Rodrigo Capote/Folhapress | |||
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Para aumentar o número de cães-guias disponíveis para cegos, o governo
de São Paulo lançou, na semana passada, um programa para treinar mais
cachorros. O espaço, que será instalado na USP, terá capacidade para 92 animais. O programa é uma parceria com a faculdade de veterinária.
O Brasil tem hoje 1,2 milhão de cegos e cerca de 80 cães-guias, segundo a
ONG Iris. O órgão, que comemorou ontem o Dia do Cão-Guia com uma ação
no shopping Iguatemi (zona oeste de SP), tem uma fila de espera de quase
3.000 pessoas.
O analista de sistemas Gabriel Vicalvi, 25, aguarda há três anos por um
animal treinado. Ele conta que um amigo chegou a pagar R$ 30 mil por um.
A Iris, que não cobra pelos cães, diz que enfrenta dificuldades para
treiná-los.
Segundo Thays Martinez, presidente da ONG, é difícil conseguir
financiamento e o treinamento é longo -cerca de dois anos. Neste ano, o
instituto pretende entregar quatro animais. Com o cachorro, o cego tem maior facilidade em desviar de obstáculos
como orelhões e lixeiras --mais difíceis de detectar com a bengala. Além
disso, eles são treinados para encontrar cadeiras vazias no metrô ou
escadas rolantes a partir de um comando do dono.
Para quem consegue o cão, a dificuldade é fazer com que ele seja aceito.
"Já tive que mudar de casa, porque as pessoas acham que ele vai
morder", diz a cantora lírica Liana Maria Conrado. Mas ela não abre mão
do animal. "A bengala para mim é um estigma, aquela coisa do ceguinho
coitadinho. O cão-guia muda sua vida."
UOL Notícias
Um comentário:
Que fofo!! Bonito trabalho né.... :)
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