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sábado, 21 de fevereiro de 2009

UMA LINDA HISTÓRIA DE AMOR!



Domingo passado fui almoçar com meu amigo Egberto no Restaurante Divina Gula, no Cambuí. Com um nome desses, a comida só podia ser mesmo deliciosa.
E era... Chovia a cântaros e impedidos de sair, ficamos lá papeando e bebericando uma refrescante caipirinha de limão.
Sentada na mesa ao lado estava uma senhorinha beirando os 80 anos, muito simpática e elegante, que logo nos cativou. E nessa conversa a três falamos de passeios, viagens, filhos, família, amor!
E contou-nos ela, toda faceira e orgulhosa, sua linda história de amor.
Quando jovem, essa senhorinha que agora passamos a chamar de Hortência, vivia em são Paulo com a família, na Região de Perdizes.
O pai, que era engenheiro, tinha o sonho de construir um prédio para a família morar. Nessa época Hortência conheceu e se apaixonou por um jovem que foi seu primeiro namorado. Mas, o destino com seus caprichos acabou separando-os e Hortência casou-se com outro e veio morar em Campinas onde nasceram suas três filhas.
A relação acabou em divórcio, mas Hortência continuou morando em Campinas no prédio que seu pai finalmente construíra, e que levava o sobrenome da família.
Um dia o antigo – e primeiro – namorado passando defronte o prédio reconheceu o sobrenome e resolveu perguntar ao porteiro se lá morava a família de Hortência.
Foi informado de que a própria Hortência morava lá, mas no momento encontrava-se viajando. Ele anotou o telefone e um dia ela teve a agradável surpresa de receber um telefonema dele. Encontraram-se, conversaram, a antiga chama de amor reviveu e reataram o romance iniciado e interrompido décadas atrás. Ela divorciada, ele viúvo, cada um com três filhas, casaram-se e vivem felizes!

Pois é! A vida dá voltas e reviravoltas...
Mas, como escreveu Shakespeare:
“Amor quando é amor não definha
E até o final das eras há de aumentar.
Mas se o que eu digo for erro
E o meu engano for provado
Então eu nunca terei escrito
Ou nunca ninguém terá amado."

E o poeta Carlos Drummond acrescenta:
“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.”

Vera Chvatal

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