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sexta-feira, 2 de abril de 2010

POEMA PASCAL


Guardador de Carros
(Poema Pascal)
Benedito é o seu nome, bem-dito!
Bendito é o Nome: Senhor!
Bendito sejas, bem dito serás!
Bem dizer é a razão do meu fazer
(sacro ofício, sacerdócio, sacro dote...)
Mas nesta noite de páscoa
(de tantos aleluias e louvores)
Benedito revelou-me o ser
Braços abertos, aguardando
(carros caros, caras raras)
Corpo franzino, indicando
(se guarda sem guardar!)
Rosto sofrido, arrumando
(encontros, casos e ocasos)
E se cuida por cuidar, gentil...
É sobrevivente ao hostil
Passageiro, pasmaceiro existente
(exigente? Eloqüente? Transigente!)
 Não era um menino nem um moleque
mas era um poeta a me chamar a atenção
Lembrando-me, do Milton, a canção:
Que “me fala de coisas bonitas
que eu acredito não deixarão de existir:
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade alegria e amor
pois não posso, não devo, não quero
Viver como toda essa gente insiste em viver...
(...) o solidário não quer solidão!”

Dito sorri benevolente 
Fala bem: abençoa, louva 
A chuva, a noite, o dia que virá
Só ri e bem no ar diz um querer zen
Sem sombra nem sobra num brilho...
É paz com a boa-bendita travessia!
É saltar bem na santa rebeldia!
É gratidão em meio à revelia...
Um trocado e em troco, sabedoria!
Bento por sereno riso em noite pascal
Benito talvez num tom magistral
Benedetto que se sabe sem panfleto
Bennet solene a vibrar sem closed
Baruque moreno de encanto e batuque!
Beneficio dos prediletos de Deus
Benigno derramar de bênçãos sobre nós
(sobrenomes, sob o nome divinal do amor)
Deus há, caberá Deus em nosso elogio?
Por certo, que abundante é no sorriso de Benedito!
(Isto se fez para mim revelação, na páscoa de dois mil e dez!)
 
Paulinho (quatro de abril de dois mil e dez)

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