor da mini-saia? Quem sabe?
Mas, Leonardo era um homem que prezava a liberdade como o bem supremo da vida. Como se pode deduzir da fábula do Pintassilgo, que ele contava acompanhada de mímica aos seus ouvintes fascinados.
“Ao voltar para o ninho, trazendo no bico uma minhoca, o pintassilgo não encontrou seus filhotes. Alguém os havia levado embora durante sua ausência. Começou a procurá-los por toda parte, chorando e gritando. A floresta inteira ecoava seus gritos, mas ninguém respondia. Dia e noite, sem comer e sem dormir, o pintassilgo procurou seus filhotes, examinando todas as árvores e olhando dentro de todos os ninhos.
Certo dia um pássaro lhe disse:
- Acho que vi seus filhotes na casa do fazendeiro.
O pintassilgo voou, cheio de esperança, e logo chegou à casa do fazendeiro. Pousou no telhado, mas lá não havia ninguém. Voou para o pátio – ninguém. Então, levantando a cabeça, viu uma gaiola pendurada do lado de fora de uma janela. Os filhotes estavam presos lá dentro.
Ao verem a mãe subindo pela grade da gaiola, os filhotes começaram a piar, suplicando-lhe que os libertasse. O pintassilgo tentou quebrar as grades com o bico e com as patas, mas foi em vão. Em seguida, com um grande grito de tristeza, voou novamente para a floresta.
No dia seguinte o pintassilgo voltou para junto da gaiola, dentro da qual seus filhotes estavam presos. Fitou-os longamente, com o coração carregado de tristeza. Em seguida alimentou-os um a um, através das grades, pela última vez. Levara-lhes uma erva venenosa, e os passarinhos morreram.
- Antes a morte, disse o pintassilgo, - do que perder a liberdade.”
Certo dia um pássaro lhe disse:
- Acho que vi seus filhotes na casa do fazendeiro.
O pintassilgo voou, cheio de esperança, e logo chegou à casa do fazendeiro. Pousou no telhado, mas lá não havia ninguém. Voou para o pátio – ninguém. Então, levantando a cabeça, viu uma gaiola pendurada do lado de fora de uma janela. Os filhotes estavam presos lá dentro.
Ao verem a mãe subindo pela grade da gaiola, os filhotes começaram a piar, suplicando-lhe que os libertasse. O pintassilgo tentou quebrar as grades com o bico e com as patas, mas foi em vão. Em seguida, com um grande grito de tristeza, voou novamente para a floresta.
No dia seguinte o pintassilgo voltou para junto da gaiola, dentro da qual seus filhotes estavam presos. Fitou-os longamente, com o coração carregado de tristeza. Em seguida alimentou-os um a um, através das grades, pela última vez. Levara-lhes uma erva venenosa, e os passarinhos morreram.
- Antes a morte, disse o pintassilgo, - do que perder a liberdade.”
Trágico! Liberdade deveria ser o sonho de todo ser humano. Mas nem sempre é! Têm pessoas que preferem ficar presas em gaiolas de ouro, em braços que não acolhem, em sonhos irrealizáveis, metas que nada constroem, em vidas mal-vividas... E têm outras que gostam de tirar a liberdade alheia, de prender passarinhos em gaiolas, animais em jaulas, pessoas em relações doentias...
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